Perfect,

Well I found a woman, stronger than anyone, I know. She shares my dreams


{SC} Kempner e Ohlweiler

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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Sex Jan 15, 2016 5:52 pm

like every other weekend

Esta é uma RP privada, fechada para qualquer entrosamento que não seja de Dianna Ohlweiler e Shannon Barbara G-Kempner, onde qualquer postagem de um user não convidado será excluída e desconsiderada. Se passa em Miami, dia 16 de Janeiro, às 7 da noite. O conteúdo é livre, e a postagem esta em andamento.
Dianna E. G. Ohlweiler
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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Sex Jan 15, 2016 7:25 pm
It's obvious you're meant for me. Every piece of you, it just fits perfectly.
Recém chegando de Barcelona, onde desfrutei de um delicioso encontro triplo com duas mulheres de extrema importância em minha vida, me despus a tirar alguns dias para meu próprio deleito. Com uma única ligação, deixara claro para meus funcionários - através de minha nova secretária - que o vice presidente tomaria meu lugar, enquanto estava fora. — Alguns afazeres já foram adiantados, atualize minha agenda e reenvie ainda hoje. Ainda hoje você receberá um email pontualmente às quatro da tarde, com tudo pronto. Faça isso, e pode tirar o resto do dia para você, Natalie. — dito a ordem, encerrei a ligação, encaminhando-me para o escritório alocado em meu quarto, na mansão. Não se passara nem mesmo dois minutos e meio após o fim da chamada, para que a notificação de um novo email se fizesse presente no monitor, onde logo tratei de me focar em agilizar o trabalho para a próxima semana, já tendo feito boa parte disso enquanto ainda estava em Barcelona.

Uma ideia atravessara minha mente como um borrão iluminado, e se desse certo, faria do momento o mais proveitoso possível. Já desbloqueava a tela do celular, abrindo um sorriso maroto ao ver a proteção de tela ostentando uma loura extremamente linda, sorrindo como uma criança feliz, em cima de mim, com Thomas entre nós, enquanto ainda era um filhote de 8 meses. Abri o aplicativo de mensagens, esquecendo que haviam muitos outros para redes sociais. Lembro-me perfeitamente o quão romântico ela acha um gesto como este, então faria para lhe agradar.

Às 21:00hrs estarei ai, lembro-me de estar lhe devendo uma ida ao cinema. Posso cobrar agora? Ansiosa para vê-la outra vez.


[***]


Faltavam apenas cinco minutos para o horário combinando, onde já me encontrava na estrada, fazendo meu caminho para a o lugar onde não ia por algum tempo. Sentia falta da loura capaz de me desmontar em questão de segundos, e finalmente, poderia acabar com um pouco da sensação esmagadora que era estar longe dela. Dobrei algumas esquinas, dando entrada na rua para a residência Kempner-Mensdorff, enquanto sentia o celular vibrar no bolso. Os portões de entrada foram abertos sem que eu precisasse me identificar, e logo estava adentrando a propriedade em uma velocidade constante de 10km/h, até chegar em frente a construção. Tirei o eletrônico do bolso, vendo o nome de Natalie piscar na tela, franzindo o cenho. Não queria ser perturbada agora, mas a nova secretária tinha ordens para ligar em casos de emergência. Subi os olhos, encontrando uma Shannon ainda mais linda do que me lembrava, na escada de acesso. Sai do carro atendendo a ligação, trocando poucas palavras, resolvendo a pendência de um envio errôneo de email da parte dela sem mais problemas. — Boa noite. — me aproximei, parando em sua frente, as mãos no quadril. — Será que preciso falar com seu pai para levá-la para sair? — abri um sorriso acalento, saudoso, com aquela velha pontada marota de sempre. Era minha marca.

Estendi-lhe uma mão, esperando que pegasse, para trazê-la de encontro a mim. Havia algo sobre ela que era, simplesmente, impossível de se resistir. E ousava dizer que não tratava-se de apenas uma única coisa. Era ela. Toda. A intenção inicial era dar-lhe um beijo sensato e respeitoso na bochecha, mas, qual é! Tínhamos toda uma história. Não se tratava de dias. Foram seis anos. Acabei por selar os lábios aos seus, sugando levemente o seu inferior, encostando-me em meu carro. — Falta algo para irmos? — questiono, olhando em seus olhos.  


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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Sáb Jan 16, 2016 12:08 am
you're my only reason;

- Tudo bem, papai, eu entendo. – Não pude evitar girar os olhos. Havia, mais ou menos, vinte minutos que tentava convencer o – nem tão - velho Kempner de que, sim, eu sobreviveria sem mais uma semana sem vê-lo. Completaria exatos trinta dias que ele estava na Europa, em uma lua de mel que durava mais tempo que uma gestação de rato. – Sim, papai, estou me alimentando direito. – Pausa para ouvir a voz grossa. - Não, não precisa depositar mais dinheiro na conta, eu consigo me virar com o que tem lá. – Sinceramente eu não sabia dizer de onde estava vindo toda aquela preocupação. Eu ficava sozinha em casa desde os meus treze anos de idade, quando ele cismava de fazer viagens de negócios do nada para conseguir sei lá o que. E, fala sério, eu era uma pessoa adulta, agora. Aquelas preocupações soavam quase como piadas para mim. – Eu amo você também, coroa. E use proteção. - Desliguei o celular rapidamente em seguida, soltando a risadinha que ficara presa. Meu pai era uma comédia: o jeito durão só servia pra assustar os acionistas e clientes ruins. E Dianna. Neguei com a cabeça, sentindo o peito queimar ligeiramente em um pequeno sinal de saudade da morena, largando o celular ao lado da folha enorme esticada em minha mesa. Havia pouco mais de uma semana que trabalhava num projeto que, com toda certeza, custaria mais uma nota máxima para mim na faculdade e, quem sabe, um prêmio de destaque. Quem adiantava trabalhos em seu período de férias? Eu estava ficando abitolada, admito. Mas aquilo realmente era maior que eu; tinha descoberto uma de minhas paixões com os riscos de grafite em uma cartolina e contas na calculadora. Voltei a me inclinar, pegando o fino lápis com um cuidado e uma devoção incrível. Minha concentração estava em seu ápice quando o toque de mensagens usado único e exclusivamente para ela soou no ambiente. Sorri instantaneamente, mesmo ainda sem saber o conteúdo do recado.

Cinema! Há quanto tempo não tínhamos um encontro desses? Meus dedos trabalharam em uma resposta no mesmo instante, esquecendo-me totalmente do desenho quase pronto a minha frente:

Mesmo sendo você a devedora de uma saída, aceito o fato de você estar usando o meu direito de cobrar. Assim, isso meio que não fez sentindo nenhum. Suas funções de CEO andam te tirando o perfeito juízo ou essa pequena confusão foi nervosismo por estar me convidando para um encontro? E, a propósito, aposto que sua ansiedade não chega à metade da minha. Até mais tarde, babe girl.

[***]

Estava admirando minha figura arrumada no enorme espelho do closet quando Heidi adentrou com sua expressão curiosa e materna. Direcionei-lhe um sorriso caloroso, voltando minha atenção ao vestido branco e rendado que havia custado bons dólares. Eu estava numa fase feminina-princesa. Até demais. Hanna, com certeza, ficaria orgulhosa. A senhora soltou uma risadinha atrás de mim, chamando minha atenção. – O que foi? – Indaguei em holandês, encarando a mais velha, curiosa, através do espelho. – Sua aura muda quando vai vê-la. – Abri o sorriso mais ainda, girando em meu calcanhar para ir até os brincos na ilha ao centro do closet.  - Você acha? Eu fico normal. – Respondi tentando reprimir o sorriso, escolhendo uma joia delicada para completar o visual. – Não. Seus olhos ficam mais azuis e brilhantes. Seu sorriso fica fácil e sua bochecha ganha uma coloração avermelhada. Você exala uma felicidade que contagia até aquele mal humorado no Humberto. – As palavras vinham com calma e num sotaque impecável, como se tivesse dias que estávamos longe de Amsterdã, não anos. Soltei uma risadinha, corada, com a fala dela. Talvez, apenas talvez, eu ficasse mesmo diferente quando sabia que ia vê-la.  – Humberto, huh? – Movimentei as sobrancelhas, fazendo a senhora soltar um muxoxo. – Não mude o foco, Shay. E eu estou velha demais para essas coisas. – A vontade que tive foi de bater na mulher. Parei o que fazia, encarando-a diretamente nos olhos. – Ninguém é velho para amar, Didi. Pare com isso. – Retornei para frente do espelho após repreendê-la, dando o toque final na roupa. – Me lembrarei disso um dia. Enquanto isso, estarei preparando um daqueles pratos de camarão que sua garota gosta. – E saiu do closet tão rápido quanto havia entrado. Soltei um som em discordância, achando que a mulher estava mimando demais a Ohlweiler.

Faltavam pouco mais de cinco minutos para dar a hora combinada quando apaguei as luzes do meu quarto e segui em direção ao hall de entrada.

[***]

Meu perfume doce exalava de uma maneira suave quando cansei de ficar em pé e me sentei em um dos degraus de entrada. Tinha saído de casa correndo, já que fui reclamar sobre os mimos de Heidi para com Dianna e quase recebi uma panelada na cabeça. Caso a morena soubesse que camarões a esperava dentro de casa, perderíamos a sessão que nem havíamos escolhido ainda. Batucava o pé no concreto, um pouco impaciente, quando o barulho de portões sendo abertos me chamou a atenção. Finalmente. Coloquei-me de pé rapidamente, ajeitando o vestido – que batia no meio de minhas coxas -, no momento que o carro parou em minha frente. Suspirei com a imagem de Dianna caminhando até mim com uma pose totalmente madura e responsável. Ela não cansava de ser linda? E o sorriso... Maldito sorriso!Pigarreei. – Ótima noite, na verdade. – Respondi descendo alguns poucos degraus. – Acho que meu pai aprovará, senhorita. Não se preocupe com isso. Corre boatos de que seu cuidado para com minha pessoa é uma coisa totalmente admirável. – Aceitei sua mão, colocando-me em sua frente e a poucos centímetros dela.

O beijo de Dianna, por mais suave que fosse, ainda tinha a capacidade de me deixar de pernas bambas. Entrelacei meus braços ao redor de seu pescoço, abrindo um sorriso divertido em seguida. – Falta você dizer que estou linda. – Passei o dedo indicador por seu maxilar, seguindo o movimento com meus olhos. Voltei a encará-la. Eu estava me sentindo com 15 anos outra vez. – Agora é sério, vamos logo. Daqui a pouco Heidi aparece com uma bandeja contendo todos os pratos com camarão que ela sabe fazer, e olha que são muitos. - Dei-lhe um selinho demorado, me afastando poucos centímetros em seguida. - Você está roubando minha governanta, sabia? Isso é injusto. – Fiz um biquinho, tentando deixar a falsa chateação mais real.



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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Sáb Jan 16, 2016 1:25 am
It's obvious you're meant for me. Every piece of you, it just fits perfectly.
Não pude deixar de notar o quão bela Shannon estava. O vestido branco rendado era perfeito para seu corpo, acentuava todas as curvas nos lugares exatos, deixando visível - para quem a conhecia a bastante tempo - que seu corpo estava muito bem desenvolvido. Já não era mais a magricela que eu costumava erguer do chão sem o mínimo problema, apesar de ainda estar magra, e definitivamente, bem mais gostosa.  Logo seus braços cercaram meu pescoço, fazendo-me devolver o seu sorriso sem nem pensar duas vezes, ou se quer, ter forças para controlá-lo. — Já ouvi dizer que se deve cuidar muito bem de quem amamos. — comentei, soando por alto, apesar de ter lhe dado uma direta. Shannon e sua implicância com o fato de Heidi tentar me alimentar com tudo o que tinha camarão no mundo. E eu estava bem longe de reclamar desta regalia. Porém, existiam duas pessoas infelizes com tal coisa: Paz e a própria Shannon. Pensando bem, não usaria o termo infeliz, e sim, duas pessoas ciumentas. Seu toque em meu maxilar parecia ter deixado um rastro de fogo. — Ela fez algo com camarão? Olha, agora estou reconsiderando. Podemos ficar e pedir uma pizza? Vemos algo pelo Netf... — tentei argumentar, mas parei antes de concluir, antes de ser estapeada ou algo do tipo. Porém, tive de me deparar com um certo teatrinho, me ocupando apenas em beijar o biquinho exposto, como sempre, achando-o a coisa mais linda do mundo. — Não posso fazer nada se ela gosta de mimar. E pra falar a verdade, eu senti falta disso. Da próxima, a levarei para onde tiver de viajar. — provoquei, desprendendo os braços da loura, endireitando a jaqueta em meu próprio dorso, abrindo a porta para que ela entrasse. — Vamos, apressadinha. — fechei a porta logo após sua passagem para dentro do veículo.

