Perfect,

Well I found a woman, stronger than anyone, I know. She shares my dreams


[rp] I know you will still love me the same

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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Qua Dez 21, 2016 10:34 pm

I'm thinking out loud

Essa é uma RP privada entre Shannon B. Gould Kempner e Dianna E. Graeff Ohweiler. Acontece em uma sexta-feira a noite, com a chegada de Dianna no apartamento de Shannon. É por volta das oito horas, o clima está ameno em torno de uns 17 graus.




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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Qua Dez 21, 2016 11:27 pm


now I found you

The emotions keep spinning out. I'm fallin' for you
A Evoque branca estava parada no trânsito acerca de doze minutos. Tinha resolvido sair mais cedo da empresa, e justo naquele dia, um maldito trapaceiro tinha inventado de fazer um cruzamento pela banqueta, atingindo uma mini-van - que por sorte estava vazia - e um motociclista desatento que não notou a curva feita pelo panaca e acabou sendo atingido em conjunto. Arremessado, o motociclista recebia atendimento pré-emergencial, sendo colocado numa maca para que pudesse ser transportado até o pronto atendimento mais perto, visto que suas lesões não haviam sido tão graves. O motorista da mini-van tinha batido a cabeça contra o volante, ganhando um belo galo e um corte a cima da sobrancelha esquerda. Ileso, o causador do acidente prestava um depoimento para alguns policiais e guardas de trânsito que o seguravam ali enquanto lhe enchiam de perguntas. Estava a dois carros atrás da Mercedes - carro do infrator - azul metálica, batucando os dedos de forma impaciente. — Sam? Tem algum reboque ai na frente do restaurante? — depois de pegar o celular e discar para o melhor amigo, tratou de realizar uma demanda mais rápida para aquele chamado, ou passaria o restante da noite aguardando a boa vontade dos guardas para agilizarem o processo. Pelo que tinha visto, nem haviam acionado ainda, preocupados demais com o depoimento do bêbado de merda ao qual não cansavam de fazer perguntas. Com a afirmativa, sentiu-se mais aliviada, já que não estavam a mais de dez minutos de distância do Kiche Maneota. — Ok, acione um para a Ocean Drive, avenida 906 entre o cruzamento para a South Beach. Aconteceu um acidente envolvendo um bêbado, estão enrolando e nada de mandar um reboque. Eu preciso ver minha filha, então por favor, vá ai na frente e mande um para cá. — não muito foi dito, e depois de um "Ok", a ligação foi encerrada. Essa era uma das mil e uma coisas sobre a amizade que ostentava com o loiro que adorava. Ele sabia quando não estava no clima para manter uma conversa, e quando o pedido envolvia algo sobre Aurora, nem mesmo ele tinha resistência para manter uma ligação ou um assunto pessoalmente. Ele ia, e fazia. Afinal, era para sua afilhada.

Quando estacionou na garagem do prédio onde passaria a noite, se deu conta de que não tinha pegado nenhuma muda de roupa, já que havia feito o caminho direto para lá no modo automático. Desde o nascimento de Aurora a aproximadamente dez meses e meio, não tinha tanta cabeça para se lembrar de pequenos detalhes como este, acabando por se xingar mentalmente enquanto passava pela portaria. — Boa noite, Neal. — O porteiro devolveu o cumprimento com um sorriso no qual Dianna sempre ignorava, passando pelas portas numa velocidade recorde. Quando menos se deu a perceber, já estava desabotoando as primeiras casas da camisa de linho na cor preta, sentindo o vento atingir seu corpo quente. Tinha deixado a pasta e a bolsa no carro, subindo apenas com o celular e a carteira junto com a chave da Range Rover para evitar esquecer alguma coisa na saída. O elevador fez o costumeiro "click", deixando-a a poucos passos do único apartamento daquele andar, logo, a cobertura. Quando alcançou a maçaneta da porta, apenas girou, sem precisar bater ou ligar para que a dona do ambiente viesse lhe buscar na porta. — Cheguei. — avisou assim que passou para dentro, não fazendo outro caminho, se não o do quarto da pequena princesa. Aurora estava deitada no berço, com os grandes olhos azuis abertos, fitando o móbile do rei leão que havia comprado. Não tinha precisado convencê-la a gostar do desenho tão quanto o adorava, pois parecia ter vindo no sangue. Grande havia sido a animação da pequena ao ver Timão e Pumba brincando com Simbá. — Oi meu amor. — falou baixinho, vendo a afobação da filha para se sentar e esticar os bracinhos para ser pega no colo. Logo algumas palavras emboladas numa linguagem que não compreendia deixavam os lábios róseos e finos da criança realmente agitada. Pegou-a no mesmo instante, erguendo o corpinho para logo distribuir alguns beijos pela face corada da bebê. — Eu senti sua falta o dia todo, pequena. — deixou um beijo carinhoso no nariz que tinha puxado de Shannon. — Onde está sua mãe? — Aurora era esperta, mesmo com tão pouca idade, e não demorou para apontar para algum lugar fora do quarto e indicar que sabia onde Shannon estava. — Vamos dar um beijo nela? — quando a viu assentir, soltou uma pequena risada, ganhando um beijo da pequena, retribuindo com vários outros em seu rosto enquanto saíam do quarto.


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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Qui Dez 22, 2016 2:39 am
you're my only reason;

Eu observava aquele pequeno serzinho com atenção, gravando cada pedacinho do pequeno corpo em minha memória – como se eu já não tivesse decorado todos os traços da pequena. Não sabia há quanto tempo eu estava a observando, mas sabia que era bastante apenas pelo fato de minha coluna estar reclamando devido à posição. Meu coração vibrou quando Aurora virou a cabecinha, arrumando uma melhor posição. Era tanto amor que eu simplesmente transbordava. E eu era uma mãe babona. Sorri sozinha, olhando para o relógio, constatando que já se passava das sete da noite. Ela estava dormindo por duas horas. Fiz as contas, decidindo por tomar um banho rápido antes de acordá-la para dar seu jantar. Peguei a babá eletrônica e sai do quarto, caminhando pelo apartamento silencioso com passos leves.

Se fosse para dar uma definição para aquele dia, eu diria como enlouquecedor. Aurora parecia que havia sido carregada durante toda a noite passada com a maior voltagem possível, dando um trabalho sobrenatural para mim e para Heidi – que gentilmente se ofereceu para vir ao apartamento para me ajudar quando, no meio da manhã, liguei desesperada: a bagunça de minha filha com os brinquedos PlayMobil que faziam mais barulho que furadeira, juntamente com os latidos excitados de George (Aurora não o deixava quieto), me fizeram, devido a falta de atenção, simplesmente, colocar a banana amassada para o cachorro e a ração para minha filha – que fique claro que arrumei a confusão meio minuto depois.  Não era fácil cuidar de uma criaturazinha, de quase onze meses, que tinha a personalidade extremamente forte, durante todo o dia, já que, pela noite, Dianna estava sempre presente. Deixei a babá eletrônica em cima da pia, aumentando o volume e retirando toda minha roupa rapidamente. Eu tinha dez minutos para tomar banho.

Eu sentia a água do meu cabelo escorrendo pelas minhas costas enquanto colocava uma peça de roupa qualquer – que, como sempre, se tratava apenas de uma camisa social que um dia pertenceu a uma mulher cor de jambo, quando ouvi passos pelo corredor. No mesmo segundo entrei em estado de alerta, caminhando para fora do quarto e indo em direção ao quarto de Aurora.  Parei no meio do caminho, relaxando quando senti o perfume mais que conhecido no corredor. Segundos depois, vi a pequena nos braços de Dianna, que caminhava em minha direção, o que me fez abrir um sorriso para as duas. Acabei de abotoar a camisa antes de findar o espaço que nos separavam. - Hey, zoet. – foquei meus olhos nos azuis da pequena – Acordou agora? Por que não chamou a mama? – dei um beijo na bochecha gordinha e corada, sem esperar uma resposta que certamente não viria, e voltando minha atenção para a morena que a segurava. – Hey, babygirl. – sorri, me esticando para conseguir dar um beijo no canto da boca da mulher. – Teve um bom dia? Um minuto, já volto. – girei nos calcanhares, voltando para o quarto e pegando a toalha em cima da cama. Voltei para o corredor, retirando o excesso de água do cabelo e abrindo um novo sorriso. – Hora do jantar?


