Perfect,

Well I found a woman, stronger than anyone, I know. She shares my dreams


[RP] Bad Rabit

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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Dom Nov 06, 2016 1:43 am

You gotta let go, come with me

Essa é uma RP privada entre Shannon B. Gould Kempner e Dianna Graeff Ohweiler. Acontece em um dia letivo qualquer do mês de setembro, numa manhã de segunda-feira e passa-se na mansão Gould-Kempner. Qualquer interação de terceiros, salvo aqueles que forem convidados, serão desconsideradas. A RP encontra-se em andamento.








 
 
  
Good morning?
rise and shine.
------  ✖  ------


V
ocê nunca dá tanto valor ao sono como quando você o perde. A vontade era de rolar na cama, abraçar o travesseiro – que ela achava estar vago - ao seu lado e retomar o sonho exatamente de onde havia parado. Ela abriu os olhos duas horas antes do necessário, como se já tivesse reposto todas as energias necessárias para o corpo em... Cinco horas e meia de sono. Bufou, girando na cama com uma frustração palpável e dando de cara com uma figura morena e descabelada ao seu lado. Reprimiu o gritinho de susto, identificando a pessoa como sua namorada três segundo depois. Ora, não condene à loura por ter esquecido que Dianna havia dormido na casa dela na noite anterior: ela havia acabado de acordar e os sentidos estavam meio dormentes ainda. Respirou fundo, controlando as batidas um pouco rápidas do coração (devido ao pequeno susto) e espantando o que restara da vontade de voltar a dormir com um coçar nos olhos. Colocou-se a observar as feições da garota, sorrindo bobamente ao vê-la tão serena. A vontade era de traçar o contorno do nariz e lábios da morena com a ponta dos dedos, como que quisesse provar que aquela imagem a sua frente era real, mas sabia que a mesma tinha sono leve e não queria acordá-la por isso. Ainda mais estando duas horas adiantada. Desfez-se da coberta que envolvia seu corpo, levantando-se o mais lento que podia para não acordar seu coala.

°°°

Talvez a ideia de mandar colocarem um elíptico em seu quarto não fora tão ruim. Tinha quarenta e oito minutos que fazia uso do aparelho, a visão do oceano a sua frente fazia o tempo voar sem que percebesse. Sabia que, por estar na sacada de seu quarto, o som que escapava dali não incomodaria a morena adormecida em sua cama. Algumas gotas de suor se atreviam a escorrer pelo seu corpo, mas não ligava para isso no momento: a endorfina que produzia traria uma sensação maravilhosa para si algumas horas mais tarde. Diminuiu o ritmo aos poucos, sabendo que, caso continuasse daquela forma, acabaria por perder o horário. Arrancou os fones de ouvido, descendo da máquina logo em seguida. A garganta seca implorava por um pouco de água e o estômago vazio gritava por alguma coisa, porém a necessidade de um banho quente venceu no momento que olhou no relógio; ela tinha uma hora e quinze minutos para se arrumar, convencer Dianna de sair da cama e ir para o colégio.

A fumaça cessou quando fechou os dois registros que liberavam os jatos de água. O cabelo encontrava-se preso em um coque frouxo no topo da cabeça, impedido que os fios dourados recebessem qualquer tipo de resquício d’água. Vestiu o conjunto íntimo, azul bebê, de forma lenta, fazendo todo aquele processo após o banho: cuidar dos dentes, hidratar a pele clara e escovar o cabelo um pouco rebelde. Saia do banheiro vestida apenas com roupas intimas e uma camiseta maior que ela quando o início da música, ao longe, atingiu seus ouvidos; seu celular finalmente despertava. Abriu um sorriso animado com a música da vez, esquecendo-se que, provavelmente, a namorada estava despertando.

Baby, got her head down
Baby, got her head down to the ground
Looking for a stranger
Looking for a stranger to love

Caminhava com um passo de cada vez, balançando a cabeça com o ritmo proposto pela bateria, em direção ao closet. Permitiu-se dar um rápido giro no caminho, movimentando o quadril, em uma cópia mal feita de um rebolado, lentamente assim que o findou. Mudou de direção do nada, andando até o interruptor e acendendo as luzes do quarto, clareando todo aquele espaço gigantesco que chamava de seu. Aproveitando que havia parado de andar por um breve momento, desfez o coque, agitando os cabelos para que caíssem em cascata até o meio de suas costas.