Já na estrada, liguei o sistema de som, pensando por um momento, que era a primeira vez que Shannon estava em meu novo automóvel. Havia comprado a 4x4 enegrecida apenas por motivos de reconhecimento. Ao que parecia, algumas pessoas passaram a reconhecer a Range Rover obtida como xodó, e acabavam por intervir em alguns momentos - aos quais nem todos poderia dar acesso. — A propósito, você está linda. Até demais. — por breves segundos, concentrei o olhar nas íris azuladas. O sorriso foi instantâneo. As mãos tremeram, o coração acelerou. Ela me tinha.Já pensou no filme? — liguei o sistema de som, tendo em mente que ela mexeria, já que sempre comentava do meu gosto pop teen, quando na verdade, ultimamente vinha ouvindo bastante inde com pegada chill, para relaxar de intensos fardos na empresa. — Por fim, diga-me, minha dama, como está? Já faz um tempo que nos falamos. — ligeiramente, tornei a lhe dar uma breve olhada. — As coisas em Barcelona teriam sido diferentes, se tivesse ido no lugar de Natalie. — comentei, voltando a focar na pista. A rota estava livre, o que queria dizer que, no máximo, em quinze minutos estaríamos no shooping da Lincoln Road, diretamente no Lincoln Road Mall.

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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Sáb Jan 16, 2016 2:25 am
you're my only reason;

Eu não sabia dizer o momento exato em que eu virei caramelo. Quero dizer, todos diziam que eu era uma pessoa doce, e caramelo é o que acontece quando se derrete açúcar. Enfim. Dianna sempre fora uma pessoa galanteadora, mas, naquele devido instante, parecia que ela usava todas as suas forças, sem saber, ainda por cima, para dizer coisas que, certamente, me deixariam ainda mais apaixonada por ela. Suspirei. Eu amo você também.Oh, não. Não ouse cancelar nossos planos para comer camarão e ver algo no Netflix. Vamos ao shopping e agiremos como um casal normal que somos. – Disse sem pensar ou medir minhas palavras. Eu, perto dela, era assim: falava o que vinha a mente, sem parar para medir ou pensar em consequências. - Preciso ver gente. Sabia que há duas semanas que não saio de casa? Você veio como um anjo para me tirar do meio de papéis e livros. Então... – Interrompi minha fala, dando-me conta de que estava tagarelando. Eu sendo eu. Meus lábios – que ainda deviam apresentar um biquinho infantil -, foram tomados, novamente, pelos convidativos com gosto de menta e de Dianna. Deus, como eu amava aquele gosto. Permiti-me permanecer com os olhos fechados até o momento que ouvi a sentença sobre levar minha figura materna para longe. Abri os olhos rapidamente, encarando as íris castanhas com seriedade. - Leve Heidi para um quilômetro de mim e conhecerá a fúria de Shannon Barbara Gould Kempner, Senhora Ohlweiler. Não medirei forças e não responderei por mim. Será como o Incrível Hulk. – Semicerrei os olhos, deixando minha frase – que soara mais engraçada do que qualquer outra coisa – com um tom de ameaça. Meu corpo sentiu a falta do calor provindo do outro no mesmo instante em que ela se afastou para, em mais um gesto galanteador, abrir a porta para mim. – E não me chame de apressada. Eu só não quero perder minha companhia da noite pra um prato de camarões. Seria frustrante, sabia? – Indaguei passando o cinto ao redor do meu corpo e vagueando com os olhos pelo carro novo, assim que a morena ocupou seu lugar de motorista. – Carro legal, mas está com cheiro de novo. O Range Rover tinha seu chei... – Fechei os lábios, parando a frase pela metade. Desviei os olhos para o caminho de saída de minha casa por alguns segundos, com o intuito de tentar controlar as palavras que escorregavam de meus finos lábios. Ataque adolescente.

Não demorou nem um segundo, após a mulher cor de jambo ter ligado o som, para eu me inclinar e começar a mexer no equipamento, pronta para testar as caixas de som do novo carro. Franzi o nariz, em puro desgosto. – Eu vou jogar na mídia que a mais nova empresária linha dura escuta Justin Bieber e Ariana Grande. E eu não pensei em nada para ver. Disney, talvez? – Comentei enquanto rolava o dedo pela tela touch, vendo as playlists no painel. – Amor, sério, qual a probabilidade de eu achar High School Musical ou Glee, aqui? – Franzi a testa, tirando a atenção do painel bem equipado para encarar o perfil da mulher. Agitei a cabeça, soltando uma risada nasal em seguida. Antes que eu escolhesse qualquer música, a voz levemente rouca tomou conta de meus ouvidos. Minha dama.Até porque, da última vez que tivemos uma conversa, minha boca estava bem ocupada com outra coisa. – Sussurrei de uma maneira quase impossível de se entender. Um nó se formou em minha garganta com a sentença que veio a seguir.

Quem.

Porra.

Era.

Natalie?

Tinha nome de puta.

Devia ser uma puta.

Por que Dianna levaria uma puta para Barcelona?

Ou podia ser a nova namorada.

Mas ela te beijou...

E te elogiou.

Não importa!

Meus dedos foram de encontro ao estofado novo do carro, apertando-o ligeiramente. Oh, sim, eu estava com ciúmes. Muitos ciúmes. Meu maxilar travou e, rapidamente, tomei uma postura mais séria e levemente irritada. – As coisas andam perfeitamente bem e dentro de ordem, obrigada por perguntar. – Ela perceberia o tom diferente na voz. Sem mais nenhum interesse por escolher a música que ouviríamos, selecionei uma lista qualquer. Não prestava atenção na melodia ou em qualquer outra coisa externa a meus pensamentos. Ainda com os olhos fixos na estrada, entoei séria: - Quem é Natalie?


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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Sáb Jan 16, 2016 3:31 am
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Era impossível não rir do que Shannon falava. Percebia algumas oscilações algumas vezes, como se ela estivesse caindo em um mundo diferente, por rápidos segundos, e logo voltasse. Seu cheiro doce inundava meu novo carro, e de fato, isso havia me agradado. Quem sabe, passaria mais algum tempo com ele, para então voltar a utilizar a Range Rover. Parei com os devaneios ao ouvir o comentário sobre sermos um casal normal, claro, para a nossa situação, essa normalidade não era algo regular. Então, resolvi apenas deixar passar, apoiando-me na realidade - oculta - do termo casal. — Você está mais para Super Magricela. — brinquei, enquanto ouvia suas próximas palavras. Ela gostava do meu cheiro. O painel do carro piscou, anunciando uma chamada, já que era plugado ao celular, mas a ignorei antes que fizesse barulho, vendo a loura mexer no equipamento, como tinha pensado anteriormente. — Agora é o seu cheiro que domina meu carro, e bem, eu prefiro assim. Até o usarei mais vezes do que o planejado, só para sentir que estou próxima de você, de alguma forma. — mantive os olhos na estrada.

Futucando mais, a ameaça viera. Estava demorando para ela fazer alguma graça. — Todos gostam de mim, então posso fazer com que ouçam o mesmo que eu. — tornei a brincar, franzindo o nariz. — Disney? Sem chance. — com uma careta, chego ao destino da rota final, já indo manobrar o carro em uma das poucas vagas disponíveis naquela ala, para chegar ao estacionamento. Não pude deixar passar o tom de voz diferente, praticamente ácido ao perguntar sobre Natalie. — Natalie ê minha nova secretária. Mandei Keana para outra franquia. O RH escolheu a moça para o cargo. — disse, quieta. Shannon atravessou para o meu lado, então fiz o mesmo de sempre: entrelacei nossos dedos, puxando-a para dentro do shopping. — Lembre-me de passar em uma farmácia aqui mesmo, antes de ir. Estou tendo dores de cabeça constantes. — pedi, beijando sua bochecha direita.



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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Sáb Jan 16, 2016 4:57 am
you're my only reason;

Oh. Natalie era a secretária. Não pude deixar de me sentir idiota por ter tido os tipos de pensamentos de poucos segundos atrás. Deixei meu subconsciente trabalhar com o fato ciúme, e simplesmente relaxei novamente quando o carro parou numa das poucas vagas disponíveis. Para ser sincera, não tinha prestado atenção em quase nada que Dianna havia dito pelo trajeto, então não fazia ideia se era para responder algo ou dar continuidade a algum assunto inacabado. Sai do carro e soltei a respiração de uma forma lenta, guiando meus passos para perto da morena com cheiro amadeirado. Meus dedos foram entrelaçados aos seus, então aquela sensação maravilhosa – de sempre – atingiu cada célula do meu ser. Eu me sentia totalmente completa apenas por aquele ato. Cheguei o corpo mais perto do dela, apoiando meu queixo em seu ombro e, em resultado, desaceleramos os passos já lentos. – Eu acho que você precisa relaxar um pouco. Você tem vinte e um anos, coala, não precisa ser a empresária séria que está sendo durante todo o tempo que respira.  – Parei de andar, obrigando-a a fazer o mesmo. – Quantas vezes você se permitiu ser apenas Dianna nos últimos três meses? – Indaguei com a voz suave, inclinando um pouco a face para cima para visualizar melhor o perfil da morena. A mulher que eu amava girou o rosto, deixando que eu avistasse os olhos castanhos intensos. – Deixe a Senhora Ohlweiler de lado uma vez por semana e seja só você. Verá que sua dor de cabeça diminuirá absurdamente. – Estiquei o pescoço, fazendo com que a pontinha do meu nariz se arrastasse pelo pescoço dela. Eu notei o arrepio que passou pelo corpo esguio. Abri um sorriso ladino, como se a desafiasse a falar algo. – Aposto um dólar que você não terá dor de cabeça hoje. – Sussurrei, abrindo um leve sorriso em seguida. Dei meio passo para trás, tomando uma curta distância para que conseguíssemos andar sem problemas. Meu polegar traçava círculos e formas aleatórias no dorso da mão dela. – Vamos comprar os ingressos para o filme, depois vamos à farmácia e olhamos o tal remédio, mesmo achando que se você seguir meu conselho, não vai precisar dele. - Franzi o nariz sem perceber, fazendo uma careta quase infantil. Eu estava pensando, afinal. - Em seguida a gente passa naquela loja de doces e você compra metade dela para mim. Eu quero aquela bala azedinha. – Olhei-a de lado, sentindo meu corpo responder a animação sem que eu quisesse. Naquele momento eu me sentia leve, e podia apostar que meus olhos estavam brilhando em felicidade - e em amor - apenas por ter a visão dela ao meu lado. – Pode ser?

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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Sáb Jan 16, 2016 12:04 pm
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Estava verdadeiramente perdida no meio de alguns pensamentos. O que Shannon diria ao ver Natalie? Tinha minhas dúvidas, mas a maior porcentagem para o caso estava ligada ao fato de que ela teria ainda mais ciúmes do que tinha expressado agora. Era bem capaz da loura chegar a pedir por outra funcionária para ocupar o cargo da ruiva. O silêncio pairou dentro do carro, e nada mais foi dito até que finalmente tivesse estacionado. Apenas me dei o trabalho de abrir a minha porta, ouvindo a de Shannon abrir e logo se fechar. Vindo para o meu lado, a doce mulher entrelaçou nossos dedos, encostando o queixo em meu ombro, pedindo-me para relaxar. — Eu tenho os meus momentos para relaxar, mas essa postura já faz parte de mim, entende? Ocupar um cargo de CEO requer muito, amor. — virei o rosto para vê-la, beijando sua testa. — Minha última diversão foi um encontro em Barcelona. — murmuro, suspirando, me dando conta da frase que havia soltado. — Estava com SanClair e sua querida irmã. — aceleramos um pouco as passadas, passando pelas portas de entrada do shopping. Claro, eu tinha que fazer algo para que Shannon soubesse que eu estava relaxada, apenas pelo fato de estar em sua presença. — Sabia que as portas se abrem sozinhas quando a pessoa é muito linda? — abri um sorriso, deixando que ela passasse a minha frente, fazendo com que o sensor das portas agisse, e elas se abrissem. — Olha ai, o que eu disse?! — deixei que uma leve risada escapasse de meus lábios com aquela velha piada idiota.