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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Qui Dez 22, 2016 3:14 am


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Ao passarem pelo corredor que dava para a cozinha, ficou mais do que evidente o aroma característico do shampoo que Shannon usava, espalhado por todo o ambiente enquanto seguiam caminho para o quarto que pertencia a ela, mas costumavam dividir sempre que passava a noite no apartamento. Aurora havia deitado a cabeça no ombro da mãe, numa postura completamente manhosa acompanhando uma carinha linda de quem teria o mundo a seus pés, se assim pedisse. A chupeta estava presa entre os dentes da loirinha, que começava a chupar em algumas vezes, demonstrando que o sono ainda estava "batendo na porta." Shannon apareceu bem quando estavam chegando mais próximas do corredor seguinte, falando primeiro com sua primogênita para depois dirigir a a atenção para a ex-noiva. — Only one. — esperou tranquilamente pela volta da holandesa, puxando-a por um dos braços com o intuito de envolver o próprio - que não segurava Aurora - na cintura curvilínea e trazê-la para que pudesse cumprimentar da forma que gostaria. — É assim que vai me receber? — O sussurro fora feito numa distância mínima entre os lábios, na qual Dianna tratou de cessar ao depositar um selinho demorado. — Sim, estou com fome. Aliás, Heidi já foi? Paz estava querendo falar com ela sobre a ceia. Estão aprontando alguma coisa, toda vez que chego perto, ela se assusta e fica com cara de quem viu assombração. — Deu de ombros, afastando-se enquanto ostentava um sorriso maroto nos lábios, como se não tivesse feito nada.

Agora, com os dois braços cercando o pescoço de Dianna, Aurora encostava novamente a cabeça no ombro da mais velha, já chupando a chupeta sem se preocupar com outra coisa que não fosse o seu sono. — Princesa, quer voltar pro berço? A mamãe te leva. — Quando perguntou, fez isso diretamente no ouvido da filha, beijando sua cabecinha com aroma de perfume infantil. Não obteve respostas, mas sentiu as mãozinhas se fecharem contra o tecido da camisa, num indicativo claro de que não queria ser solta. — Então vamos jantar. —caminhando até a cozinha, deixou o corpinho sobre a bancada, enquanto esperava por Shannon. — Podemos pedir pizza, se não preparou nada. Esqueci de avisar que vinha mais cedo também, chegaria um pouco antes, mas o trânsito estava um caos e eu preciso de um banho, mas não trouxe nenhuma roupa. Ainda tem... Alguma coisa ai? — Só então percebeu que a holandesa usava a camisa que tinha passado cerca de quatro dias procurando, revirando o closet de cima-a-baixo.


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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Qui Dez 29, 2016 5:28 am
you're my only reason;

O apelido usado há poucos segundos ainda me causava o mesmo efeito: sorriso bobo e lembranças instantâneas. Lembrava-me, com detalhes, de como aquele nome destinado a mim havia surgido. Soltei o ar preso em meus pulmões, sendo surpreendida, em seguida, pelos lábios conectados aos meus. Fiquei fora de órbita por alguns segundos, obrigando-me a controlar minhas reações pelo simples fato de Aurora estar pendurada em Dianna. Agitei a cabeça, desviando o olhar do maldito sorriso maroto que me afetava mais que tudo. – Ah, você ainda não ficou sabendo? – franzi a testa, indo, a passos bambos, em direção à cozinha, sentindo a morena me seguindo. Caminhei até a porta que dava acesso a sacada, abrindo-a e vendo George entrando correndo na cozinha. – Meu pai resolveu dar uma “festinha” de Natal. Ele convidou os mais chegados e, você sabe, você está na lista. E seu pai. E Sam. E Paz. E toda a confusão que é nosso círculo mais próximo. – virei a cabeça, encarando-a por cima do ombro. Sorri para a cena que se desenrolava a minha frente, onde Aurora, de uma forma adorável, estava sentada na bancada sendo segurada pela mãe. – Paz deve estar com algum receio sobre você não gostar muito da ideia. Ou, talvez, seja outra coisa. Na verdade, eu sei lá. Toda vez que estou perto dela, ela só tenta enfiar comida na minha boca. – dei de ombros, voltando minha atenção para as papinhas de bebê prontas no armário. Peguei duas, colocando na direção dos olhos de Aurora. – Qual vai querer de sobremesa, zoet? Maçã ou banana? – meio segundo depois observei a loirinha se esticar em direção ao potinho amarelo. Soltei uma risadinha. – É, eu sei. A de banana era a minha favorita também.

Não demorei muito para pegar Aurora da bancada e instalá-la corretamente na cadeirinha destinada a alimentação. Ela era uma criança hiperativa e, talvez, eu tivesse medo de Dianna se distrair e deixá-la cair. George latiu para a pequena, que logo se distraiu com o cachorro. Neguei com a cabeça, virando-me, novamente, para a executiva escorada no balcão. – Que pergunta foi essa, babygirl? – arqueei uma sobrancelha, me aproximando ainda mais da mulher – Tem mais roupas suas nessa casa que minhas. – completei em um tom mais baixo, apontando para meu pijama (que consistia em apenas sua camisa enorme), instalando-me entre suas pernas e envolvendo sua nuca com ambos os braços. Aproximei meu rosto do dela, não dando tempo para a mesma responder; logo estava com meus olhos fechados e meus lábios nos dela, serpenteando minha língua para dentro da boca que sempre tinha um gosto mentolado. Saboreei daquele beijo – meio – roubado por uns bons segundos antes de, ofegante, me afastar. Permaneci no mesmo lugar, encarando as orbes castanhas de perto. Meus dedos traçavam linhas imaginárias em sua nuca. – Boa noite, senhora Ohlweiler. Teve um bom dia de trabalho? – abri um sorriso ladino, dando-lhe mais um selinho rápido, e indo em direção à geladeira. – Não tem problema por não ter avisado, gostamos quando chega mais cedo. – admiti, abrindo a porta do eletrodoméstico e pegando alguns legumes para preparar o jantar de Aurora. – E Heidi preparou um daqueles pratos lotados de camarão pra você, não precisaremos de pizza. – revirei os olhos. Minha governanta sempre teria aquela mania absurda de mimar Dianna. – Vá tomar banho logo, coala, hoje é o seu dia de dar o jantar a pestinha.


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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Qui Dez 29, 2016 1:19 pm


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Quando Shannon comentou sobre a suposta festa que seria dada por Joseph, o subconsciente de Dianna lhe lembrou o exato momento em que Kristen, a nova assistente, entrava em sua sala e lhe comentava sobre o convite feito através de uma ligação. Como havia estado no meio de uma reunião importante com empresários de grande nome no comércio indiano, não pode atender e confirmar a presença com o ex sogro, que parecia muito mais simpático após o nascimento da primeira neta. — Ah sim. Kristen me informou sobre. Seu pai fez questão de me convidar através de uma ligação, mas eu não pude atender para confirmar. — Pensou, olhando a filha apontar o pote com conteúdo amarelado. Para a morena, aquilo não tinha diferença. Os dois eram amarelos! Um resmungo sutil escapou-lhe dos lábios quando Aurora foi tirada de seus braços, e mesmo faminta, a pequena também demonstrou seu desgosto ao formar um bico fofo e enorme nos finos lábios róseos. Antes que pudesse voltar a se aproximar da pequena, tivera a presença da holandesa entre as próprias pernas, passando os braços em torno da cintuea curvilínea para mantê-la próxima e retribuir o beijo no mesmo ritmo imposto. Quando Shannon se afastou, os olhos de Dianna se mantiveram em seu traseiro, acompanhando o ritmo do rebolado natural. — Já estou indo. E não chame minha filha de pestinha! Ela é um anjo. — Respondeu automaticamente, tendo que desviar o olhar, afinal, a filha estava ali vendo tudo com os olhos grandes curiosos e animados com a interação das mães, contendo a vontade de lhe dar uma palmada no traseiro.

Vinte minutos foi o tempo exato para tomar um banho e vestir-se adequadamente para uma boa noite de sono. Uma calça moletom cinza escuro e uma camisa preta de mangas longas. O cabelo estava preso em um coque samurai, como sempre fazia, e quando desceu, estava muito mais tranquila. — Onde vai ser a festa? — Perguntou, assim que fez sua presença notável para não promover sustos na holandesa. — Preciso ir buscar Serena no aeroporto dia 31, às quatro da tarde. Ela não quis passar o ano novo com os primos em Roma. Achou todos chatos e insiste em ficar com Aurora. — Um pequeno sorriso sombreava os lábios da CEO, que novamente se aproximava da filha, que já lhe abria os braços. Beijou a pequena testinha, distribuindo mais beijos pelo rosto até ouvir a risada gostosa de bebê. — Não sei se meu pai vem. Ele estava em Singapura desde a última vez que ligou para saber como as coisas estavam. Isso foi a uns dois dias. — Comentou, levantando-se para olhar para Shannon. — Você vai com alguém? — A pergunta era um pouco óbvia, uma pontada de seriedade por trás do tom da voz da mais velha camuflando o leve ciúme para com uma resposta, enquanto aguardava o preparo do jantar da filha. — Heidi é quase uma santa, aliás. Estou faminta e adoraria me entupir de camarão! — Tornou ao tom normal, celebrando a deixa da governanta.