You got to dot your I's and cross your t's
You gotta let go, come with me
Looking for a stranger
Looking for a stranger to love

Enrolou a barra da camiseta com a ponta dos dedos, fazendo com que a calcinha de cor clara e boa parte da barriga ficassem a mostra. Fechou os olhos por breves segundos, permitindo que a música guiasse seus movimentos durante algum tempo.  O quadril ganhou vida própria, movimentando-se de forma que a fez pensar que talvez houvesse aprendido alguma dança feita pela Shakira sem perceber.  Abriu os olhos novamente, rindo do próprio pensamento. Ela nunca dançaria igual Shakira. Constou que estava feliz naquela manhã, e, por agora, não sabia explicar o motivo.  

You say you want it, but
You can't get it in
You got yourself a bad habit for it
Oh look at you, walking up and down a pole
A saying please save me

Voltou para o meio do quarto, arrancando a camisa grande demais de qualquer forma e a lançando em qualquer canto do quarto, não era surpresa que organização não era lá seu forte. A música havia entrado em seu refrão e, consequentemente, ficara mais animada. Lembrando-se do clipe, resolveu imitar o que a mulher fazia naquela parte específica: empinou de leve sua parte traseira, levando ambas as mãos para a região. Passeou com as palmas por breves segundos pelos músculos protuberantes, passando para a barriga e subindo com as pontas dos dedos em uma trilha em direção à nuca, onde retirou o cabelo do ombro direito e o jogou para trás com uma inclinada de cabeça. Desenhou toda a forma de sua cintura pelo caminho, aprovando a maciez da pele. Sorriu consigo mesma, abrindo os olhos que nem percebera que havia fechado. Virou-se no calcanhar, parando de dançar subitamente e corando violentamente ao encontrar olhos castanhos a encarando. Limpou a voz, abrindo e fechando a boca sem saber o que falar de imediato. Optou pelo óbvio após alguns segundos, ainda sentindo as bochechas arderem: - Éér... Bom dia?




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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Dom Nov 06, 2016 1:43 am

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Come with me, stay tonight. You say the worlds but boy it doesn't feel right. What do you expect me to say? You know it's just too little too late. You take my hand and you say you've changed. But boy, you know your begging dont fool me, because to you it's just a game. You now it's just too little too late. So let me on down, cause time has made me strong. I'm starting to move on, i'm gonna say this now. Your chance has come and gone, and you know. It's just too little too late. A little too wrong, and I  can't wait.
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O combinado do dia havia sido cumprido. Estava na casa da minha namorada, onde finalmente estávamos juntas, após um período mortífero de aulas. O final de semana havia sido longo o suficiente para aproveitarmos e ter a nossa privacidade. Meu único medo, talvez desnecessário - isso para Shannon -, era de que seu pai resolvesse pensar que eu estava desvirtuando sua filha, ou coisa do tipo e achasse que minha cabeça daria um bom empalho para uma de suas paredes. O velho Kempner estava na Holanda, pelo que minha loira havia dito, mas era impossível relaxar por completo, quando minha própria mente emitia sons de seus passos subindo a escada para ver como a filha estava, ou da voz onipresente de Joseph. Aos poucos, Shannon ajudava-me a esquecer que seu pai existia e poderia dar as caras, me fazendo relaxar e aproveitar tudo o que vínhamos fazendo.

No domingo, resolvemos assistir séries e filmes durante todo o dia, fazendo uma maratona de diversos gêneros. A cada intervalo de tempo indeterminado, pegava-me observando Shannon. A forma em como ela ria, as vezes cobrindo a boca como que para abafar o som da risada, como seus olhos se comprimiam e seu corpo se agitava um pouco. Como ela franzia o cenho e arqueava a sobrancelha esquerda quando não estava entendendo alguma cena, e pequenas coisas mais que sempre fazia em momentos como aquele, me pegava pensando no quanto eu realmente a amava. Não saberia dizer em que momento exato havíamos pegado no sono. Lembro-me apenas de ouvir sua voz dizer algo em um farfalhar de palavras rasas e confusas, completamente distantes de minha predição. Sabia apenas que já se passavam das duas e trinta e dois da madrugada quando ainda estava consciente, mas já beirando o sono. Sono. Era algo constante no meu dia-a-dia, e custava muito ir contra sua força. E fora somente quando já não aguentava mais permanecer de olhos abertos e atenta a tela da TV gigante do quarto de minha garota, deixe-me desfrutar do maravilhoso abraço acolhedor de Morfeu.