Um dólar? Por que eu te daria um dólar? Não vou gastar um dólar da minha mesada em aposta. — fingi ainda ter quinze anos, quando recebia gordas mesadas, mantendo-me distraída até o momento. — Vamos apostar o seguinte: se eu não sentir dor de cabeça até quando acabarmos aqui, você tem direito a dois desejos. Se eu sentir, você dorme lá em casa, hoje e passa todo o dia comigo, amanhã. Que tal? — beijei uma de suas bochechas, sentindo o cheiro doce mais de perto. — Acho que nunca comentei isso com você, mas o seu cheiro me dá vontade de te dar umas boas mordidas. — desentrelacei nossos dedos por um momento, passando um braço por cima de seu ombro magro, murmurando tais palavras em seu ouvido, com resquícios de riso, dando-lhe um beijo no maxilar, para gerar uma rodada de vários beijos por todo o seu rosto. — Vamos lá, deixa eu ver se entendi. O roteiro do momento é: cinema, farmácia, loja de doces? — questionei, franzindo os lábios. — Primeira parada: cinema. — nos encaminhei até o local, voltando a entrelaçar nossos dedos de maneira firme. Cerca de cinco minutos depois, estávamos passando pela fila, agora esvaziada, do cinema. — Olha ali as opções. — indiquei os painéis expondo os filmes em cartaz. Fiz uma careta para metade do que era mostrado. — Certo, temos quatro: Spotlight, Star Wars, O bom dinossauro, e... Snoopy e Charlie Brown. — enruguei o nariz, prevendo a escolha de Shannon para com Snoopy, já que tinha certos objetos da animação. Os outros filmes eram desconhecidos para mim, até mesmo o da grande franquia da batalha no espaço, Star Wars. Parei no lugar, não estava com pressa, então poderíamos escolher com calma. Arredei os braços ao redor do corpo esguio, posicionando-me atrás da figura loura, encostando os lábios em seu pescoço, para depois inundar-me com seu cheiro delicioso. — O que vai ser? — esperei até que ela escolhesse, tirando uma cédula do bolso, pronta para pagar os ingressos assim que minha amada escolhesse o longa para vermos.

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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Sáb Jan 16, 2016 3:28 pm
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E lá estava a Dianna cuja qual eu estava adaptada. Um sorriso satisfeito preenchia meus lábios à medida que a morena ia falando, fazendo-me saber que o lado bobo ainda estava presente na mulher que estava se tornando – se já não era – um ícone no mundo dos negócios. – Hanna está em Barcelona? – Indaguei franzindo a testa e tirando a atenção de uma placa colorida e informativa. Virei o rosto para encará-la. – Eu jurava que ela estava em New York. Não sabia que ela estava gastando o salto dela em território espanhol. – Havia tempos que precisava ter uma conversa com a loira; eu precisava compartilhar a novidade com ela e a aguada simplesmente não parava em casa. Soltei uma risadinha, lembrando-me de algo. – Sabia que eu tenho uma teoria sobre ela? – Dianna me encarou, erguendo uma sobrancelha. – Eu tenho quase certeza que ela não é um ser vivo e por isso não tem necessidades fisiológicas. Assim, eu nunca vi Hanna ir ao banheiro para fazer xixi ou o número dois. Apenas para retocar a maquiagem e olhar seu reflexo no espelho. – Tornei a soltar uma risadinha, achando graça da minha própria fala. Mas, fala sério, aquilo era uma coisa a se pensar. A morena acelerou as passadas, obrigando-me a acelerar também. E então veio a velha piadinha sobre as portas se abrirem para pessoas lindas. Girei os olhos, mas entrei na brincadeira. Fiquei poucos passos a frente da mulher cor de canela, erguendo o olhar para o sensor. Poucos segundos depois a porta se abriu, fazendo o ar gelado do ar condicionado me atingir por completo. – Yeah! Eu sou a rainha da beleza! – Exclamei em um tom de excitação, jogando os braços para cima em uma espécie de comemoração, aguardando a morena se aproximar novamente.

- Você ganha no mínimo cinquenta mil dólares de mesada, Ohlweiler. Eu só quero um. – Murmurei, tendo uma espécie de deja vú. Parecia que tínhamos voltado ao tempo e, novamente, estávamos com quatorze e quinze anos de idade, num de nossos infinitos encontros. Ouvi a proposta sendo reformulada por ela e, sinceramente, gostei muito mais. Sorri.  – Você não devia ter dito isso. Eu tenho uma lista infinita de desejos, sabia? E eu nunca perco uma aposta. – Uma expressão convencida apareceu em minha face. - Embora eu tenha ficado interessada em perder dessa vez. – Completei. Meu braço direito voou em direção à cintura fina, respondendo a ação de ter meus ombros tomados pelo braço dela. – Eu não me importaria de levar umas mordidas suas. – Dei de ombros, sussurrando, assim como ela, e fechando os olhos para sentir melhor o contato dos lábios macios em mim.

Eu olhava algumas vitrines distraidamente enquanto caminhava ao lado dela. Nossos dedos permaneciam unidos, como se uma espécie de cola tivesse sido passada ali. Passamos em frente a uma loja de bebês, e tive que segurar o impulso de pedir para ir da uma olhada. Não demorou muito para estarmos na área de cinema, encarando quatro cartazes que anunciavam os filmes disponíveis. – Temos drama, ação/ficção cientifica e duas animações. – Comentei, sem tirar os olhos deles. – Você sabe da minha queda por animação, não é? – Perguntei, girando o rosto alguns graus para tentar olhar a dona do corpo que havia se posto atrás de mim. Dei meio passo para trás, colando minha parte traseira na frontal do esguio. Seus braços passaram pela minha cintura e, em resposta, coloquei os meus por cima. Estávamos em um abraço gostoso. – Não tem nenhum filme da Disney. – Minha voz saiu num tom decepcionado. Deixei minha cabeça pender para trás, tomando de apoio um dos ombros dela. – Bem... Acho que Snoopy ganhou. – Disse entre sorrisos. Eu havia dito que veríamos desenho no caminho e, huh, parecia que eu estava certa. Sai da posição, virando-me e ficando de frente pra ela. Pela segunda vez no dia, meus braços rodearam seu pescoço. – Parece que veremos desenho. – Meus lábios se moveram, abrindo um sorriso largo e animado. – E vamos pra fila logo. Tem muita gente aqui e não quero sentar na frente. – Não resistindo à tentação, colei meus lábios nos dela. Deixei-os ali por bons segundos, me afastando apenas quando me senti satisfeita. – Agora você pode ir comprar os ingressos. – Me afastei alguns passos, dando espaço para que ela saísse dali e fosse até ao guichê.


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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Sáb Jan 16, 2016 5:04 pm
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A quanto tempo não me sentia em casa? O abraço compartilhado com Shannon se fizera um motivo essencial para querer ter mais daqueles momentos, e claro, não deveria ser com alguém diferente. Com um longo suspiro, virei o rosto de lado, beijando mais uma vez, o rosto alvo. Ela me enfeitiçou. Não conseguia estar em sua presença, sem dar-lhe um beijo ou tocar em seu corpo de alguma maneira. — Você já sabia que tinha desenho em cartaz. — comentei, me afastando para ir pagar os ingressos. Um aglomerado se iniciou na fila, mas, as máquinas ao lado estavam todas livres. Me locomovi - trazendo Shannon comigo - até uma, vasculhando os bolsos em busca do meu cartão, e assim que o tinha achado, providenciei a compra, escolhendo dois lugares da última fileira, onde estaríamos afastadas das pessoas restantes da sala. Não me importei em digitar a senha na vista da loura, seria uma preocupação desnecessária, até porque, não era como se eu pudesse negar algum capricho a ela. Havia também, uma confiança inabalável, a qual eu sabia que, se caso ela desejasse fazer uma compra em meu nome, eu estaria ciente. A sala não estava tão cheia, como eu pensaria. De todos os 120 lugares, 42 estavam marcados de vermelho. — Algo contra estes lugares ou quer outros? — mostrei-lhe o painel digital, informando os lugares disponíveis, rindo com seus comentários dirigidos a teoria de Hanna. Deixei que ela finalizasse a compra, estando ali apenas para retirar o cartão da máquina, e guarda-lo no bolso. — Antes de irmos até a farmácia, me diga: Você jantou? — questiono, olhando seus olhos, pegando o papel impresso com os ingressos, guardando na jaqueta também.

Voltei a entrelaçar nossos dedos em um gesto automático, sentindo o roçar de um aro metálico contra minha pele, para depois encontrar o presente em meu dedo anelar. Olhei para nossas mãos, enquanto andávamos para fora do cinema, encontrando a brilhante aliança que havia lhe ofertado junto com o pedido de casamento. Um sorriso involuntário se apossou de meus lábios, fazendo-me suspirar. Mordi o lábio, os pensamentos a mil. — Quase me esquecia de algo. Thomas vai ser papai! — comentei, eufórica. — O safado se engraçou com uma de mesma raça, e agora estamos aguardando os filhotes. Ficarei com um, já que a dona da Foxy é muito apegada a ela. É uma garotinha de apenas 3 anos, e já é bem esperta. Me prometeu ser uma boa garota, se eu só levasse um, e deixasse ela visita-lo. E claro, quer que o Thomas vá ver os filhos dele, e para namolá a Foxy. — fui falando, enquanto andávamos pelo shopping. — Ela me lembrou você. Me fez imaginar como seria uma mini Shannon. — sorri, olhando para seu rosto, beijando uma de suas bochechas.

Deixei o comentário no ar, fazendo carinhos aleatórios em sua palma. Era notável o quão me tornava uma pessoa carinhosa na presença de Shannon. Era algo que fugia de meu controle, e estava ciente de que ela era a única a realmente conseguir extorquir a real Dianna de mim. A que não deixava expor nem para mim mesma. — Farmácia, segunda parada. Vou pegar o remédio, ja volto. — desvinculei nossas mãos para deixa-la livre enquanto ia pegar a cartela de paracetamol.



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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Dom Jan 17, 2016 12:06 am
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Eu adorava brincar com as máquinas touch’s do cinema. Aquilo era incrível! Uma hora a cadeira estava preta e na outra, BOOM! Vermelha. Isso tudo com um simples toque de dedo. Fiquei uns bons dois minutos brincando de marcar e desmarcar os assentos, acabando por deixar os que Dianna havia escolhido de início. – Não, aqui está bom. É o melhor lugar do cinema. – Dei de ombros, observando a morena digitar a senha do cartão. Um sorriso mínimo se abriu quando notei a sequencia dos números, ligando-os a certas datas comemorativas. Voltei à atenção para os olhos castanhos, me perdendo por uns instantes na intensidade ali presente. Agitei a cabeça. – Sim, eu já comi. Heidi me obrigou a comer algumas coisas antes de sair, mas eu aceito batatas e sorvete. E os doces. Aqueles doces são maravilhosos. E você prometeu. – Semicerrei os olhos em uma fala muda de “não ouse discordar”, dando um passo para trás para dar espaço a ela. Antes que eu pudesse piscar, os dedos finos foram entrelaçados aos meus novamente. Sinto-me em casa.

Ela suspirou. Eu gostava de quando ela suspirava. Outro sorriso – eu estava começando a contar quantos sorrisos involuntários eu estava dando naquele dia – apareceu em meus lábios. Apurei a audição, ignorando os barulhos de fundo e me concentrando apenas na voz dela. – Thomas sendo papai? Isso é muito legal! Mas ele não é muito novo pra ter cruzado? – Perguntei girando a cabeça, vendo uma Dianna animada e descontraída contando sobre o feito de seu cachorro. A história estava sendo contada e eu, claro, estava prestando toda a atenção. Até soltei uma risada no momento que ela imitou a tal criança. “Ela me lembrou você. Me fez imaginar como seria uma mini Shannon”. Meu sangue gelou e o sorriso estampado em meu rosto se desfez automaticamente.

Ela sabia.