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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Qui Dez 29, 2016 2:34 pm
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Eu já estava tão adaptada àquela rotina que era engraçado quando eu parava para observar minhas ações na cozinha quando o assunto era Aurora. Minhas mãos trabalhavam com mais habilidade que um dia eu já tive para picar os legumes e eu realmente prestava atenção para separar aqueles que eu julgava serem “pedaços ruins” dos que iriam para a sopinha. Heidi havia passado dias comigo quando a pequena nasceu, ensinando-me a fazer tudo que era preciso para a loirinha crescer saudável. Dei uma olhada nela, sorrindo quando captei seus grandes olhos azuis me fintando. – Você é a pestinha mais adorável que existe, sabia? – indaguei em holandês, deixando meu trabalho de lado para ir até ela. Eu imaginava o quão confuso era para detectar as diferentes línguas que as pessoas falavam com ela, mas eu sabia daquela necessidade, afinal, eu havia sido criada daquela forma. – E eu te amo muito. – enchi seu rostinho de beijos, arrancando uma gargalhada que fazia meu coração vibrar. Passei bons dez minutos brincando com ela, voltando para o preparo da comida em seguida.

Estava tão concentrada que a volta repentina de Dianna me deu um leve susto. Desliguei o fogo, retirando os legumes cozidos e os jogando no liquidificador. – Na casa nova. Não sei se já foi lá, mas consegue ser maior que a antiga. Ainda não sei qual a necessidade que o senhor Joseph vê em morar em uma casa que parece um palácio. – me virei para ela, não reprimindo o suspiro quando a vi usando pijamas. Aquela Dianna sempre seria a minha favorita. Agitei a cabeça, focando na conversa outra vez. – Serena consegue ser mais coruja que eu e você juntas. – comentei, dando uma risadinha. – Hoje ela fez uma ligação por FaceTime e começou a conversa com “onde ela está?”. Acredita? Fui totalmente jogada para escanteio. – fingi um tom de indignação, logo ligando a máquina que trituraria os legumes. A cozinha foi preenchida por um som alto durante um minuto. – E seu pai vem. Por incrível que pareça, segundo papai, foi um dos primeiros a confirmar. – voltei com os legumes para a panela, olhando, vez ou outra, por cima dos ombros para encarar a mulher cor de canela. – Já consegue imaginar como será essa comemoração? Estou com medo de Aurora sair mais mimada do que já é. Hanna está em Barcelona e disse que comprou algumas coisinhas para a afilhada. – logo terminei o preparo da sopinha, colocando no pratinho azul e deixando esfriar um pouco.

Dado o fato que a comida de minha pequena já estava pronta, coloquei-me para arrumar o que viria a ser o meu jantar e o de Dianna. – Eu vou acompanhada de uma linda loira de olhos azuis. – soltei uma risadinha nasal, virando-me para a mulher mais uma vez para completar a sentença. – E com você. – pontuei. Abaixei-me em direção ao forno, ligando-o para esquentar a travessa de paella que Heidi havia preparado uma hora mais cedo. – Babe, você pode ir escolher algum vinho? – pedi, aprumando minha postura e caminhando em direção as duas. – Você é melhor nisso que eu. - Assim que Dianna saiu, um biquinho se formou nos lábios de Aurora, que acompanhava o caminhar da morena com os olhinhos. – Ma... Ma...Ma – franzi a testa e meu queixo caiu. Ela estava...?Mãe. – meu coração errou uma batida e, segundos depois, eu estava louca pela cozinha. – Dianna! – gritei. – Ai meu Deus, Dianna! Ela falou!


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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Qui Dez 29, 2016 4:16 pm


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George estava deitado de barriga para cima no canto da cozinha, balançando as patas de um jeito engraçado. A morema teve de negar com a cabeça, indo se escorar logo ao lado de onde a cadeirinha da filha estava. Dificilmente desgrudava de Aurora quando estava em sua presença, e isso era constantemente citado pelos demais parentes sempre que tinham a oportunidade de ver uma Dianna carinhosa e completamente dominada pela filha. — Aurora faz milagres. Até parece que Daniel ou Serena estão vindo para aproveitar as festas. Ela até concordou em não discutir com ele. — Massageou as têmporas por um minuto, recordando-se da última vez em que teve de segurar uma Serena afobada que tinha pretenções de avançar contra o pai. — Eu deveria ter ido para Barcelona com ela, aliás. Ao menos para impedir que Hanna traga metade da Givenchy ou alguma mini coleção de Elie Saab para um ano de uso, uma peça para cada dia, no caso. — Hanna e suas viagens para relaxar depois de dias conturbados e feitorias das novas coleções que estreariam na próxima temporada. — E creio que esteja falando dela, então terei de arrastar Sam para vir comigo. Lá nós trocamos, não é como se suas tias não fossem me chamar de querida e perguntar como vai o casamento. — Projetou um braço para trás, massageando a nuca vagarosamente. — Nem estava sabendo disso de casa nova, ou pelo menos não me recordo. E se bem não me engano, Hanna deve ter algum dedo nisso. Ela adora essa coisa de brincar de castelo com as casas. — já estava indo escolher o vinho, enquanto falava no meio do corredor, quando ouvira o grito. Imediatamente estava voltando, correndo, quase tropeçando e caindo de cara no chão.

Quando alcançou a cozinha e parou frente a Aurora, ouviu o som sair de sua boca, paralisada enquanto continuava a ouvir. "Mãe!" A vista estava turva, e a empresária teve de piscar várias vezes para não apagar. A primeira coisa a se fazer foi seguir com o olhar para Shannon, os olhos castanhos arregalados e brilhantes, assustada e animada com a primeira palavra da filha. — Como é? — Perguntou de novo, vendo a pequena bater palmas e gargalhar sozinha com a nova atenção que tinha, agora, das duas mães. Ela repetiu a palavra, e não foi preciso esperar muito mais para que a Ohlweiler retirasse o corpinho da cadeirinha e a envolvesse nos braços com um par de lágrimas escorrendo dos olhos. Aurora envolveu seu pescoço, deitando a cabeça no ombro, encolhendo-se no abraço ainda rindo e chamando "mãe" várias vezes, embolando no "ma".


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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Sáb Jan 07, 2017 4:29 pm
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Eu encarava aquela cena um tanto quando emocionada e... Enciumada. Aurora havia falado a primeira palavra e, infelizmente, ela não havia sido destinada a mim. Logo eu, que ficava grudada a ela durante todo o dia, correndo atrás da garotinha que engatinhava pela casa toda para não deixá-la se machucar e brincando com ela como se eu também fosse um bebê. Respirei fundo, alcançando o celular em cima do balcão – que não sabia se era meu o de Dianna – e abrindo na câmera, logo colocando para gravar. Foquei na cena que se desenrolava logo à frente. – Hoje é dia 21 de dezembro de 2016 e estávamos preparando o seu jantar... – interrompi no meio da frase, pensando bem no que eu havia acabado de falar. – Bem, eu estava preparando o seu jantar, Dianna ainda continua horrível na cozinha. – consertei, achando a nova informação bem melhor. – Você falou sua primeira palavra! Olha como sua mãe está toda trouxa e emocionada. Zoet, você quase a fez desmaiar! – aproximei mais a câmera das duas, captando o sorriso de dois dentinhos de Aurora, que ainda resmungava “mãe”, e algumas lágrimas de Dianna. Mesmo com ciúmes, foi impossível não sorrir diante daquela imagem. Virei a câmera para mim. – Aurora, eu não acredito que você chamou ela antes de mim! Isso é totalmente injusto, sabia? – resmunguei, não escondendo meus sentimentos da dada circunstancia para a gravação. Eu estava feliz, claro, mas... Era pra ela ter chamado a mim! Voltei a gravar as duas e logo em seguida interrompi a gravação.