Estava ouvindo uma música tocar ao longe. Em minha frente, via a imagem de minha namorada correndo pelo playground situado na costa de Miami, quase no fim do lado da viela que dava diretamente em Miami Beach, já com fronteira para a parte sublime e quase esquecida da cidade. Ali era um ponto mais calmo, e apesar de menos movimentado, era uma das partes mais belas da fervorosa Flórida. Em quase todo território encontrava-se uma campina vasta, repleta de diversos tipos florais e não só isto. Macieiras e tantos outros pés de frutas estavam disponíveis, logo abaixo de um céu alaranjado, propício ao momento de um quase pôr-do-sol. E abaixo de uma das macieiras, em uma parte mais alta - onde poderiam ver toda a campina e sua diversificação de flores em forma e tons - estava com Shannon, recostada em meu peito. Fazíamos um piquenique em comemoração aos nossos oito meses de namoro, trocando um beijo calmo, apesar de haver intensidade o suficiente para que pudéssemos dar qualquer outro ritmo. Mas, de onde vinha aquela música? Estávamos longe de qualquer indício da cidade ou qualquer coisa que pudesse emitir aquele som. Então minha vista começou a se afetar com o brilho dos últimos raios solares, e Shannon apenas cantarolava a canção, baixinho, também de uma forma distante. Franzi a testa, então a música foi ficando cada vez mais alta, até que...

Abri os olhos.

Com dificuldade, tentei assimilar o que estava acontecendo. Eu estava em uma campina com Shannon a poucos segundos atrás. Então, onde estavam todas as coisas ao nosso redor? A única coisa que continuava parecendo certa, era o maldito sol torturando meus olhos. Eu estava sonhando. Puxei uma respiração profunda, me dando conta de que tinha pouco mais de uma hora para me arrumar, e sair do estado de transição de sono e estar realmente acordada. Porém, ao abrir os olhos verdadeiramente e focar em algo no quarto, prendi-me na figura esguia e maravilhosa de Shannon, vestida apenas com um conjunto de lingerie azul bebê. Mas, o que de fato não havia chamado minha atenção não era apenas o fato de vê-la desta forma. Já havia lhe visto assim, e até sem nenhuma peça de roupa. A coisa real, era a forma em como ela dançava. Divertida, leve, feliz. Suas mãos percorreram seu corpo, fazendo com que ela segurasse seus cabelos por uma fração de tempo, e logo depois, as madeixas louras estavam livres para cair em cascatas sobre suas costas e ombros. Não contive o sorriso. Passando as mãos pelos meus próprios cabelos, tentei tirar um pouco do volume, mas não durou muito, já que não conseguia me concentrar em nada que não fosse Shannon. Apenas a observava, sem uma segunda intenção, apesar da forma em como ela estava vestida, se é que posso dizer isto. Shannon era a medida certa de uma mulher linda, sexy e provocante. E existia aquele lado, o de agora. Uma menina pura, que se envergonhava ao ser pega dançando pelo quarto, como se fosse a pessoa mais feliz do mundo, naquele momento. Mas ela não era, por que de fato, este posto estava sendo meu por direito.

Assim que ela se aproximou, puxei-a pela cintura. A vontade de sair daquela cama, daquele quarto, era nula. O sorriso largo não saia de meus lábios, e nem haveriam possibilidades disto acontecer durante todo o dia, depois de ter prestigiado minha namorada agindo daquela forma. Sua voz soara um tanto que deslocada, em um tímido bom dia. O que fez com que o sorriso aumentasse um pouco mais, se é que era possível. Tudo o que fiz no momento, foi aproximar meu rosto de seu pescoço, ao te-la puxado para estar junto de meu corpo. Com a ponta do nariz, rocei a pele alva e delicada, cheirosa. Depositando um beijo suave, levantei-me e me encaminhei para o banheiro sem nada a dizer. Não tardei em fazer minha higiene pessoal, tomando um banho apressado. Havia deixado roupa ali no banheiro, para não me esquecer de pegar e ter que sair nua e acabar atrasando a nós duas. Vesti a camisa do uniforme vermelho e branco, com uma calça jeans. Deixei o cabelo preso em um coque samurai, saindo do banheiro e indo de encontro a minha loira. Ela já havia se trocado, e estava de costas para mim. Aproveitei a oportunidade, claro. Abracei Shannon, trazendo seu corpo para o meu.