Sentia meu coração batendo rápido em meu peito, enquanto minha respiração travava em minha garganta. Por um momento eu imaginei que alguma afirmação ou constatação viria sobre o ser que crescia dentro de mim, mas não. A mulher de cheiro inebriante continuou a mesma, prosseguindo o assunto e dando-me um beijo demorado no rosto. Respirei profundamente, saindo do pequeno susto ao sentir os carinhos em minha mão. Soltei um muxoxo quando ela se desvinculou de mim, seguindo em direção ao local que, certamente, teria o paracetamol que costumava tomar. Fiquei uns segundos parada, apenas encarando as costas levemente largas da mulher. Suspirei apaixonada. Decidi caminhar entre as prateleiras da farmácia apenas para não ficar parada no meio do nada encarando o vazio. Com toda certeza achariam que eu era retardada. Enfim. Parava uma vez ou outra, lendo rótulos de produtos que eu nunca usaria. Até que eu a vi. A embalagem era preta, e estava entre diversas outras muito mais chamativas – as de sabores. – Oh, não. Não acredito nisso. – Rumei meus pés para lá, rapidamente, parando em frente aos suportes que acomodavam milhares de marcas de camisinhas. Em um único movimento enlacei três pacotes com a mão, virando no calcanhar e indo correndo em direção a Dianna. – AMOR! AMOR! – Chamei-a, claramente animada com aquilo (e, sim, eu realmente gritei). – Você precisa ver isso. – A morena virou-se para mim, com uma expressão confusa para minha reação. Ergui as camisinhas, deixando-as no campo de visão dela – Vamos brincar de Star Wars!


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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Dom Jan 17, 2016 5:54 pm
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Estava um tanto que absorta em meus pensamentos. A percepção da atitude de Shannon ao ter me ouvido dizer sobre uma versão mirim sua me fizera suspirar pesadamente. Você tinha que falar essa besteira? Tomei uma respiração profunda, comprimindo os lábios, tomando a decisão de que não tocaria mais nesse assunto. Parti para o balcão da farmácia, quando uma mulher de aparentemente vinte e seis anos viera me atender de imediato. — Uma cartelinha de paracetamol com dois comprimidos e uma garrafa d'água, por favor. — e me dispus a esperar enquanto ela ia buscar tais pedidos. Não muito depois, ouço a voz eufórica de uma Shannon praticamente saltitante me chamar, ou melhor, me gritar. Ao mesmo tempo, a mulher trazia-me os comprimidos, onde os tomei rapidamente, sorvendo um gole da água gelada. Bem, quase a cuspi ao ver o que a loura me mostrava. O que diabos ela estava fazendo com um pacote de camisinhas? Um não, três. A atendente com o crachá informando que seu nome era Susan me olhou intrigada, enquanto fechava a água, colocando-a em cima do balcão. — Um momento. — lhe respondi, virando para a loura. — Shannon! O que você está fazendo com essas camisinhas?! — tentei falar um pouco baixo, enrubescendo ao ouvir o comentário sobre brincar de Star Wars.

Por Deus! As camisinhas brilhavam no escuro.

Passei a mão em frente ao rosto, tentando diminuir a temperatura abrasante de meu rosto. Ela gritou para todos ali dentro que havia algo mais entre minhas pernas, mas, esse não era o grande ponto chave da situação. Ela simplesmente decretou que iríamos brincar com ele.Guarde isso onde pegou! — me virei encabulada para o balcão, pagando a água e o comprimido, jogando a cartelinha vazia no cesto ao lado. Enquanto aguardava o troco, tentava não sucumbir a curiosidade que tinha de como aquilo poderia funcionar. Será que aquilo entrava e acendia? Pisquei, perplexa. Virei-me para Shannon, pegando um dos pacotes, lendo sua descrição. Não servia para penetrações. Menos mal. Seria esquisito, você com sua mulher, e a espada entrando e saindo, iluminando o quarto a cada vez que saia de dentro dela. Já pensou no efeito luz estroboscópica que causaria? E porque eu não queria negar isso a ela? Maldito amor.Só uma. Escolha a cor, e por Deus, eu vou me arrepender disso pro resto da minha vida. — comentei, envergonhada. A tal Susan desceu o seu olhar, bem quando notei que ela fitava o meio das minhas pernas. — Onde eu fui me meter? Que coisa linda. — ainda tínhamos mais ou menos uma hora e vinte para voltar até o cinema e pegar a sessão. Uma ideia passou como um lampejo por minha mente, e logo peguei os outros dois pacotes. — Os três, por favor. — lhe entreguei o dinheiro, ouvindo um "Não gostaria de alguma convencional?" — Não, só essas. — mordi a língua para não soltar um comentário do tipo "minha mulher e eu preferimos o contato direto", até porque, Shannon e eu tivemos nossas raras vezes em que transamos com camisinha. Incomodava, então decidimos apenas não usar, onde deduzi que ela tomava algum tipo de pílula para se prevenir contra uma gravidez precoce. — Certo, agora vamos sair logo daqui e ir na loja de doces e depois para onde você quiser. — chamei, terminando a água, jogando a garrafinha fora, guardando os pacotes da camisinha no bolso, mesmo.

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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Qua Jan 20, 2016 7:03 pm
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Um ente querido morre e você é obrigada a ir no jantar oferecido pelos parentes para prestar suas condolências. Há um momento em que todos param o que estão fazendo e simplesmente vão para o meio da sala, rezar para a alma do falecido ir diretamente para o céu. Então você – que pra início de conversa nem queria ir – é obrigada a largar seu refrigerante quente e escutar todas as orações provindas de seus tios avós que nem sabia da existência. Você passa os olhos pela multidão ali presente e voialà! Encontra o olhar com sua prima alguns meses mais velha. Vocês passam uns bons segundos se encarando e uma queimação estranha começa em sua garganta. Você comprime os lábios, desvia o olhar, morde a língua e respira fundo, mas sabe que aquilo não vai adiantar de nada. Seus olhos voltam para os dela e é questão de segundos até seu pai lhe dar um cutucão na costela por ter feito algum som com o nariz: risada fora de hora. Era assim que eu estava me sentindo no momento que pus meus olhos no rosto de Dianna. Ela havia esbugalhado os olhos, a boca havia se aberto alguns centímetros e sua face havia tomado uma coloração que há tempos eu não via.  Eu podia jurar que eu estava fazendo uma careta, utilizando todas as minhas forças para não rir. – Por que você está sussurrando? – Indaguei no mesmo tom, aproximando-me ainda mais dela. – E você tá vermelha? – Ergui a mão livre, cutucando-lhe a bochecha esquerda apenas para ter certeza de que, sim, ela estava corada. Nunca em minha vida eu pensei que veria aquela morena envergonhada com o fato de eu deixar subentendido que faríamos algo de teor sexual. Franzi a testa, cravando meus olhos nas costas que me foram dadas. – Eu não vou guardar. – Pontuei decidida. - Dianna, são camisinhas que brilham do escuro! Já pensou no efeito que pode dar? Acende e apaga, acende e apaga, acende e... – Parei de falar quando meus olhos caíram sobre a mulher atrás do balcão. Ela prestava atenção na minha conversa com Dianna, o que me fez corar de uma maneira absurda. Uma coisa era falar o que eu estava falando para a mulher que eu compartilhava uma vida, outra, totalmente diferente, era saber que uma total estranha escutava o que eu dizia. Limpei a voz e dei um passo para trás, claramente sem graça. Agora eu entendia o motivo da mulher cor de canela estar corada. – Você estava tomando remédio? – Indaguei de uma forma retórica, avistando a cartelinha vazia e a água pela metade. Fiz um som incompreensível com a garganta. – Droga, perdi a aposta. – Murmurei, pronta para virar no calcanhar e ir guardar as proteções. Eu estava totalmente decepcionada.

Um sorriso convencido – e animado, claro – atingiu meus lábios quando notei que Dianna cederia e compraria as tais camisinhas. – E é por isso que eu amo você, Darth Vader. – Sussurrei em seu ouvido, girando os olhos para a tal Susan com sua pergunta sobre “convencionais”. Mal sabia ela que eu odiava o uso de qualquer coisa que me impedisse de sentir Dianna por completo. Abri um sorriso torto com meu pensamento, desviando o olhar da mulher e encarando alguns dos clientes ali presentes. Logo tratei de voltar os olhos para minha mulher e, em meu interior, algo me dizia que a Ohlweiler estava planejando algo. Aquele brilho no olhar, totalmente, não me era desconhecido. Semicerrei os olhos, apenas concordando em seguir a morena pra fora da loja.

Assim que coloquei o pé pra fora da farmácia, uma crise de riso me atingiu. Meus ombros sacudiam enquanto eu apertava o passo para alcançar Dianna. – Você tinha que ter visto sua cara. – Falei depois que me controlei o suficiente, apoiando meu queixo no ombro dela. Aspirei o cheiro amadeirado, fechando os olhos por alguns milésimos de segundos. – Eu amo tanto esse cheiro. – Sussurrei, achando que a dona dele não ouviria. Agitei a cabeça levemente, lembrando-me de algo que havia ocorrido há pouco. – E, vem cá, por que você estava tomando remédio? Eu achei que ia comprar porque o seu havia acabado. – Sai da posição, franzindo a testa em seguida. Encarava o perfil da mulher, um ar preocupado tomando conta de mim. – Está com dor? Quer ir pra casa? Eu não me importo em assistir Netflix e comer pipoca de microondas.  – A loja colorida, que vendia a maior variedade de doces que eu já havia visto, a poucos metros, me chamou a atenção. – Mas antes de decidir se quer ir embora ou não, vai esperar eu escolher minhas balas. – Apontei para a loja. Aquele sorriso infantil crescia em meus lábios, e não tardei a apertar os passos, deixando Dianna para trás, entrando no ambiente – dando pulinhos - com cheiro açucarado sem esperá-la.

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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Qua Jan 20, 2016 8:15 pm
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Shannon era o tipo de pessoa que te zoaria, não importando onde ou quem estivesse perto. Claro que ela ficaria sem graça logo depois, mas não perderia a oportunidade de me deixar constrangida em público. Lá estava a mulher gargalhando, os ombros movimentando-se, tendo o acompanhamento de todo o seu corpo. Resmunguei, adiantando bons passos mas não o bastante para que se tornasse impossível de me acompanhar. Logo ela estava ao meu lado, me fazendo revirar os olhos com suas frases. Então, ela amava meu cheiro? A queimação nas bochechas era ainda mais evidente agora, mas tratei de disfarçar antes que o bullying continuasse. — Vamos ver como vai ficar sua cara quando eu abrir a primeira. — disse baixo o suficiente para que surtisse efeito de um resmungo incompreensível.

Estava prestes a comentar sobre a dor de cabeça, quando a vi escapar para a loja de doces. Maldito vício. Coloquei uma mão no bolso, mexendo no plástico da embalagem da camisinha, rasgando um pedaço, tirando a mão dali. Um cutucado em minha perna chamando minha atenção. Virei-me para saber do que se tratava de uma criança de cabelos negros como carvão e profundos olhos azuis, me encarando como se já me conhecesse e uma expressão de choro de dar dó. Uma de minhas sobrancelhas se arqueou em confusão, olhando para os lados. — Perdida? — perguntei, sem saber o que fazer. A menininha assentiu, agarrando um urso de pelúcia com força. — Pode me dizer como é sua mãe? — questionei, deixando as mãos nas laterais de seu corpinho. Ela não parecia ter mais que quatro anos. A peguei no colo, sentindo certa resistência. — Calma, certo? Não vou te machucar. Vamos encontrar sua mãe, mas primeiro, me diga como ela se pare... — nem mais um segundo e um grito estridente de "Brittany!" despertou-nos para a mulher quase descabelada correndo em nossa direção. — É aquela? — com sua confirmação, soltei a menina, que esperou pacientemente sua mãe se aproximar, e a tomar nos braços. Após alguns agradecimentos e despedidas, rumei para dentro da loja com um aroma açucarado, ao encontro de minha loura.

Pegou tudo? — perguntei, parando ao seu lado. Já imaginava a quantidade de coisas que havia pego, apenas dando de ombros. Nos aproximamos do balcão, onde paguei tudo, e sai com ela e sua sacola sagrada cheia de açúcar. — Ainda temos 40 minutos para o início do filme, e eu preciso ir ao banheiro. Vamos? — chamei, sem lhe dar tempo. Entrelacei nossos dedos, fazendo todo o caminho até lá. Não era muito longe, apenas deveríamos passar para o outro lado, e pronto. A intenção era outra, claro. Desviei o caminho para a ala do cinema mesmo, avistando Clary do lado norte, acenando de longe. Seu gesto de positivo era um código claro de zona livre, então não me preocupei em seguir pelo corredor vago, apenas com posteres de filmes em cartaz, até chegar ao final, abrindo a porta para uma sala parcialmente escura. A pouca iluminação vinha do lado de fora, mesmo, caso a porta ficasse aberta. Entrei, puxando Shannon, tirando a sacola de doces de sua mão, deixando no chão, ao lado da porta. Me encostei na parede ao lado, puxando-a pela cintura e atacando seus lábios em um beijo nada casto, sentindo o gosto inebriante adocicado em seus lábios e língua, não me rogando em causar um roçar contra sua região íntima com a minha própria, uma das mãos apoiada na base de seu quadril, com os dedos batendo contra seu traseiro.