Deixei o celular novamente no balcão, me reaproximando de ambas. – Por Deus, amor, solte nossa filha, você vai esmagá-la. – torci o nariz com a ideia. – Anda, coloque-a de volta na cadeirinha, está na hora de comer. – Com muito esforço, consegui retirar Aurora dos braços da morena emocionada e colocá-la de volta ao seu assento, logo me inclinando um pouco para ela. – Hey, zoet, quem eu sou? – a encarei com expectativa e a única coisa que recebi foi um piscar de olhos. Bufei, aprumando minha postura e deixando o sentimento de frustração dominar meu corpo. – Agora eu sei como meu pai se sentiu quando eu chamei Heidi e não ele. – comentei baixinho, indo pegar o pratinho de Aurora e entregando para Dianna – que ainda estava levemente abobada. – Hoje a tarefa quase impossível é sua, mãe. – sorri sem mostrar os dentes, indo, logo em seguida, acabar de preparar o nosso jantar.

Estava olhando a paella no forno quando me lembrei de algo. – A propósito, a loira que eu estava me referindo era Aurora. Hanna disse que vai chegar um pouco atrasada à festa, algo como querer causar algum impacto na entrada. E, uh, se prepare para receber perguntas da família toda. Eu não disse para todo mundo que a gente... É... Você sabe. – me levantando, encolhi os ombros, me escorando no balcão. Soltei uma risadinha quando vi a careta de Aurora para a comida e logo ela enfiou a mão no prato. – Eu ainda não acredito que ela chamou você primeiro!



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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Sáb Jan 07, 2017 5:17 pm


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Os canais lacrimais de Dianna estavam semelhantes as margens da lustrosa praia de Cocoa Beach, lugar cujo havia visitado com Serena e Shannon a alguns bons meses atrás. — Fala de novo, principessa! — e logo Aurora repetia a palavrinha mágica, expondo seu sorriso de dois dentinhos para deixar a morena completamente derretida. Shannon falava algumas coisas das quais não podia compreender no momento, pois a emoção lhe extorquia todas as ações do momento, lhe impossibilitando de prestar atenção no que acontecia ao redor. Mas, nem tudo o que é bom dura pouco, logo a loura lhe tirava a filha dos braços, a muito contra gosto. Só havia cedido, em verdade, para que alimentasse a pequena princesa por quem possuía um amor incondicional. O ciúme estampado no rosto da loura mais velha lhe fez prender um sorriso, sabendo o quanto a Gould-Kempner era ciumenta, aquilo deveria estar remoendo em seu cérebro hiperativo. — Eu deveria ter optado por te chamar de Chiara. É a namoradinha do Simbá, e você parece uma leoa. Igual a sua mãe. — falou baixinho, beijando a ponta do nariz da menor, ouvindo sua gargalhada gostosa e mais reclamações de Shannon. — Ah, sim. Então vamos as três. Essa entrada vai impactar mais que a da Hanna, para quem sabe. — deu mais uma colherada da sopinha a filha, que comia quietinha, atenta a conversa das mães.

Quando terminou de alimentar a pequena, olhou para Shannon, no intuito de saber o que fazer. — E agora? Eu deixo ela aqui ou levo pra algum lugar, amor? — colocou as duas mãos na cintura, pendendo a cabeça para um lado, voltando a observar a filha, que parecia sonolenta na cadeirinha. — Nossa próxima filha vai se chamar Chiara. — ponderou, falando consigo mesma.


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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Sáb Jan 07, 2017 5:54 pm
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Observo Aurora comendo toda a comida com vontade, ficando surpresa com tal fato Não era possível que ela fizesse birra para comer apenas comigo. Mais ciúmes. Bufo mais uma vez, girando em meu calcanhar para desligar o forno. Um sorriso sutil surgindo em meus lábios com a constatação de Dianna. – Não é como se fossemos fingir cem por certo que temos algo, afinal. – comento, voltando a encará-la. – Até porque... – ergo a mão, mostrando a aliança ainda presente em meu anelar. Por mais complicada que fosse nossa relação, sentia-me incapaz de retirar aquele anel dali. – Pedirei para Dean gravar nossa entrada triunfal, porque Hanna não vai querer admitir que fizemos uma entrada melhor que a dela. – pisco um olho, contornando o balcão e parando na frente, novamente, das duas. – Chiara e Simba começaram a namorar ainda crianças. – constato, soltando uma risadinha nasal em seguida. – Já está se preparando para Aurora começar a namorar? – ergo uma sobrancelha, claramente provocando a morena. Sabia do ciúme que ela tinha da loirinha e, sinceramente, me divertia com isso. – Agora você vai levá-la ao banheiro, escovar os dentes dela e colocar uma fralda limpa. Depois irá colocá-la no berço, ligar aquele troço que me deixa tonta e apagar as luzes. Simples. Eu vou terminar o jantar. – fico na ponta dos pés e deixo um selinho rápido nos lábios bem desenhados da mulher. – Anda logo, mãe, estou com fome. E não esqueça o vinho!

Dianna havia saído há alguns minutos, deixando-me sozinha na cozinha. Vou até a cadeirinha de Aurora e ajeito as coisas por ali, pegando o pratinho sujo e levando até a pia. Em seguida, arrumo a mesa para duas, logo colocando a paella lotada de camarão na mesa. Aguardo mais alguns minutos, para logo mais ver Dianna cruzando a porta da cozinha. – Como você demorou. – resmungo. – E, só pra constatar, nossa próxima criança será Benjamin, não Chiara.  



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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Sáb Jan 07, 2017 6:13 pm


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Dado o selinho e todas as instruções, a morena subiu com a filha para o quarto, e lá dentro se instaurou uma baderna completa. O banheiro estava uma bagunça, Dianna encontrava-se completamente molhada e Aurora parecia um daqueles panos de chão ensopados e espremidos para tirar o excesso da água. — Agora a missão é te vestir. Você quer escolher a sua roupa? — perguntou, levando a pequena até o closet dentro de seu quarto. Lhe soltou, lembrando das palavras de Shannon. Ela não começaria a namorar antes dos trinta, e tinha completa certeza disso. — Filha, se algum dia algum rapaz tentar por a mão em você, lembre de dizer que "minha mãe falou que vai fazer o mesmo com você". — abriu um sorriso maléfico, concluindo que a pequena diria aquilo quando estivesse um pouco mais crescida e ciente do significado daquelas palavras. — Você não pode namorar antes dos trinta ou sua mãe vai ter que ir presa por homicídio culposo. — beijou o topo da cabeça loirinha com cheiro de bebê, puxando-a para colocar sua frauda. E ali passou boa parte do tempo, perdendo-se onde tinha que colocar perna, puxar o lacre e fechar a frauda. Afinal, aquilo deveria vir com manual de instruções.

Quando retornou, segurava um vinho de safra Graves-Pessac produzido em 1990 - e um de seus preferidos - como Shannon havia pedido. — Estava me lembrando de como este vinho é melhor que os de safra italiana, e isso é meio que uma ofensa para mim. Eu gosto de vinhos, e gosto de saber que os de minha descendência são bons, mas infelizmente existem melhores. — suspirou, realmente havia se perdido em uma lembrança num jantar de negócios onde conversava com Gratgor e Carlitos o quão a França tinha sido imbatível nesta década, produzindo safras com duração de cinquenta anos a frente, solidificando uma marca muito melhor que as de 1989, o que era um grande mérito. — Desculpe. — deixou o vinho cair no balde de gelo, aproximando-se do balcão para puxar Shannon pela cintura. — Primeiro, Aurora não vai namorar. Segundo, eu também não tirei. — apertou-lhe a cintura para que sentisse o pequeno relevo no dedo anelar da mão esquerda. — Se for outra menina, se chamará Chiara. Se for um menino, sim, será o Ben 10. — beijou o queixo bem desenhado, mordiscando. — A comida está cheirando bem. Podemos? — olhando nos olhos cristalinos, esperou por uma resposta dela.


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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Sáb Jan 07, 2017 6:48 pm
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- Você está cheirando a bebê. – sussurrei assim que senti os braços de Dianna me enlaçando. Apoiei o queixo em seu ombro, obsevando as características do rosto moreno super de perto. Era incrível como o tempo só fazia bem a ela. Sem me conter, arrastei o nariz pelo pescoço da mulher, achando graça da forma que o cheiro de Aurora e o dela se misturavam de uma forma deliciosa: eram os melhores cheiros para mim. – Meu pai falava que eu não ia namorar também. E eu tinha o que idade quando começamos a namorar mesmo? - Abri um sorriso de canto, ainda a provocando. Algo me dizia que Aurora iria sofrer quando ficasse adolescente, mas não é como se eu fosse me preocupar com isso agora. Afirmando com a cabeça sobre sua pergunta, dei um passo para trás. – Eu fico abobada com seu conhecimento sobre vinhos. Assim, a única coisa que realmente sei é que é feito de uva. – dou de ombros, seguindo até a cadeira e me sentando.