Bom dia. – sussurrei contra seu ouvido, aproveitando para fisgar seu lóbulo e mordiscar.

Beijei seu pescoço, apertando-a contra mim. Agora, só teria que ignorar o atrito de seu traseiro contra meu centro, e me concentrar na performance feita a alguns minutos. E esta aqui, o sorriso gigante de apenas lembrar o que ela havia me proporcionado. Era a primeira vez naquele mês que me acordava tão disposta e me sentindo bem. Fiz uma suave pressão com os braços ao seu redor, voltando a roçar a pontinha do nariz em seu pescoço, aspirando o cheiro gostoso de sua pele misturada ao aroma superficial do perfume que ela usava.

Se me permite dizer, senhorita Kempner... – entoei a voz diretamente ao seu ouvido, calma. – Eu me apaixono mais por você, a cada dia, de formas diferentes. Mas acho que hoje, foi o melhor destes dias.

Virei-a de frente para mim. Não tinha muito o que falar, se não aquilo. Se não a verdade. Eu me apaixonava de formas diferentes, por cada coisa que ela fazia. Por cada vez que apenas a via logo pela manhã, quando a esperava no estacionamento da escola, ou quando não podíamos nos ver logo cedo, e o encontro ficava para mais tarde. Ainda sim, era sempre a mesma reação. Mãos geladas, coração acelerado, frio na barriga. Shannon me tinha por completo.

Você me fez acordar da melhor forma. E eu não sei por que se envergonha disso. Você é linda, assim, despreocupada, feliz. – acariciei a lateral de seu rosto com as costas dos dedos. – E eu sou a garota mais sortuda do mundo, por ter você como minha.

Lhe dei um leve selinho. Não encontrava nada para expor a forma em que estava, internamente. Animada? Feliz? Apaixonada? Eram tantos adjetivos para por em ordem, que era uma tarefa árdua e complicada para se executar no momento. Tudo o que eu queria, era ve-la assim todos os dias, todas as manhãs. O simples pensar de que isso seria uma rotina futuramente me fez alargar o sorriso uma outra vez. Eu nunca enjoaria, cansaria ou seria indiferente àquela mulher a minha frente. Amava-lhe de mais para não ser nada além do que ela realmente merecia. Atenciosa, protetora, uma melhor amiga, e sua mulher também.

Eu te amo tanto, Shannon. – disse, enquanto olhava diretamente em seus olhos. – E seria estranho de mais dizer que... Eu quero te ver acordando assim, ou pelo menos dormindo, todos os dias da minha vida? – perguntei, a voz baixando um pouco ao final.

Não era um pedido de casamento, não ainda. Era apenas uma constatação do que estava pensando. Voltei a acariciar a lateral de seu rosto, dando-lhe um beijo carinhoso de bom dia. Encostei a testa na sua, tomando uma respiração tranquila. Nada estragaria o meu dia. Logo estava sorrindo de novo. E seria assim por todas as horas em que se lembrasse da namorada.

Vamos descer? Não quero nos atrasar. Se chegarmos logo, podemos ter um tempo pra gente. – apesar de passarmos o final de semana inteiro juntas, não namoramos muito.

Fizemos coisas normais que todo casal faz, como ir ao cinema, ao shopping, ao parque, e não só estar trancafiadas em um quarto, em cima da cama. Este era o ponto de uma relação firme. Nós dávamos atenção as outras coisas. A outras pessoas. Saíamos com nossos amigos, juntas ou separadas. O clima era bom, apesar de que como todos, também brigávamos. Mas, isso logo era resolvido, visto que estar em um mal clima uma com a outra, era algo que nos incomodava. E claro, tínhamos nossos momentos íntimos. Os que apenas quatro paredes, e outras circunstâncias, eram capazes de saber - além de nós mesmas - o quanto podíamos ser intensas. Esperei ela nos conduzir para fora do quarto, apesar de saber o caminho para qualquer lugar da mansão. Estava feliz de mais para ter pressa, ou fazer qualquer gesto que tirasse minha vista de Shannon.