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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Qui Jan 21, 2016 2:51 am
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A variedade de doces dentro daquela loja era uma coisa fascinante. Como eles conseguiam manter o estoque? Minha cesta já havia uma infinidade de doces e não era nem metade do que eles – do World of Candy – ofereciam. Encontrava-me no meu mundo de Ursinhos Carinhosos quando senti o cheiro doce ser substituído por outro bem característico. – Você consegue imaginar como eles conseguem manter o estoque disso? – Indaguei, voltando a atenção para a prateleira e pegando um saco de M&M que eu sabia que a morena gostava. – Essa é só a parte do chocolate! Eu demorei quase uma vida pra decidir quais balas eu pegaria. – Rumei para o caixa, com Dianna em meu enlaço, entregando a pequena cesta para a atendente. – Oh, espera ai. Eu esqueci o alcaçuz. – Após o breve aviso, sai em disparada em direção ao local que eu sabia ter o tal doce. Voltei meio minuto depois, com um sorriso estampado na face. – Pronto, compras terminadas. - Abri um sorriso para a mulher ao meu lado, deixando-a pagar minhas compras nada saudáveis.

Eu nunca fui uma pessoa muito ligada no que acontecia ao meu redor. Por isso, às vezes, era tachada de lerda – ou eu realmente era lerda. Eu tinha a consciência de que meus dedos estavam entrelaçados aos da morena e eu sentia a sacola de doces batendo contra minha perna, mas eu, definitivamente, estava longe. Apesar de termos tido o pequeno momento de distração na farmácia, eu não havia me esquecido da menção, vindo de Dianna, sobre uma criança. Ela tinha deixado subentendido que quer ter uma família com você.Ah. Banheiro. Claro. – Agitei a cabeça em concordância, seguindo-a na direção que eu sabia ter um toalete. Franzi a testa ao notar que o caminho que fazíamos não nos levaria ao banheiro. – Amor, o banheiro é par... – Minha fala foi interrompida com um puxão e, logo em seguida, por um beijo que não demorei muito para me entregar.

A reação do meu corpo para com o beijo dela era sempre o mesmo: pele arrepiada, pernas bambas e coração acelerado. Desde meus quatorze anos de idade. Entrelacei meus dedos por detrás do pescoço elegantemente longo, puxando-a mais em minha direção. O beijo que trocávamos entraria bem na descrição de beijo francês. Meus lábios se chocavam contra os dela de uma maneira deliciosa, enquanto minha língua entrava em uma verdadeira batalha. Eu sentia falta de beijos como aquele. Em antigos livros que eu lia, diziam que o beijo é a forma de compartilhar a alma. Bobo, eu sei, mas eu acreditava naquilo. O gosto de menta começava a dominar meus sentidos e o ar começava a faltar. Pressionei-me mais a ela, achando o encaixe perfeito no meio de suas pernas. Quebrei o beijo, migrando meus lábios para o pescoço dela. – Estamos parecendo duas adolescentes. – Sussurrei contra a pele demasiadamente cheirosa, soltando uma risadinha logo em seguida.

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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Qui Jan 21, 2016 3:19 am
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Beijar Shannon era, de fato, uma das minhas coisas favoritas. A descrição do que sentia era única, nenhuma palavra tinha poder o suficiente para soar como certa ou exata para o ato, e o que ele causava. Algumas sensações poderiam ser reconhecidas, mas eram tantas - de uma vez só - que não dava para simplesmente querer nomear cada uma.

O seu encaixe havia sido perfeito. Era o que eu esperava que ela fizesse, e ao senti-la tão próxima, puxei-a para um novo beijo, sem tempo para um diálogo no intervalo de um para o outro, depois de ignorar seu comentário. A quanto tempo não beijava aquela mulher? Daquele jeito, ou, um beijo simples, dado com carinho ou porque tínhamos nos visto e a vontade surgira? E claro, sem contar com a noite de sexo que havíamos tido a alguns dias. As contas foram perdidas a um bom tempo. Explorei sua boca adocicada o máximo de tempo que pude, até que nossos pulmões imploraram por ar, e no fim daquele beijo, podia sentir a glande de meu membro pulsar dentro da cueca, alertando que a excitação já estava evidente. Quebrei o contato com selinhos longos, alternando para alguns mais curtos. — Eu senti falta disso. — murmurei, ainda de olhos fechados, com a testa colada a sua. — Eu realmente senti falta disso. — ainda mais baixo, proferi as últimas palavras, pegando sua bolsa repleta de doces, tirando-nos dali de dentro com um sorriso afetado. Não era o lugar para realizar tal coisa. Agora faltavam poucos minutos para o início da sessão, então tratei de nos encaminhar até a sala, fazendo o necessário para poder entrar e prestigiar o longa de animação.

A sala não estava tão cheia. O mesmo número de compradores estava ali dentro, desde a hora que tinha emitido os ingressos, todos bem afastados da última fileira, felizmente, a qual ocuparíamos. Deixei Shannon passar, para ir em seguida, sentando ao seu lado, lhe entregando sua sacola. Pouco tempo depois, a vinheta de avisos iniciou-se, causando um burburinho mais a frente, onde as crianças se encontravam com os seus responsáveis. Aproveitei para tirar a camisinha de dentro do bolso, desatacando a calça sorrateiramente, baixando o zíper junto. Assim que as luzes foram se apagando, pus a mão dentro da boxer, puxando o sexo pulsante de dentro, desenrolando o látex verde-neon fluorescente por todo o cumprimento, cutucando Shannon, sem me preocupar com a vista de alguém para onde estávamos e o que acontecia. Comecei a balançar o membro de um lado para o outro, fazendo o conhecido movimento do perucoptero. — O que acha de eu guardar minha espada na sua bainha e começar uma balada aqui mesmo? Ai a gente testa se o acende, apaga, acende, apaga é mesmo legal. — comentei, como se não estivesse fazendo nada demais, ainda movendo o membro de um lado para o outro.

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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Qui Jan 21, 2016 3:59 am
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Eu estava perdida. Não no significado real da palavra, claro. Até porque eu não tinha mais idade para aquilo. Eu estava perdida nas sensações que tomavam conta de mim e nos pensamentos que bombardeavam minha mente. Ainda me encontrava num estado de embriaguez – devido aos beijos de Dianna – quando a voz levemente rouca atingiu meus ouvidos. Abri um sorriso sem dentes, deslizando meu nariz por sua face em um movimento suave e escondendo meu rosto na curvatura do pescoço dela. – Eu também senti falta disso, meu amor. Você não faz ideia. – Respondi-lhe no mesmo tom, aproveitando para tomar lufadas de ar e retomar o fôlego que havia sido – deliciosamente, diga-se de passagem – tomado de mim. Movimentei-me imperceptivelmente, sentindo algo em contato com meu centro. Antes que eu pudesse falar alguma coisa, fui puxada para fora da sala extremamente escura que e morena havia nos enfiado. Era hora do filme. Infelizmente.

Subia aquelas escadas com todo o cuidado e atenção do mundo. Tombo era meu sobrenome e, se pegassem meu histórico de desequilíbrio, iriam ver que tombos em escada de cinema ocupava uma posição relativamente alta. – Eu não entendo. Por que eles simplesmente não deixam as luzes totalmente acesas? Quero dizer, a sala está iluminada, mas eu cairia facilmente aqui. – Reclamei com a mulher que me guiava, apertando os olhos para enxergar o próximo degrau. Não notei e muito menos contei quantas pessoas estavam presentes na sala, aguardado o iniciar do filme. Apenas tratei de seguir pelo corredor de cadeiras e me acomodar na que me pertencia. A sacola de doces fora posta em meu colo, então logo tratei de abri-la e pegar o saquinho de alcaçuz que minha morena havia comprado para mim. Abri a embalagem, não tardando a colocar um doce na boca. Metade da guloseima pendia pra fora da minha boca quando Dianna me cutucou e disse algo sobre o efeito de luz de balada. A primeira reação que tive foi deixar meu precioso alcaçuz cair no espaço entre nós duas.

Ela estava com o pênis de fora!

E balançando!

Como se fosse um helicóptero!

Um helicóptero verde fluorescente!

- Mas o que porra você está fazendo? – Sussurrei, tentando parar de olhar o membro duro balançado de um lado para o outro. Ela podia ser presa por atentado ao pudor! Havia crianças ali! Com seus avós! – Dianna! - Mantinha minha voz baixa. Meus olhos iam da face iluminada pela tela de cinema para o membro que brilhava devido à proteção. – Santo Cristo, Juquinha está parecendo um sabre de luz desgovernado. – A risada crescia em meu âmago, e eu sabia que se eu a permitisse escapulir, metade das cabeças se virariam para nós. Soltei aquela risadinha característica de risada fora de hora, e logo tratei de esconder minha boca com a mão, abafando qualquer som que tentasse sair dali. Deixei a sacola de doce ao meu lado, virando o corpo para a morena. – Isso é mais legal que eu pensei. – Comentei com voz de riso, mordendo o interior de minhas bochechas para não cair no riso. – Acho que nunca mais vou querer transar, quero só brincar com a sua minhoca.


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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Qui Jan 21, 2016 4:23 am
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Continuava balançando o membro de um lado para o outro, sem me importar com o que acontecia ao redor. Apenas tive um pequeno susto ao sentir algum dos doces da loura escapulir entre nós, mas nada que me impedisse de começar a balançar o pênis mais rápido, como se fosse aquelas pulseiras dadas em boates, onde você tem que "quebra-la" e depois agitar bastante, sem se importar se estava indo rápido demais, ou sem uma rota correta para gira-la. — Isso é engraçado. — comentei, parando um pouco. Tinha minhas incríveis habilidades, e mexer o membro sem precisar mover o quadril era uma delas.

Porém, em um movimento brusco havia parado de move-lo, ao ouvir sua declaração final. Não disse nada, naquele momento. Apenas voltei a brincar, agindo normalmente, buscando algo para externar. — É, é um brinquedo legal. — deixei escapar em um tom mais baixo do que deveria, praguejando mentalmente, pigarreando. Olhei para o lado, vendo o lanterninha começar a fiscalizar a sala, então apenas tirei a camisinha, jogando no suporte para o copo de refrigerante. Guardei o membro em seu devido lugar, fechando o zíper. Franzi o cenho, parando para pensar na pequena loucura que havia cometido. Coisa rara para uma Dianna séria, comprometida em ser uma CEO formidável. Dei de ombros, assimilando que aquele era o meu momento. — Faz tempo que não vejo nada do Snoopy. — comentei normalmente, tentando entender o desenrolar do filme, onde o Charlie Brown não conseguia empinar sua pipa, por conta do gelo trazido com o inverno e se lamentava por não conseguir realizar qualquer atividade direito, por ser desastrado de mais.


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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Qui Jan 21, 2016 6:53 pm
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A brincadeira acabou tão rápido quanto havia começado. Com uma intervenção divina – ou não -, consegui controlar toda aquela vontade de rir. – Você é louca. – Murmurei com meus olhos ainda cravados nela. Eu, claro, havia notado a mudança repentina na mulher, entretanto preferi não comenta ou perguntar se eu – como sempre – havia dito algo errado. Respirei fundo, desistindo de tentar ler as expressões na face morena. Estava escuro e Dianna conseguia esconder bem suas emoções. Ajeitei-me na poltrona, abrindo a pequena bolsa que eu tinha levado comigo e retirando a caixinha que guardava meu óculos de grau. Encaixei a armação no rosto, observando a mudança repentina na imagem do telão. Aquela miopia era horrível.