Servi o prato de Dianna e o meu, aguardando a mulher acabar de encher as taças. – Hoje eu dei ração de cachorro para Aurora comer e banana para o George. – comentei, pegando uma pequena quantidade da paella com o garfo e levando até a boca. Suspirei quando senti o sabor, Heidi sempre cozinhava o paraíso. – Assim, não que ela tenha comido, eu notei antes que ela pegasse, mas o George comeu a banana. – completei segundos depois, franzindo a testa. - Parece que Aurora notou essa minha confusão e se vingou de mim. – dei um gole no vinho – Porque até agora não aceitei que ela tenha te chamado.




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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Sáb Jan 07, 2017 7:33 pm


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A italiana escondeu o sorriso ao sentir a ponta do nariz lhe proporcionar um arrepio, após a constatação do aroma infantil impregnado na pele. Não admitia, mas já havia se acostumado e até sentia falta quando o cheiro de Aurora não estava junto ao próprio. — Um fato de ser mãe é saber lidar com o cheiro do filho agarrado nas roupas. — beijou a testa da ex esposa, a quem de ex não tinha quase nada. — ...Mesmo que isso reflita no trabalho. — já havia pegado Natalie conversando com Andrea sobre o cheiro de bebê que exalava e o quanto aquilo era fofo, deixando-a completamente desconcertada. Por sorte, tinha um porte profissional excepcional o suficiente para disfarçar perante as secretárias. — Pelo que bem me lembro, foi a senhorita que investiu. Estudar matemática, uh? — rebateu a provocação, piscando-lhe um olho.

Sentou-se a mesa após ter o prato servido, e quando nivelou o garfo para dar a primeira prova, deparou-se com a confusão feira por Shannon. A reação fora automática, e quando se viu, estava cheirando a comida no prato para procurar por algum ingrediente exótico que poderia ter sido "distraidamente" esquecido ali dentro. Mas, ao notar que nada de errado existia ali, voltou os olhos precisos e tensos para a mulher. — Você precisa estar mais atenta com sua zoet, Barbara. — resmungou, irritadiça com o descuidado para com a filha. — Sei que tem muitas coisas a fazer, mas quando apertar, apenas leve ela até a empresa e eu tirarei a tarde para me ocupar com Aurora. Ser dona de um império me proporciona tal regalia, então não pense duas vezes antes de fazer isso. Natalie pode me ajudar e você descansaria um pouco. — soltou o garfo, a ponta do antebraço encostada na mesa dos dois lados. — Aliás, você não precisa disso. Eu queria passar o tempo que você tem com ela, no lugar de ouvir a primeira palavra destinada a mim. — um tanto que triste, retomou o objeto de prata em mãos, dando uma garfada.


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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Sáb Jan 07, 2017 8:19 pm
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Franzi a testa, encarando Dianna, novamente, totalmente enciumada, só que dessa vez por um motivo diferente. Afastei a taça de vinho. – E por que diabos Natalie estava te cheirando? – indaguei, erguendo uma sobrancelha e fechando a cara. Não gostava da ideia de outra mulher estar cheirando minha (se é que podia chamá-la assim) mulher. Sacudi a cabeça, desviando minha atenção daquele fato e me focando em outra coisa. Semicerrei os olhos, largando o garfo e olhando-a com indignação. – Eu realmente precisava de ajuda em matemática! Naquela época as coisas simplesmente não faziam sentido para mim. Assim, ainda não faz, mas eu aprendi a lidar com isso por conta da minha profissão. – divaguei. – Mas foi você que chegou perto demais, eu só fiz a ação que você ficou com medo.– Rebati.

Após contar o pequeno incidente de mais cedo para Dianna, fiquei observando suas ações e simplesmente tive que reprimir a vontade de estapeá-la. Não era sempre que eu me distraia na cozinha para ela reagir daquela forma. Suspirei, desviando o olhar do pequeno sermão que levava da morena sobre os cuidados para com nossa filha. – É, eu sei que devo prestar mais atenção. Heidi falou um monte comigo, não precisa se irritar também. Eu só... – tentei arrumar uma justificativa, entretanto, fui calada com as palavras seguintes da mulher cor de jambo. Aquilo me atingiu de uma forma absurda, deixando-me envergonhada pelo fato de ter sentido ciúmes daquilo. Eu sabia que Dianna se esforçava para passar o máximo de tempo com Aurora, mas a empresa simplesmente a sugava. Afastei o prato, encostando-me a cadeira e encarando a mulher a minha frente com carinho. Havia sido uma opção minha me afastar da empresa do meu pai e abandonar, por hora, minha função de arquiteta. – Desculpe. – sussurrei, contendo a vontade de ir até ela. Abri e fechei a boca, um tanto quanto desconcertada, sem saber o que falar após o pequeno desabafo dela.

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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Dom Jan 08, 2017 1:57 am


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Dianna movimentou o garfo em torno do prato, dando movimento a comida. O arroz encoberto pelo tempero e os grandes camarões lhe pareciam apetitosos, apenas precisava recuperar o humor. Não estava ali para instaurar um clima estranho ou que tornasse difícil qualquer possibilidade de um diálogo. — O cheiro fica em mim, não é como se eu permitisse que outra mulher encoste em mim desta forma. Todas ainda perguntam pela senhora Ohlweiler, para sua informação. É assim que se referem quando você está de chegada. — subiu os olhos para Shannon, suspirando profundamente. — Só... Não sinta ciúmes disso, você compartilha muito mais com ela. Ok? — era mais do que certo a decisão que havia tomado. — Vou me afastar da empresa por dois meses, não tirei férias em nenhum período ano passado, e farei o mesmo este ano. Porém, isso me dará direito a sessenta dias de pausa quando achar necessário. Se não tiver com planos, gostaria de propor uma viagem em família para quatro pessoas. — logicamente levaria Serena. Não apenas pelo fato de que gostava da presença animada da irmã, mas também, por seu agrado para com Aurora. Elas não desgrudavam, e isso queria dizer que teria algum tempo com a holandesa logo a frente.

Perfurou um camarão, levando-o aos lábios. Tinha alergia ao crustáceo, o que lhe opunha a comer certas quantidades, mas não era como se respeitasse isso. Quantas vezes já não havia ido parar em um hospital pela grande quantidade ingerida? — Heidi fez isso. — não precisava de mais uma garfada para constatar. O tempero era específico, e sabia por que os Gould-Kempner jamais abandonaram a mulher. Além de uma perfeita governanta, era uma ótima cozinheira. — Amanhã quero vê-la. Estarei indo para a empresa apenas para fechar o ciclo. Natalie ficará no comando, e não tenha ciúmes dela também. — finalizou, arqueando uma sobrancelha.


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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Dom Jan 29, 2017 4:20 am
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Eu havia perdido todo o apetite diante do clima – nem tão – tenso que se instalara naquela mesa. Não é como se eu soubesse o que exatamente eu estava sentindo naquele instante. Talvez vergonha por ficar com ciúmes (que devido às circunstâncias apontadas há pouco pela própria Dianna, não fazia sentido algum) das primeiras palavras proferidas pela minha pequena, talvez alívio por saber que as mulheres da empresa da morena a minha frente não se jogavam nela, ou, talvez... – Férias em família? – tentei parar de definir meus sentimentos quando as palavras, proferidas pela voz levemente rouca, tomaram meus ouvidos. Ignorando a pequena tensão e deixando de lado, por agora, o que foi dito anteriormente, senti um pequeno sorriso brotando no canto de meus lábios. Eu podia apostar que meus olhos começaram a brilhar instantaneamente. Afastei o prato ainda cheio de mim, peguei a taça de vinho e encostei-me à cadeira, observando a mulher a minha frente com atenção. A ideia de passar um tempo com Dianna, Aurora e Serena soava como música para meus ouvidos. – Céus, amor, mesmo se eu tivesse planos, eu cancelaria todos eles. – soltei antes mesmo de pensar. Eu tinha alguns planos. Quatro projetos inacabados ocupavam minha mesa de desenho no escritório, sendo que a data de entrega de dois deles estava mais próxima que eu imaginava. Entretanto, não é como se eu não pudesse dar um jeito naquilo para conseguir fazer com que a ideia dela continuasse totalmente dentro dos conformes. – Inclusive, estava mesmo por sugerir férias a você. Aquela empresa... Suga você demais. – semicerrei os olhos, pensando se o adjetivo escolhido era o mais apropriado. – Algum lugar em mente? – beberiquei o vinho, logo passando a ponta da língua nos lábios para retirar o excesso da bebida que ali ficara e repousando a taça, novamente, na mesa.

Concentrada na figura a minha frente, captei quando a mesma espetou o camarão com o garfo. Suspirei, fazendo uma nota mental de dar um antialérgico a ela antes de dormir. – Claro que foi Heidi que fez. Ela é a única pessoa nessa casa que te oferece camarão mesmo sabendo que é alérgica. – contestei o óbvio. - E o que quer com ela? – franzi a testa, realmente curiosa, inclinando meu corpo para frente. – E saiba que eu não tenho ciúmes de Natalie. – pontuei com uma naturalidade que até eu fiquei surpresa. Mentira, a voz soou em minha cabeça. Era mais que claro que morria de ciúmes dela, afinal, ela passava todo um dia grudada em minha mulher. – Então... A partir de amanhã está de férias?

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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Dom Jan 29, 2017 9:45 pm


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Dianna percebeu que Shannon poderia ter perdido o apetite, quando a mesma afastou o prato para longe de sua frente. A morena deu de ombros, e espetou mais um camarão - agora do prato da loira - e o comeu, perdida em alguns pensamentos. — Eu não sei... Paris? Seria bom, pretendo levar Serena numa agência de modelos que precisa de uma figura com aspecto latino-americano para um comercial. Aliás... Você já ouviu ela cantar? — Dianna deixou os olhos vagarem por um tempo, lembrando-se do dia em que havia ouvido a irmão cantar a plenos pulmões dentro do banheiro. — A pivete tem jeito. Estou pensando em conversar com ela sobre isso, mas por enquanto vou focar em aproveitar a viagem com minha família. — novamente espetou outro camarão, aproveitando que não havia ninguém para reclamar. Ela poderia imaginar o que se passava pela mente de Shannon ao ingerir tanto camarão, era alérgica e aquilo era um veneno vicioso do qual não abria mal de jeito nenhum. Os minutos seguintes passaram com uma italiana contendo uma risada enquanto degustava um gole do vinho, estalando a língua entre os dentes enquanto arregalava os olhos e entortava os lábios numa expressão notória de "Ok, vou fingir que acredito nisso." — Então, eu ainda preciso ir na empresa. Vou fazer uma reunião particular com a Natalie. Preciso treiná-la para algumas situações antes de deixar tudo nas mãos dela. — frisando o "reunião particular" e o nome da ruiva, a morena provocou com um sorriso maroto brincando nos lábios.

Quando terminou com os camarões, ergueu-se do lugar e pelo celular, ativou o sistema de som da holandesa. Tinha sido a responsável pela instalação do aparelho, já que a mulher queria algo mais simples e que combinasse com o ambiente reservado que havia escolhido para viver, mas Dianna não questionou ou discutiu. Foi, comprou e instalou. Um olhar fora dirigido na direção da holandesa, enquanto abria um ligeiro sorriso, caminhando até a sala para controlar a iluminação e reforçar o volume da babá eletrônica que estava por todos os lados. A voz de Jessie Ware logo preenchia o ambiente, enquanto say you love me começava a tocar em som ambiente, com as luzes já baixas, mas de forma que não houvesse dificuldade para uma ver a outra. Quando voltou, a italiana parou perto da loira, olhando-a, soltando a própria taça em cima de algum sólido do qual não se deu o trabalho de olhar qual. — Para onde você quer ir? — Questionou, baixo, num tom íntimo. Estavam a poucos centímetros de distância, a poucas polegadas uma da outra.





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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Seg Jan 30, 2017 2:14 am
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De fato, já havia tido o prazer de ouvir Serena cantando. Sua voz era suave e, de certo, daria super certo no ramo da música. – Ela vive cantando para Aurora, acho a coisa mais linda do mundo. – comentei com um leve sorriso nos lábios, lembrando-me das vezes que havia deixado a pequena aos cuidados da Ohlweiler mais nova e voltado rapidamente apenas para ter o prazer de escutá-la cantando. - Certo, então temos um ponto de partida. Iremos à Paris para Serena fazer o teste. Tenho alguns conhecidos por lá, você sabe... Das vezes que modelei para uma coisa e outra... Talvez eu possa ajudá-la com alguma coisa. – Pisquei os dois olhos. Eu estava tão focada na morena a minha frente que consegui captar suas expressões faciais com facilidade. O fato era: por que raios Dianna estava segurando o riso? Semicerrei os olhos, sem desgrudá-los de suas reações. Minha pergunta foi respondida meio segundo depois, com direito a um sorriso maroto e tudo, o que me fez, no mesmo segundo, fechar a cara. Ela sabia o que estava fazendo. Limpei a garganta com um pigarro baixo. – Reunião particular? Isto é, só vocês duas numa sala fechada e isolada? – trinquei o maxilar com as mil e uma imagens que se formaram em minha mente sem minha permissão. Natalie era uma ruiva extremamente bonita e não ficaria surpresa se minha ex-futura-mulher, que eu continuava achando que de ex não tinha nada, sentisse, no mínimo, uma leve atração por ela. Sem contar o fato de que eu sabia que a ajudante de Dianna tinha uma queda – quase um penhasco - por ela. Soltei a respiração pesadamente, desviando meus olhos de minha mulher e focando em outro ponto qualquer. – Ok. – balbuciei ressentida, esticando minha mão e captando a taça com a ponta dos dedos. Virei uma boa quantidade do vinho dentro da minha boca, deixando o recipiente vazio.

Estava perdida demais nos meus próprios ciúmes para notar que Dianna havia escapulido da mesa. Fui sentir sua falta quando as luzes diminuíram absurdamente e a música, baixa, preencheu meus ouvidos. Minha primeira reação foi fechar os olhos e engolir em seco, para, em seguida, virar o rosto em direção à mulher. Aquela música... Abri os olhos, vendo a morena extremamente perto. Meus sentidos foram tomados por seu cheiro e sua presença. Abri um sorriso ladino, inclinando-me em sua direção. – Bem... – com a voz baixa, comecei. Levei minha mão em sua nuca e repousei meus lábios em seu queixo. Meus dedos trabalhavam em fazer uma leve carícia onde haviam parado. – Depois de Paris, podíamos passar uns dias na Itália e depois ir à Holanda. Mostrar a nossa filha suas origens desde já. O que acha?


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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Seg Jan 30, 2017 7:29 pm


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A expressão de vitória nas feições da italiana era cômica, por assim dizer. Como de praxe, lá estava Shannon com a familiar carranca modelada sempre que o assunto estendia-se por "Natalie" ou qualquer mulher da empresa que ela insistia em dizer que sofria por um penhasco pela empresária. — Ah, a reunião será apenas entre eu e ela, numa sala, sozinhas. Sentadas bem perto uma da outra e... — Sorriu, negando com a própria cabeça. — Deixe de bobagens, senhora Ohlweiler. Sabemos bem que eu tenho uma queda por ruivas e Natalie é linda... — É claro que Dianna implicaria um pouco mais, com o jeito teenager bagunceira que não perdia por nada, apesar de não mostrar para quem não fosse de seu exclusivo convívio pessoal. — Mas a minha preferência passou a ser exclusiva para a mãe da minha filha a mais de seis anos. — sussurrou contra os lábios finos da holandesa, selando-os um par de vezes. — ...E pretendo passar sessenta dias completos na presença da única mulher que me tem por completo. — Os olhos castanhos consolidaram os azuis enquanto um momento de silêncio se instalava entre as duas. — Com a única que me deu todo o amor que eu busquei em quem não tinha o que oferecer e a única a me dar a certeza de que esse amor já não cabia mais aqui. — Trouxe uma mão de Shannon até o próprio coração. — Nem aqui. — Depois colocou sobre a própria testa, sem tirar os olhos dos azuis. Ali fazia uma referência pelo fato de não parar de pensar em como a loira estava, se precisava de ajuda com Aurora ou com qualquer outra coisa.