Para ser sincera, eu não estava prestando atenção no filme. Eu gostava de desenhos, óbvio, mas parecia que eu estava aérea desde o momento que Dianna mencionou uma criança. Algo me dizia que eu não podia esconder por mais tempo e que deveria contar a novidade para ela naquele dia. Peguei o saco de doces novamente, retirando, agora, a embalagem de M&M e a abrindo. Movi meu corpo para o lado, deslizando-o na cadeira de uma forma que eu ficasse confortável. Apoiei minha cabeça no ombro da mulher, mantendo os olhos fixos na enorme tela a nossa frente. – Estava pensando. – Comecei, aos sussurros, chamando sua atenção. Retirei alguns disquetes do chocolate do pacotinho e coloquei em sua boca. Eu sabia que aquele era um dos poucos chocolates que ela comia. – Eu comprei um apartamento e ele ficou pronto essa semana. – Meu coração batia forte no peito e eu podia jurar que minhas mãos tremiam um pouco. Engoli em seco, concentrando-me na mastigação dela para não ter um ataque de pânico ali mesmo. – Depois que acabar o filme, poderíamos ir pra lá. Quero te mostrar uma coisa. – Movimentei o rosto poucos graus, o suficiente para tirar a atenção do filme e tentar olhar para a face delicada. No processo meu nariz acabou por arrastar por uma parte generosa da pele quente, deixando aquele pedido – que não fora bem um pedido – um tanto que manhoso. – O que me diz?

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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Qui Jan 21, 2016 7:20 pm
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As vezes me sentia como o Charlie Brown, e, não deixava de pensar no quão egoísta isso poderia ser. Eu tinha tudo, não poderia questionar nada sobre a vida, por mais que as vezes a situação não se provasse confortável. Eu podia dar a volta por cima. No auge dos meus vinte e um anos, estava no topo da carreira que havia planejado, tendo adiantado bons seis anos do que era esperado para o futuro. Fechei os olhos por uma fração de segundos, encostando a cabeça no acolchoado da poltrona, me permitindo cair em pensamentos.

Nanãe!

O tom de voz ansioso e aliviado chegava a ser engraçado. A pequena garotinha de olhos azuis e expressão feliz, saltitante em seu vestidinho com estampa de patos, era a melhor visão para se ter naquela hora.

Minha princesinha. – murmurei assim que abri a porta do carro, tentando conter o sorriso que rasgava meus lábios.

Poucos segundos após me locomover, senti um par de bracinhos rodeando minhas pernas, enquanto me deparava com o rosto sorridente mais lindo do mundo. Peguei seu corpinho nos braços, sentindo o cheirinho de bebê que fazia meu coração errar a batida. – O que está fazendo do lado de fora? Onde está sua m...

Nem precisei completar a frase, para ver uma Shannon esbaforida saindo pelo jardim correndo, com olhos arregalados e expressão de puro terror, olhando para todos os lados, até que nos encontrou e seu rosto se suavizou de imediato.

Mama! – a pequena se mexeu, animada, quando sua mãe já estava próxima.

Aurora! Não faça mais isso, quer me matar??? – sua voz ainda tinha um quê de preocupação, passando os olhos pela filha. Seus olhos voltaram-se para mim, e um sorriso acalento se espalhou pelos lábios grossos e macios. – Oi, você.

Se aproximou mais, onde aproveitei para lhe oferecer um sorriso, retribuído com um selinho prolongado, sendo findado por conta de uma mãozinha separando nossas cabeças. – Nau, mama! Eu quer a nanãe agola. – o bico malcriado me fez rir. Ela era igualzinha a mãe.

Você quer a nanãe? – perguntei, pondo a pequena no chão, segurando sua mãozinha. – Me espere no seu quarto, chego já, mocinha. E vamos ter uma conversa, você não pode fugir da sua mãe para vir aqui fora sozinha.

O tom foi autoritário, apesar de gentil. Aurora não respondeu, apenas assentiu e virou-se para dentro de casa, rumando para seu quarto. Fui atrás, tendo Shannon a meu encalço. Assim que adentrei a residência, desabotoei duas casas da camisa social grafite, suspirando, após um longo dia de trabalho. A loura passou por mim, mas teve seu caminho interrompido, bem quando puxei-lhe pelo braço direito.

Boa tarde, senhorita. – envolvi os braços em torno de seu corpo, beijando sua nuca depois de afastar seus cabelos.

Senhora Ohlweiler. – corrigiu, deixando os braços por cima dos meus.


Meus olhos abriram-se lentamente, a respiração um pouco desregular. Shannon e eu já havíamos conversado sobre filhos, é claro, mas ambas considerávamos a época inadequada para a chegada de uma criança. Certas de que se fosse uma menina, ela teria o nome de uma princesa, onde escolhemos Aurora como o propício. Suspirei, imaginando que seria ter um filho ou filha, sendo uma CEO ocupada e comprometida com os negócios. Eu sabia que queria um herdeiro para continuar com o meu legado, mas, não deixava de me assustar com o pensamento de que não saberia lidar com uma criança, nem acompanhar suas mudanças para a adolescência-barra-juventude-barra-fase adulta. Um punhado de M&M fora dado em minha boca, onde tratei de recebê-lo de bom grado. — Apartamento? Vai se mudar de lá? Achei que seu pai deixaria a casa para você, já que é a mais nova dos Kempner-Mensdorff-P. — comentei, tendo sua completa atenção. Havia notado uma certa oscilação em seu tom de voz, ainda perdida no meio do meu próprio devaneio com o que viria a ser nossa filha, para alegar com clareza do que se tratava. Por alto, podia dizer que ela estava nervosa com alguma coisa. — Certo, iremos para o seu apartamento. — contive a vontade de questionar o que ela queria me mostrar, tendo certeza de que Shannon não deixaria escapar nenhum detalhe. — Por mim, iríamos agora. Eu gosto do Snoopy, mas agora estou bastante curiosa para saber do que se trata. — murmurei, pouco aturdida. Aquela loura poderia me distrair e fazer com que meus pensamentos se focassem somente nela.


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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Qui Jan 21, 2016 8:36 pm
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Eu não sei bem em que universo paralelo eu havia entrado desde o momento que tinha convidado Dianna para ir para minha nova casa. Será que ela gostaria da decoração? Será que ela enlouqueceria com a nova informação? Parecia que o tempo que me cercava andava mais lento que o normal, onde minha atenção era focada única e exclusivamente na morena ao meu lado. Abri um leve sorriso, aliviando, por hora, a tensão que se acumulava em meus ombros. – Na verdade, há mais uma. Melissa. Papai e Dahlia foram a uma inauguração de uma casa de adoção na Inglaterra e se apaixonaram pela menininha. Acho que por isso que eles estão demorando tanto para voltar. – Franzi a testa, caindo na real de que havia fugido totalmente do assunto e que começava uma divagação sobre um assunto que, ainda, era segredo. O filme continuava rodando, mas eu sinceramente não sabia bulhufas do que estava acontecendo nele. Aprumei a postura, pronta para me levantar da cadeira e seguir em direção ao estacionamento. – Vamos agora, então. – Alcancei a sacola de doces, jogando o pacote de M&M’s lá dentro e a fechando. Ergui-me do assento, passando por Dianna sem nenhuma dificuldade. Eu estava decidida: contaria a ela sobre a gravidez naquele mesmo dia.

Não foi uma tarefa difícil pegar as chaves do carro no bolso da morena sem que a mesma percebesse. Sorria internamente, como se eu tivesse ganhado algum tipo de aposta. – E, ah, eu dirijo. – Pisquei-lhe um olho, mostrando a chave, antes de destravar o carro e abrir a porta do carona para ela, exatamente da forma que ela havia feito comigo no início da noite. – O que? Acha que só você é cavalheira? – Brinquei, deixando um beijo em sua bochecha antes de fechar a porta e seguir para o banco do motorista. No pequeno caminho – de dar a volta do carro -, passava um possível diálogo em minha cabeça. “Dianna, você vai ser papai.” Não, muito direto e ela pode ter um ataque cardíaco. “Amor, você plantou uma sementinha em mim e agora ela está pronta para aflorar.” Que idiota. – Estava pensando, de novo. – Comentei enquanto me ajeitava no banco. – Que tal pedir pizza? Aposto que até o fim da noite, você vai reclamar de fome. – Mostrei-lhe os dentes, em um sorriso calmo e divertido (que nada condizia com o que sentia por dentro). – Próxima parada, Paraíso Kempner!

***

- Eu preciso de um carro igual a esse. – Comentei após pararmos num dos semáforos. Meus dedos batiam contra o volante – mostrando todo meu nervosismo -, enquanto eu vagueava com os olhos por todos os detalhes que não dá para perceber quando se é passageiro. O carro era incrível! – Acho que irei a uma concessionária essa semana. – Pensei em voz alta, arrancando com o carro assim que a luz ficou verde. Dobrei a direita e, pouco tempo depois, à esquerda, adentrando a área verde de Miami. Eu gostava da praia e tudo mais, mas, ao escolher a localização do local onde seria minha nova casa por um bom tempo, não tive dúvidas: verde; tranquilidade e próximo à universidade. Parei o carro em frente ao prédio de vinte andares, que apresentava um pouco de luxo com sua fachada escura e espelhada. Respirei fundo, girando a chave na ignição para desligar o automóvel. Novamente, minha garganta havia secado e meu coração batia rapidamente no peito. – Chegamos. – Soltei num sussurro.

A passagem pela recepção fora rápida. Apenas acenei para o porteiro e caminhei para o elevador. Dianna estava atrás de mim, carregando a sacola de doces que, sinceramente, havia esquecido. Batucava o pé no chão da caixa de metal, aguardando o momento que ele apitaria e uma voz eletrônica anunciaria que estávamos no último andar. Mantive-me em total silêncio, presa em meus pensamentos. – Graças a Deus, eu odeio elevadores. – Sussurrei para o ar quando as portas foram abertas. Quase sai correndo lá de dentro, parando apenas quando me encontrava em frente ao apartamento 2003. Aguardei Dianna chegar perto de mim e retirei a chave com um chaveiro de pato da bolsa, encaixando-a no lugar indicado. – Bem. Bem-vinda ao nosso novo lar. – O uso do pronome fora errôneo, eu sabia, mas era tarde demais para arrumar. E eu ainda não havia me acostumado com a ideia de que o “nós” não existia mais. Abri a porta, colando o braço para dentro e acionando o botão do interruptor. As luzes foram acesas e a sala detalhadamente planejada por mim apareceu em nosso campo de visão.


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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Sex Jan 22, 2016 1:54 am
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Após um curto período perdida em meus próprios pensamentos, tratei de focar na situação, sem me importar com o que me tomaria da realidade uma segunda vez, naquela mesma noite. Não havia entendido muito do que Shannon falara, interpretando os poucos fragmentos que uni, tentando situar uma concordância dos fatos. Então Dahlia e Joseph haviam adotado uma criança, e a família aumentara? Céus. Estava alheia o suficiente para não perceber a movimentação da loura, que agora balançava minhas chaves em frente a meu rosto, tendo todo o momento seguinte passando como um borrão não identificado a curta distância. — Eu ainda estou desacostumada com essa coisa de Dahlia e Joseph, pra falar a verdade. — apenas dei de ombros, andando ao lado de minha mulher para fora do recinto, voltando a entrelaçar os dedos aos seus, carregando sua sacola de doces, esquecida a pouco em uma das poltronas da sala escura. — Estou curiosa sobre outra coisa, também. Ele está sabendo do nosso término? E Heidi? — questionei, enquanto alcançávamos o estacionamento. — Paz está bastante decepcionada comigo desde o dia em que lhe contei. Desta vez, eu não pude ocultar dela, segundo a própria, eu estava triste demais para esconder alguma coisa. — uni as sobrancelhas, analisando rapidamente um pouco sobre mim mesma. — Não acho que seja alguém que seja muito boa em esconder o que sinto. Pelo menos, é o que eu acho. — chegamos, e lá estava ela, abrindo a porta para mim, repetindo o que eu tinha-lhe feito mais cedo. — Eu sou cavalheira? — fiz uma careta diante do termo antiquado. — Devo esperar por uma bomba nuclear no seu apartamento? Estou com medo desse cortejo repentino. — brinquei, me acomodando melhor no meu próprio carro. — Pizza soa bom. Muito bom. Poderíamos ter comprado no shopping e levado para lá, mas, podemos esperar enquanto eu tomo um banho. Estou com calor. Você ainda tem aquelas camisas que roubou do meu armário e alguma cueca que me sirva? — olhei pela janela, tentando reconhecer o caminho.