Um pequeno sorriso se instaurou nos lábios da italiana quando Thinking out loud preencheu a sala, levando a música até os ouvidos das mulheres ainda na cozinha. — Com a única que fez esse amor se expandir e moldá-lo por alguns meses aqui dentro, até concebê-lo da forma mais linda. — Levou a mão até a barriga dela, fazendo um breve carinho, pois logo estava circulando sua cintura com um dos braços de forma possessiva. — Lembra quando dançamos essa música? — Perguntou, movimentando o corpo num balanço calmo, obedecendo as seguidas batidas da música. A ponta do nariz afilado de Dianna percorreu uma linha invisível pelo pescoço alvo de Shannon, deixando um beijo pressionado um pouco abaixo do maxilar. — Lembra das coisas que sentimos no passar de todos esses anos? — Voltou a perguntar, os olhos fechados enquanto concentrava-se nos pequenos flashback's que invadiam seus pensamentos. O dia em que a vira no hotel, numa viagem enquanto ainda era uma criança.

Quando se reencontraram na casa da própria Shannon.

Na primeira vez em que deram as mãos quando saíram para tomar sorvete.

Quando vestiu uma camisa dizendo "Em caso de emergência, me ligue" no shopping, e uma morena lhe dera o número para entregar a Dianna, provocando uma carranca na holandesa.

Quando tinha lhe mostrado o quarto de mobílias infantis, a cor rosa predominante em algumas coisas e as pelúcias já devidamente organizadas numa prateleira alta para não causar qualquer reação alérgica no novo integrante da família.

O choro de Aurora no dia do nascimento e as lágrimas que havia derramado ao pegar o pequeno corpinho nos braços, vendo-a acalmar-se enquanto registrava o abrigo dos braços que lhe protegeriam do mundo.

O dia em que haviam se separado, e afastado o contato.

O dia em que não haviam aguentado a distância e sucumbido ao amor que sempre estaria ali.

Da noite de tempestade onde se amaram, e pôde concluir que poderia passar uma quantidade infinita de tempo... Mas estariam ali, juntas, por um motivo que mostrava-se cada vez mais fixo e duradouro.

Ela era o começo e o fim do próprio infinito.

O sorriso aumentou sem que nenhuma das duas percebessem, mas logo Dianna tratou de fechá-lo e tornou a encarar a mulher em seus braços. — Eu não trocaria nada disso por Natalie ou qualquer outra mulher que tope no meu caminho ou que sofra de sei lá o que por mim. Entendeu ou quer que eu desenhe, amor? — O tom era divertido, mas continha um carinho inestimável por trás do sorriso que Dianna portava nos lábios.



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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Seg Fev 06, 2017 4:48 am
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Eu a amava desde o dia que eu havia a conhecido. Os olhos castanhos, o nariz fino e levemente arrebitado, o formato do rosto e a cor da pele. A personalidade forte, o jeito mandão e reservado – que mudava para totalmente brincalhão quando a intimidade aparecia. Tudo nela era um mix perfeito que havia me ganhado desde nosso primeiro encontro de olhares no saguão do hotel, quando ainda éramos crianças. Eu podia passar minha vida toda a olhando e era exatamente isso que fazia enquanto suas palavras provocadoras sobre a secretária ruiva eram proferidas. O sorriso no canto dos lábios e o brilho de diversão nos olhos com o mais lindo tom de castanho me provavam isso: não passava de provocação. Contive-me em apenas girar os olhos e ignorar as palavras até determinado momento.

Minha respiração saiu pesada pela boca e tudo que consegui fazer, em resposta a tudo que foi dito (que ficou ainda mais intenso devido à música de fundo), foi levar minha mão até sua nuca e forçar meu rosto para frente, chocando meus lábios contra os delas. Os lábios de Dianna continuavam com aquele sabor que me embriagava e com a textura que me enlouquecia. Eu não tinha pressa. Movimentava minha boca sobre a dela com calma, mas com força o suficiente para demonstrar a intensidade de meus sentimentos que borbulhavam dentro de mim naquele momento.

Era óbvio que eu me lembrava daquela música, assim como era óbvio minhas lembranças sobre como eu me sentia em relação a ela durante todo aquele tempo. Era a mesma coisa, ao mesmo tempo em que era totalmente diferente. Quando se tratava dela, o sentimento sempre seria intenso, avassalador e totalmente mais forte do que eu poderia controlar. A vinda de Aurora apenas intensificou tudo isso, mostrando que, sim, era possível eu amá-la ainda mais e tornar tudo aquilo em algo. Ou melhor, em alguém.

Notei que havia a guiado pela cozinha apenas quando senti seu corpo parar de forma abrupta, me indicando que algo sólido estava atrás dela – provavelmente alguma parede. Forcei meu corpo contra o seu, sentindo cada pedacinho de mim se moldando ao corpo dela. Seu cheiro de banho fresco invadiu meu nariz e tudo que eu queria fazer naquele momento era fundir-me a ela.

Não notei quando a primeira lágrima escorreu dos meus olhos fechados.

Minha boca ainda esta colada na dela quando senti algo molhando e quente escorrendo sem parar por minha face. Abri os olhos, dando-me conta do que era aquilo e me afastando apenas o suficiente para secar as lágrimas que insistiam em cair dos meus olhos. – Você não precisa desenhar, bobona. Já entendi. – funguei. – Acho que até demais. – abri um pequeno sorriso, me referindo ao fato de ter ficado emocionada com tudo que ela havia dito. Naquele momento, eu apenas queria falar o quanto eu a amava e o quanto meu coração ainda perdia o compasso quando ela estava por perto; queria falar da sua capacidade de ainda me deixar bêbada e fora de órbita por simplesmente encostar os lábios aos meus. Queria falar do quanto eu ainda era, apesar das circunstâncias, fodidamente apaixonada por ela. Suas palavras, apesar de simples, continham uma carga emocional tão pura e verdadeira que me deu vontade imensa de chorar. Não chorar de tristeza, mas sim por saber que tudo que eu sentia ainda era recíproco. Tomei um fôlego maior, guiando meus olhos em direção aos castanhos mais uma vez. Naquele segundo, eu me apaixonei por Dianna Ohlweiler pela décima – ou seria vigésima? – vez.

Uma breve e baixa risadinha escapuliu de mim quando meus pensamentos, soltos e desconexos como costumavam ser, trouxeram algo à minha cabeça. – Essa coisa de lembranças me trouxe aquela festa à fantasia à mente. – voltando a ultrapassar seu espaço pessoal, guiei minha boca por todo seu pescoço. – Onde eu instiguei todos os seus sentidos. – murmurei contra sua pele, onde deixei uma breve mordida e, em seguida, aliviei ao passar a língua. Ergui os olhos, encarando-a de perto. Um sorriso ladino brincando em meus lábios. – Éramos adolescentes com muitos hormônios... – uma de minhas mãos invadiu sua camisa, um pouco acima onde o elástico da calça prendia a peça de roupa em seu corpo, e logo estava acariciando, levemente, o local. Inclinei a cabeça para o lado. – Lembra?


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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Qua Fev 08, 2017 2:13 am


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O balançar dos corpos continuaram de acordo com o ritmo da canção seguinte, e da seguinte, até que Shannon resolveu alertar a italiana de que algo acontecia dentro dela. As lágrimas agitaram Dianna, que se separou de beijo - apesar de estar preocupada - de maneira gentil, e a trouxe ainda para mais perto. — Ainda bem. — Ela sorriu quando percebeu que tratava-se da emoção ali, nua e crua, e nada mais. Ninguém poderia entender a conexão, ou se quer a química que os corpos tinham quando estavam juntos. Nunca foi preciso de muita coisa para a holandesa provocar uma erupção em sua morena, afinal. — Está me perguntando se eu lembro do dia em que você resolveu me apresentar a Barbara? — O sorriso torto brincava nos lábios da morena, que deslizou uma mão até a base do quadril da mais nova, atenta a seus movimentos como se ela estivesse fazendo tudo em câmera lenta. — É claro que eu me lembro. — sussurrou contra os lábios de Shannon, capturando o inferior vagarosamente, sugando-o de forma breve.

As mãos da morena agarraram as nádegas de sua mulher, uma em cada lado obviamente, repuxando para que ela estivesse ciente de suas lembranças, do cheiro de café que o perfume escolhido para aquela noite, da dominatrix conceituada numa ótima visão particular, diga-se de passagem... E os outros fatos que preferia deixar de fora. — Mas também lembro do babaquinha que queria tirar você de mim, vulgo Ralph Lauren. Sério... Como você aguentava aquele traste? — Era óbvio que Dianna não gostava do rapaz, e em nenhum momento escondia. Eram poucas as pessoas que lhe despertavam aquele lado irritadiço, mas Ralph tivera o prazer de contemplá-lo em todas as vezes que resolvera marcar os momentos com sua presença desnecessária, e ainda fazia-se de vítima. — Eu perdi a conta de quantas vezes eu quis socar a cara dele. — resmungou, contrariada só de lembrar dos comentários que tinha visto dele a respeito daquela holandesa maravilhosa que lhe pertencia. Escroto nojento e machista. Ela apertou o traseiro de Shannon, roçando o quadril ao dela propositalmente. — Não admito que um paspalho trate uma mulher como se fosse um pedaço de carne. Principalmente quando se trata da minha. — Tudo foi dito em um sussurro, bem quando Earned It começava a tocar, e a loura era colocada sobre a mesa de jantar num impulso rápido da italiana. Dianna encaixou-se entre as pernas dela, as mãos indo para as coxas numa carícia lenta, apesar do toque possessivo. — Ou está falando daquela em que você estava de Elsa e sua mão... — abriu um ligeiro sorriso, movendo o rosto para começar a dar chupões no pescoço alvo.



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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Qui Fev 16, 2017 2:52 am
you're my only reason;

Mordi o lábio inferior, reprimindo uma risadinha, quando a morena mencionou meu nome do meio. A ideia de existir duas de mim era divertida, mas eu, realmente, me sentia como outra pessoa quando dominada por sentimentos intensos – ciúmes, raiva e, principalmente, tesão. Colei mais o meu corpo ao dela no exato momento em que a mesma capturou meu lábio inferior e puxou-me contra ela ao agarra-se, firmemente, em minha parte traseira, resultando num gemido extremamente baixo de minha parte. Eu amava os lábios de Dianna e a forma que eles se encaixavam perfeitamente aos meus quando o beijo – e a pegada – era suave, entretanto, amava mais ainda quando, de alguma forma, ela tornava as coisas um pouco mais... Intensas. Em resposta ao pequeno estímulo, deslizei um pouco mais minha mão para dentro da calça de moletom, começando a brincar com o elástico da cueca que ela usava.

A menção do nome masculino me fez recuar algumas polegadas. Arqueei uma sobrancelha, incrédula com a capacidade do timer de Dianna ser pior que eu imaginava e estava acostumada. Quem falava de uma terceira pessoa em um momento como aquele? Aguardei, impacientemente, a italiana falar tudo que queria sobre o homem que, da mesma forma que surgiu, desapareceu.  Assim que o tópico Ralph foi finalizado, levei ambas as mãos para a nuca da mulher e a puxei, sem nenhuma delicadeza, para mim. Meus dedos se enroscaram em seus cabelos internos e minha língua invadiu, sem permissão, a boca da mesma. Não me importei em ser tão cuidadosa naquele instante, afinal, minha única intenção era fazê-la calar a boca. Separei-me logo depois, resfolegante. – Que timer horroroso, Ohlweiler, puta que pariu.  – murmurei, mas abri um pequeno sorriso com o pronome possessivo que ela havia usado para se referir a mim.

Eu poderia falar que o clima havia indo embora com o rumo que a conversa havia tomado, mas, bem, era Dianna ali. Era Dianna, com sua pegada maravilhosa, cheiro inebriante e toques certos. A música de fundo e a mulher encaixada entre minhas pernas, que começava a aplicar chupões em meu pescoço, fizeram, novamente, todo meu corpo vibrar, fazendo-me esquecer do diálogo de segundos atrás. Fechei os olhos, tornando a enroscar meus dedos nos fios negros em um estímulo mudo, aproveitando o contato da boca macia em minha pele. Minhas pernas envolveram a cintura fina, deixando, novamente, nossos corpos colados. – Sim, estou me referindo à festa em que eu estava de Elsa. – puxei os fios de cabelo, obrigando-a a se afastar uns bons centímetros. Grudei nossos olhos e estampei o sorriso mais cínico que conseguia em minha face, levando a mão livre ao meio das pernas da mulher e desferindo um aperto firme onde eu sabia ser o local mais sensível. – Onde minha mão...?



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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Dom Fev 19, 2017 7:29 pm


now I found you

The emotions keep spinning out. I'm falling 4 u
Quando weight in gold começou a tocar, algo havia sido acionado dentro da italiana, e ela poderia presumir que a noite seria longa. O revirar dos olhos escuros havia sido um movimento natural, e os momentos a seguir formaram-se quase como um borrão, até sentir a mão da mulher encontrar o seu ponto mais sensível. Mas, se ela esperava desencandear alguma reação visível, Shannon estava muito... Certa. Mas, não teria a reação esperada. — Sabe, acho que sua concepção sobre timer vai mudar. — Ela comentou, abrindo um sorriso maroto que continha não somente segundas intenções, como também exerciam certa força sobre a holandesa e Dianna tinha ciência disso. — Agora. — segurou a mão de Shannon, afastando-a com certa firmeza de onde estava, mas antes, fez com que ela apertasse para sentir o efeito que queria ver. Dianna tinha ciência de muita coisa, assim por dizer. Dos comentários ao seu respeito, sobre os burburinhos nos corredores da empresa e dos mil e um sussurros condizentes sobre o seu jeito de demonstrar certas coisas. Iludidas eram as funcionárias que imaginavam ter algum tipo de relação que não fosse profissional com a mulher, ou simplesmente pensassem ter algo mais que uma simples palavra dirigida em prol do ofício. Os olhos castanhos intensos demais para que qualquer uma delas pudesse entender eram completamente perdidos por um único par de orbes azuis cristalinos capazes de lhe render as melhores situações, e ali estava a dona de todo o magnetismo para com o seu ser.

Não demonstrou pressa ou qualquer coisa que não fosse tranquilidade quando tomou-lhe a mão direita, entrelaçando os dedos e a guiou o corpo dela até a sala de jantar, onde voltou a lhe soltar. A CEO puxou uma das cadeiras, a principal, e deixou-a um pouco mais ao canto. Shannon encontrava-se mais afastada, não tanto, mas com uma visão privilegiada de tudo o que acontecia. — Você vai ser o meu jantar. — Alargou o sorriso, como se não tivesse dito nada demais. — Acho que o camarão não me saciou, mas eu sei que você pode suprir isso. — Dianna não seria Dianna se não provocasse. — Você sabe, algumas de minhas funcionárias adorariam estar aqui, agora. Sendo a senhora Ohlweiler. — Os olhos queimavam sobre os da holandesa, enquanto erguia a barra da camiseta que usava até livrá-la do tronco, deixando a peça cair logo ao lado no que seria um pequeno stripp. — Sabe por que eu nunca quis nenhuma delas? Não preciso dizer que poderia facilmente ter qualquer uma aqui, deitada nessa mesa onde eu vou foder você. — Sorriu, um sorriso nada inocente, as mãos deslizando a calça que pendia dos quadris da morena, fazendo o tecido deslizar pelas longas pernas morenas até cair sobre os calcanhares. Dando um passo para o lado, esgueirou-se até onde a mulher com quem havia sido casada por seis anos encontrava-se, parando atrás de seu corpo, vestindo uma boxer negra e apenas isso. — A maioria delas são gostosas, posso admitir isso. Seios fartos, traseiro avantajado... — Ditou, os lábios cercando o lóbulo direito da loura, capturando-o numa pequena prisão perante seus lábios, sugando-o vagarosamente.

Num movimento único, Dianna baixou as peças inferiores da mulher, deixando-a completamente exposta. Estava fazendo tudo tão devagar... Que era notável o quão seria intenso quaisquer ato que viesse a se seguir diante daquilo. — Mas voltando a pergunta... É simples saber o motivo de nenhuma mulher, de lá ou de fora, tenha se quer encostado um dedo em mim com tais intenções. — Sutil como uma cobra que cerca sua presa, livrou-a das peças superiores, beijando seu pescoço, um pouco abaixo de onde a veia pulsava. Com as mãos, empurrou-a vagarosamente até estar de frente para a mesa e num impulso, pegou-a pelas coxas até que erguesse seu corpo para sentá-la na madeira maciça. Empurrou os ombros da mulher com certa violência, de forma que nenhum dano pudesse ter sido deixado com a brutalidade daquele movimento. Tirou a boxer, chutando-a para o lado sem tirar os olhos do corpo esguio sobre a própria mesa, traçando o espaço do vale entre seus seios até seu monte de vênus. — Tudo o que eu preciso e quero está bem aqui. — Puxou o quadril da mulher pra frente, arrastando seu corpo até que estivesse na beirada da mesa. — Ninguém me deixa dura, ou causa qualquer outra coisa que não seja você, senhora Ohlweiler. — num ato ainda brusco, lhe penetrou até que preenchesse seu interior de uma só vez, movimentando o quadril de imediato, tomando-a como sua mulher.

A única.



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