Você sabe que pode ter o carro quando quiser, não precisa comprar um novo. O deixarei na garagem, e quando eu quiser usar, eu venho buscar aqui. Assim tenho mais um pretexto dentre outros milhões pra vir te ver. Combinado? — olhei para ela, abrindo um sorriso maroto, deixando uma mão sobre sua coxa. Logo voltei a olhar pelo lado de fora, notando uma grande quantidade de verde e um caminho silencioso. — Sempre soube que você preferiria um lugar como esse. — comentei, bem quando o carro estacionava. Pouco tempo, e já estávamos rumando o caminho para o elevador, com Shannon quase me arrastando para dentro da cabine metálica. Seu comentário sobre odiar elevadores me fizera pensar sobre várias maneiras de faze-la passar a gostar, e quem sabe um dia realizaria tal feitio. Apenas a observei sair quase disputando uma maratona olímpica para fora dali, me fazendo segui-la um pouco mais de trás, parando ao seu lado, em frente a porta.

Bem. Bem vinda ao nosso novo lar.

Suspirei, tendo o caminho feito para dentro quando as luzes foram acessas, os olhos atentos a cada pedacinho do ambiente. Era tudo tão... Morno, acalento. Não possuía o luxo extravagante de nossas mansões, nem nada fora dos níveis já vistos. Era na medida perfeita do confortável. — Você deveria ligar e fazer o pedido da pizza, já estou começando a sentir fome. — Tudo ali dentro gritava traços de sua personalidade encantadora, fazendo com que eu me sentisse - imediatamente - em casa. — Uau. — o comentário inicial fora feito de forma em que eu nem havia notado que tinha dito alguma coisa. — Esse lugar é... Céus. Quando eu posso trazer minhas coisas? — com as duas mãos na cintura, virei um pouco de lado, fitando as orbes azuladas, com um enorme sorriso divertido, apesar da verdade por trás das palavras. Mesmo com a separação. — Vamos, mostre-me o que queria, e depois quero conhecer cada canto daqui. — me aproximei, deixando os braços ao redor de sua cintura, beijando sua testa. — Você fez uma ótima escolha, mesmo que em minha mente, nós escolheríamos um lugar juntas, no meio do mato, porque você me atentaria para ter um lindo jardim. — comentei, notando novamente o nervosismo através das íris cristalinas. — Amor, eu estou começando a achar que você tem algo sério para tratar comigo. Por que está preocupada? E não adianta fingir por mais nenhum minuto. Eu te conheço como ninguém, e já percebi que há algo de errado, só estava tentando prolongar isso. — permaneci olhando em seus olhos, esperando pelo que viria.


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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Sáb Jan 23, 2016 2:32 am
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O sorriso morno estampado em minha face fora trocado para um sorriso divertido. Modéstia parte, eu sabia que minhas escolhas para com a decoração do apartamento foram perfeitas, e aquela reação de Dianna apenas me fizera confirmar a minha boa escolha. Cruzei os braços, ainda parada na soleira da porta.  – O luxo que tem na outra casa me deixa retraída. Papai gosta daquela exuberância toda, eu não. Acho que aqui tem mais... – Parei para pensar. Eu nunca havia pensado no motivo de ter desejado sair da casa do meu pai. Lá era confortável – até demais -, mas era como se algo sempre faltasse. – Minha cara. – Completei um pouco depois, encolhendo os ombros. Passei os olhos pela sala mais uma vez, adentrando o ambiente e fechando a porta atrás de mim. Retirei os sapatos, deixando-os no cantinho reservado para aquilo. Andei até a morena poucos passos a frente – que encarava abobadamente cada detalhe da sala -, repousando minhas mãos em seus ombros e enganchando meus dedos nas dobradiças da roupa. – Aqui, me dê sua jaqueta. O sistema de ar tá ligado, não precisa dela por agora. – Retirei a peça de roupa, achando graça da situação. Retrocedi alguns passos e deixei a jaqueta de couro no cabide atrás da porta. – E respondendo sua pergunta de mais cedo, eles sabem que terminamos. Papai ficou um tanto que... Chateado.  – Franzi a testa, arrumando a única peça de roupa no pequeno gancho. – Heidi chorou. Digo, ela realmente chorou. Algo como ter te acompanhado desde a puberdade e estar ansiosa para o nosso casamento. – Suspirei, voltando a caminhar até onde ela se encontrava. – Acho que é por isso que ela prepara quilos e mais quilos de camarão quando você decide ir até lá, fazer uma visitinha. – Semicerrei os olhos, voltando a encarar a face morena. – E, não faça careta, mas você realmente não é boa em esconder o que sente. Às vezes você consegue, mas fica com cara de dor. É engraçado, devo admitir. – Inclinei os lábios para cima, deixando um leve sorriso aparecer. – Tipo agora. Você está curiosa, encantada com meu maravilhoso trabalho e um pouco desapontada. Ouso falar que até um pouco ansiosa e nervosa.– Cutuquei seu ombro com a ponta dos meus dedos, empurrando-a levemente em um gesto amigável. Um segundo depois deixei meus ombros relaxarem, afinal, não fazia sentindo eu estar apreensiva com a situação que se desenrolaria mais adiante. Dei mais um passo a frente, adentrando o espaço pessoal da morena. – Você não precisa de pretextos para vir me ver. – Sussurrei em seu ouvido esquerdo, deixando um beijo bem pressionado em sua bochecha em seguida. Afastei-me. – Vem, vou te apresentar a casa, primeiro. Você precisa ver meu magnífico trabalho!

***

A verdade era que eu estava adiando, cada vez mais, o momento que eu falaria a tal novidade. Mas eu precisava “amaciar” Dianna primeiro; deixá-la descontraída para ela não surtar ou, como eu, desmaiar. Já havia apresentado a cozinha - com o incrível monólogo nada modesto sobre ser ali que a comida mais gostosa do mundo seria preparada, por mim, claro -, a sala de estar, o escritório que eu passaria a maior parte do tempo (e algo me dizia que ela também) e a sala de TV. Essa última continha um amado aparelho de Playstation da morena, meu inseparável Xbox – ambos com uma infinidade invejável de jogos, uma enorme TV com uma resolução pra lá de incrível, o sofá mais confortável que eu já vira e um tapete que dava vontade de rolar sobre. Depois do meu quarto, aquele lugar era, com toda certeza, o ambiente mais confortável do apartamento. – Oh, Deus. Eu acho que não devia ter te mostrado essa sala. Acho que, definitivamente, te perdi pra ela. – Comentei assim que percebi os olhos brilhando da morena para com o ambiente. – Ótimo. Fique ai que eu vou me esconder num dos quartos que você ainda não conhece. – Murmurei, girando em meu calcanhar e saindo do quarto de “lazer”. Não demorou muito para eu ter dedos entrelaçados aos meus e uma morena pra lá de cheirosa me seguindo. Abri um sorriso convencido. Chame-me do que quiser, mas eu sempre consigo o que quero.

O fato de eu ter pulado uma das portas brancas e fechadas ficaria óbvio, para morena, que o que eu queria mostrar para ela estava guardado ali dentro. E estava mesmo. Nada disse, apenas continuei meu caminho pelo extenso corredor até parar na última porta. Abri-a, e me assustei com fato de que meu próprio cheiro estava impregnado ali dentro. Havia o que? Dois ou três dias que não dormia ali? Franzi a testa, achando aquele fato curioso. – E esse é o meu quarto. – Sai da frente do corpo esguio posto, ainda, atrás de mim. Meus próprios olhos vagueavam pelo quarto, olhando-o como se fosse a primeira vez: a cama de casal com um tamanho absurdo, a decoração simples, porém elegante. Confortável o suficiente para querer ficar ali por um final de semana inteiro. O grande chamativo do lugar era uma parede feita totalmente de vidro, que dava a vista de uma sacada toda trabalhada em madeira e decorada de forma rústica. A visão era óbvia: verde, muito verde, e um céu estrelado que eu poderia passar horas olhando. A tranquilidade era palpável, saindo de todo o esperado de Miami. Limpei a garganta, chamando a atenção da morena. – Você me perguntou, ainda no carro, sobre eu ainda ter suas camisas e cuecas. A resposta é mais que óbvia: claro que tenho. Eu gosto de dormir com seu cheiro em mim. – Dei de ombros, desviando o olhar brevemente. – Mas eu fiz algo enquanto você esteve em Barcelona. – Movimentei a cabeça em um aceno, chamando-a para me acompanhar. Adentrei ainda mais o quarto, andando até uma das portas dentro dele. – Não é difícil entrar em contato com Aylah, então... – Abri a porta e automaticamente as luzes se acenderam, revelando um closet que muito se parecia com o que eu tinha na mansão, porém duas vezes maior. Coloquei meu corpo para dentro, puxando Dianna comigo. Apontei para o lado esquerdo, mostrando a parte toda tomada com roupas, sapatos e acessórios que, certamente, nada condizia com meu estilo. – É todo seu.


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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Sáb Jan 23, 2016 12:54 pm
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Ainda observava cada canto do apartamento com olhos atentos e lúcidos para com cada objeto posto nos lugares por ali. Era certo de que o luxo não era a prioridade daquele apartamento, por mais que ainda estivesse em alta lá dentro. O conforto era visto em todos os pontos possíveis, desde a decoração em tons claros, tanto como na sua personalidade colocada em todo o cômodo. Facilmente me via alocando o recinto com ela, dando-me este prestígio, depois de ouvir que aquela seria a nossa nova casa. Quase não percebi quando ela tirava a jaqueta de meu corpo, onde logo tratei de descalçar os sapatos, indo colocá-los onde ela tinha deixado suas sandálias. — Com o que seu pai se chateou? — perguntei, curiosa com o que Joseph poderia ter pensado sobre, e se permitiria minha aproximação uma outra vez. A terceira. — Eu realmente gosto de Heidi. Não troco Paz por ninguém, mas as duas são... — deixei a frase morrer, tendo certeza de que Shannon entenderia. Ambas as governantas haviam agido como mães em nossas criações, e não era preciso tantas palavras para que qualquer uma de nós soubéssemos bem o valor que tinham. — Eu já fui. Acredite, sou muito boa nisso, apesar de não perceber o momento em que faço.Pergunte a Hanna. Suspirei, não terminando o veredito completo. — Você tem a minha transparência, não é como se todos tivessem isso também. — comentei, pegando um porta-retrato com uma imagem da família Kempner-Mensdorff-P, passando os olhos por cada um deles, obviamente, demorando mais em uma certa loura de sorriso encantador, capaz de fazer meu coração parar. — E, antes de qualquer coisa, nós começamos do jeito errado, então vamos concertar. — puxei-a pela mão, voltando para fora do apartamento.

Abri a porta, virando-me para Shannon, em um súbito gesto, tomando seu corpo nos braços. — A tradição é que eu devo carregá-la para dentro, e entrar com o pé direito para nos trazer sorte. — comentei de uma forma divertida, com um sorriso maroto largo estampado nos lábios. Virei de lado, passando com ela pela porta, deixando para colocá-la no chão, já no corredor ao qual estávamos anteriormente. — Agora sim, vamos lá! — murmurei, ainda próxima a minha mulher. — Na verdade, eu preciso. Tenho todos os pretextos do mundo para ver a minha garota. — trouxe uma mecha dourada de seu cabelo para trás da orelha, olhando diretamente no azul claro de seus olhos, abrindo um sorriso eloquente, do tipo que só o fazia para ela. Paramos por ai para continuar a exploração, onde passamos por mais um corredor, ignorando uma porta. A direta havia sido captada. O que quer que fosse que Shannon queria me mostrar, estava ali dentro. Continuamos por alguns cômodos notórios, como por exemplo, o escritório. O usaria bastante, de acordo com meus cálculos, e tinha certeza de que o dividiria com Shannon em alguns momentos do dia-a-dia, a cozinha - onde ela dera um show de convencimento sobre seus dotes gastronômicos, me causando boas risadas - e agora seguimos a diante.

Uma sala de jogos. Quer dizer, era a sala da TV, mas claramente eu não a veria desse jeito. O meu videogame estava ali. Scarlett, como você veio parar aqui? Não importa, nós temos uma nova casa para você se acostumar! Ri de meu próprio pensamento bobo, embasbacada com tudo aquilo. Com certeza passaria boas horas lá dentro. Como tinha me perdido dentro do mundo tecnológico ali dentro, quase não de dei conta de Shannon saindo da sala, já que eu não lhe respondia. — Desculpe. Você sabe como fico quando vejo algo do tipo. — não tive dificuldades em alcança-la, só tive de me apressar um pouco, e logo entrelacei nossos dedos, impedindo de que ela prosseguisse sem mim. Andamos um pouco mais, até que chegamos ao seu quarto. Um tanto apreensiva, pensei no quão espetacular era aquele cômodo específico. Tudo era relativamente simples, mas gritava um charme único e cada coisa ali parecia ter um pedaço de Shannon. Fora que, assim que a porta fora aberta e eu tinha posto os pés dentro do ambiente, seu cheiro havia me nocauteado de forma que estava um pouco aérea, tonta com o aroma que me deixava a mercê dela. A parede de vidro chamava bastante atenção para com o quarto, mas para mim, nada mais estava me concentrando, se não aquele cheiro. — Seu cheiro está em todos os lugares. Talvez, este seja o meu cômodo preferido, é onde está mais forte. — voltei-me para ela, olhando-lhe com olhos profundos e invasivos.

Fomos até o closet, onde - de fato - eu estava surpreendida ao ver todo um lado preenchido com roupas que me serviriam para qualquer ocasião. Uma ida a empresa, uma saída noturna para um pub ou um restaurante granfino, um passeio no parque, e até pijamas de diversos tipos e cores. Algumas gavetas continham centenas de cuecas, apesar de que eu pensava que Shannon desconhecia o meu tamanho. Desde um pouco antes da separação, não estava mais com o mesmo corpo, o esforço na academia vinha dando bons resultados, mas certo alguém tinha que estar confortável dentro das calças. Me aproximei, pegando uma com as mãos, na cor cinza chumbo, vendo que serviria perfeitamente. — Estou curiosa para saber como soube qual tamanho serviria. — deixei-a de volta no lugar, comentando em um tom leve, sorridente. Passei para o lado da loura, pegando algumas peças, observando-as. Alguns vestidos pareciam curtos demais ainda que pendurados ali. — Hmmm, algumas coisas aqui não irão ficar. Curto demais. — puxei um, evidenciando que aquilo não lhe cobriria direito. — Não mesmo. — puxei outro, fazendo uma careta. Me voltei, outra vez, para ela, puxando-lhe pela cintura, selando seus lábios de uma maneira extremamente apaixonada, iniciando um beijo carinhoso, passivo e cheio de ternura.

Falta abrir uma porta. Passamos por ela, no corredor. — murmurei, baixinho, ainda com os lábios roçando os seus. Ela tinha um gosto tão bom! Dificilmente resistia, e lhe beijar era sinônimo de perigo, já que a vontade aumentava a cada novo contato. Some o de agora com os trocados diante desses seis anos, e voilá, chegaria perto de uma mínima porcentagem de como eu me sentiria. Notei certa tensão sobre seus ombros, mas antes que questionasse outra vez do que se tratava, a campainha tocou, informando que a pizza havia chego. — Vou pegar. — me adiantei pelo corredor, já tirando alguns dólares do bolso, pagando o entregador e lhe oferecendo uma boa gorjeta como brinde. Levei a caixa até a cozinha, tomando a liberdade de colocá-la dentro do forno para que não levasse frieza. Claramente eu não comeria até saber o que tinha atrás da porta que Shannon deixou por último. — Ah, e antes que eu me esqueça: Você terá um novo bichinho de estimação. É o filhote do Thomas. Não admito que fique sozinha, sem nenhum tipo de proteção quando estiver em casa, e eu não puder estar junto. O pegarei assim que nascer, em torno de algumas semanas, então pode escolher um nome para ambos os sexos, ou um que sirva para os dois. Não sabemos qual vai ser, mas você pode ir escolher comigo, no dia. — a puxei pelo quadril, tomando seus lábios em um novo beijo rápido. — Não consigo parar de beijá-la, céus. — em forma de suspiro, proferi as palavras em um tom baixo, distante, como se conversasse comigo mesma, depois de colar nossas testas e fechar os olhos. — Enfim, vamos. Eu estou com fome. — dei de ombros, abrindo os olhos junto com um sorriso ameno, esperando por ela.


#outfit here
#with my only girl.
#In Kempner-Mensdorff-P mansion


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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Dom Jan 24, 2016 8:02 am
you're my only reason;

Eis o momento em que palavras faltam para descrever, exatamente, tudo aquilo que você sente. Palavra engraçada essa: sentir. Verbo transitivo. Você sente alguma coisa, por alguém ou por algo, em um determinado momento. O ser humano foi programado para isso, afinal. Frio, sede, fome e sono. Tédio, raiva, decepção e saudade.  Amor. Amor era tudo que eu conseguia sentir naquele momento. E, talvez, apenas um pouco, uma vontade de rir. Ela conseguia, a cada momento que passava, me surpreender mais e mais. De uma maneira positiva, claro.  Meus braços rodearam seu pescoço em um gesto automático, em uma tentativa de arrumar algum apoio para não cair – mesmo sabendo que ela teria força o suficiente para me carregar pela casa toda. Eu não era tão pesada assim. – Você é tão piegas! – Exclamei entre um sorriso que não consegui conter, forçando meu corpo para cima até meus lábios conseguirem entrar em contato com o rosto dela. Enchi-a de beijos, parando apenas quando sentia minha nuca ardendo devido ao pequeno esforço. Tornei a me ajeitar nos braços morenos, agitando as pernas para frente e para trás em um sinal de descontração.  – Eu amo tanto quando você faz essas coisas que só se vê em filmes e livros, sabia? Você consegue ser tudo o que eu sempre quis sem forçar e sempre me surpreende. – Soltei com um tom de curiosidade, como se eu desse uma informação valiosa que ela ainda não soubesse.

Assim que ela me colocou no chão, arrumei meu cabelo. Eu sabia que meus fios loiros haviam se atrapalhado e que eu, muito provavelmente, estava descabelada. Soltei uma risadinha nasal, me perguntando como raios eu tive tanta sorte em ter conseguido com que ela entrasse em minha vida. – Papai ficou chateado no sentido de aprovar nosso relacionamento e saber que ele não existe mais. Segundo ele, não há outra pessoa no mundo que me faça feliz e que ele confie. Não existe outra pessoa como você. – Encolhi os ombros, relembrando a conversa que tive com o velho quando meu segundo rompimento com Dianna ocorreu. Encarei-a nos olhos, saindo do meu universo particular. – E, bem, ele está certo: ninguém, em todo o planeta Terra, poderia me fazer feliz como você faz. – Finalizei aquele tópico com um selinho rápido, puxando-a para, de fato, dentro do apartamento.

***


O sorriso estampado em meu rosto comprovava que eu estava curtindo bastante aquele momento. Óbvio que eu sempre sonhara em montar a casa, brigar por um jardim e todo o resto ao lado dela, mas, devido as circunstâncias, aquilo era o mais próximo que eu chegaria. Sem bem que algo em meu interior dizia que ainda montaríamos nossa casa. Dianna explorava nosso closet quando algumas falas chamaram minha atenção. Soltei uma gargalhada. Quero dizer, realmente foi uma gargalhada. – Oh, não. Não venha querer controlar minhas roupas, senhora Ohlweiler. Tenho idade o suficiente para saber o que usar ou não. E uma estilista! – O beijo me pegou um pouco de surpresa, mas tratei de respondê-lo na mesma intensidade. O saboreei completamente, até sentir o gosto da morena impregnado em minha boca. – Sobre as cuecas, eu tenho um bom olho. Sua bunda cresceu e eu sei que gosta de deixar seu amigo bem confortável, então não foi difícil saber. – Pisquei-lhe um olho, seguido de um sorriso maroto que era característico dela, dando um pequeno pulo com o barulho da campainha. A morena saiu do quarto e eu, seguidamente, deixei a preocupação retornar por alguns segundos. Era agora.

Corri até o quarto que viria ser de Aurora e acendi as luzes, fechando a porta novamente em seguida. Retornei, ainda correndo, para o quarto, aguardando o retorno de minha mulher. Não demorou muito para uma Dianna maravilhosa cruzar minha porta – arrancando-me um suspiro – falando sobre o futuro filhote de Thomas. Um sorriso animado – e infantil – me atingiu. – Wow! Um filhote de Thomas? Isso seria... Maravilhoso! Eu sempre fui apaixonada por ele, e ter um igual seria... – Parei de falar, não encontrando palavras suficientes para descrever o quão maravilhoso seria ter um cão ali dentro - mesmo sendo repetitiva. Não que eu passasse o dia todo trancafiada no apartamento, mas, às vezes, me sentia sozinha, e ter um cachorro seria realmente magnífico. – E, mesmo adorando a ideia de ter um cão de guarda, eu espero que você sempre esteja por perto, por isso... – Enfiei a mão no bolso traseiro, retirando as chaves – num lindo chaveiro de coala -, que dariam acesso total ao nosso apartamento, de lá. Estendi-lhe. – Suas cópias. – Sorri. – O controle da garagem ainda não veio, mas acho que até terça que vem está aqui. – Novamente os beijos vieram, junto de um sussurro que soou como música para mim. – Então não pare de beijar. – Sussurrei de volta, seguindo-lhe para fora do recinto, em direção ao último cômodo do apartamento, logo depois.

Acontece que eu nunca havia me imaginado mãe. Quero dizer, eu brincava de bonecas com Josephine, minha vizinha em Amsterdã, quando eu tinha uns oito ou nove anos de idade. A sensação, naquela época, era legal e eu falava algo sobre ter três ou quarto filhos para ela. Mas, fala sério, eu tinha oito – ou nove – anos de idade! Eu não sabia dos enjoos, do excesso de sono e da fome sem fim. E eu, decididamente, não tinha planos de engravidar antes de terminar a faculdade e ter uma vida estabilizada e uma família com base forte. Entretanto, aconteceu. E, depois que me acostumei com a ideia, eu me sentia a pessoa mais plena e, porque não, realizada do planeta. Mesmo tendo sido pega de surpresa. Só faltava uma coisa:

Contar para a pessoa com quem dividiria as – grandes – responsabilidades do novo ser.

- Eu cheguei à conclusão de que tudo é uma estação. O tempo é variável e a vida efêmera. Já parou para pensar?  – Indaguei. Parei no meio do corredor, virando-me para encarar a morena atrás de mim. Desfiz qualquer expressão em meu rosto, deixando-o suave.  Não aguardei muito por uma resposta. – O fim vem sem avisar. – Completei, dando um passo para trás, em direção à porta fechada, ainda com os olhos cravados nela. Eu, sinceramente, não sabia muito bem onde eu queria chegar com aquilo. Apenas libertei meu cérebro, deixando de lado todas àquelas linhas de pensamentos sem começo e sem fim que provavelmente formularia uma frase sem nexo algum. Deixei-o livre, dispensando as minhas cobranças internas e permitindo aquele “eu” poético, que há tempos não aparecia, tomar conta de mim. – Mas, às vezes, o fim pode representar um início. – Eu sabia que ela ficaria confusa. Até eu estava um pouco.  Aquela fala poderia significar tanta coisa... Soltei o ar, tirando meus olhos dos castanhos e deixando-os repousar sobre a parede branca recém-pintada a minha frente. – O início também vem sem avisar. No começo é tudo muito estranho e assustador, mas, depois, você simplesmente se acostuma. E é uma sensação tão boa, amor... – Minhas palavras não eram proferias num tom de voz muito alto. Soava baixo e pontuado, como se eu tivesse ensaiado aquele momento várias vezes. Meus olhos voltaram para os dela. – Você conhece a palavra amor? Não o amor que sente por mim ou por qualquer outra pessoa ou coisa.  – Franzi a testa por um breve momento, refletindo sobre minhas próprias palavras. A verdade era que uma nova forma de amor fora posta em meu dicionário pessoal. Uma forma de amor que, até dois meses atrás, eu desconhecia. – É um amor mais forte que tudo; mais obstante que qualquer coisa. É um amor que você tem a certeza de que durará para sempre; que superará tudo aquilo que você já sentiu na vida. – Eu tentava descrever com palavras o que eu sentia no momento, entretanto, eu sabia que nada conseguiria alcançar uma pequena parte do que eu sentia. Comprimi os lábios, engolindo em seco. Chamei-a com o dedo, saindo da frente da porta e deixando-a tomar meu lugar. Coloquei-me atrás dela, apoiando meu queixo em seu ombro. – A vida passa rapidamente e acaba em um piscar de olhos, mas eu tenho a certeza de que nossa história se perpetuará por mais um tempo. – Abri um sorriso fraco. Meu coração batia rápido no peito, entretanto eu estava achando aquela situação deliciosa. – Haverá uma pessoa que conhecerá todos os nossos momentos e não os deixarão morrer quando nosso fim chegar.  – Estiquei meu braço, enganchando minha mão na maçaneta e a forçando para baixo, abrindo a porta. Em um sussurro, proferi as palavras em seu ouvido: – Aurora está a caminho.


Shannon B. G. Ohweiler
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