― i say please.
You know I wish I had it all.
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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Dom Nov 06, 2016 1:44 am

Bittersweet ecstasy that you got me in, fallin' deep, I can't sleep tonight. And you make me feel like I'm out of my mind, but it's alright, it's alright. I pick my poison and it's you.

what you do to me?
nothing can kill me like you do.


Se apaixonar é uma arte. Se alguém ainda duvida disso, é porque nunca se apaixonou. Ou talvez porque se frustrou tanto que decidiu ignorar essa parte da vida e vive com a ideia de que tal coisa é horrorosa. A paixão é muito mais do que aquele sentimento que as pessoas descrevem utopicamente como algo que tira o sono, a fome, o ar, a atenção, a razão ou até mesmo a vontade de viver. Besteira. Se apaixonar é, sim, uma sensação arrebatadora que te deixa desorientada por alguns segundos quando surge, mas depois... Bem, depois era aquilo que estava sentindo no momento. As pernas bambas, a respiração falha e a sensação de que seu coração poderia sair voando do peito de tão rápido que estava batendo. Oh, clichê. Clichê.  Algo que se desgasta e perde o sentido; se torna algo que produz uma reação ruim aos outros. Mas ela nunca se importou com os outros mesmo... A começar pelo fato de namorar outra menina. O sorriso branco estampado na face era prova de tudo aquilo: ela adorava clichê. Principalmente aquele de se estar apaixonada.

Virou-se nos braços morenos segundos antes de ser forçada àquilo, certa de que estava arrepiada pelo fato de ter tido seu lóbulo mordiscado e o pescoço beijado – e talvez para conseguir, realmente, ignorar o atrito do centro da namorada em seu traseiro. Sorriu.  Sorriu boba, idiota ou qualquer outro adjetivo que poderia se usar ao descrever o sorriso que lhe surgiu ao escutar as palavras da morena. - O melhor tipo de amor é aquele que acorda a alma com um balde de água fria todos os dias e nos faz querer mais a cada hora que passa. Que coloca fogo em nossos corações e traz paz às nossas vidas a cada pequeno momento que é passado junto da outra pessoa. E foi isso que você fez comigo, Ohlweiler. Que faz comigo. – Circundou os braços no pescoço da garota um pouco mais alta que ela, trazendo-a para mais perto. Ela poderia se acostumar com isso: acordar de conchinha, se deliciar com a imagem da namorada adormecida e receber beijos de bom dia que resultaria em bom humor pelo resto do dia. E pelas palavras sussurradas em seu ouvido. Tais palavras, ditas no tom rouco da voz da garota, soavam como a mais bela poesia para ela; arrancava-lhe um suspiro e fazia uma corrente gostosa percorrer sua espinha cervical. Ou isso era só o efeito atrasado da presença da garota tão próximo de si? Fica a dúvida.

O fato era que ela nunca sabia o que esperar da menina cor de canela. O gênio forte da namorada era difícil de ser lidado em alguns dias, e o fato dela ser uma pessoa fechada para algumas coisas não ajudava em nada. Era como um quebra-cabeça a ser decifrado pela loura - um quebra-cabeça delicioso, diga-se de passagem. Mas havia os momentos que se pegava surpresa por alguma fala ou atitude da mesma. Atitudes estas que a deixavam sem reação; em estado de inércia. Como agora. Piscou os olhos duas, três, quatro vezes até absorver o que acabara de ser verbalizado. Ela não está lhe pedindo em casamento, Shannon. Foi apenas uma pequena declaração. Vai lá, diga-a como se sente. Diga que seu coração perde o compasso com a forma que ela sorri, como suas células se agitam com um simples toque, como você abre um sorriso idiota com um SMS de uma piada incrivelmente ruim ou como você acorda todos os dias desejando que o que vocês têm dure enquanto vocês viverem. Diga que a ama como passou pela sua cabeça ser impossível amar alguém.Sim. – Escapou por entre os lábios rosados, como se respondesse alguma pergunta subentendida. Agitou a cabeça levemente, caindo na real que não havia dito coisa com coisa. Ou melhor, não havia dito nada. – Quero dizer, não. Não seria estranho.  – Cessou a fala, mordendo a bochecha internamente por ser uma total idiota e não conseguir externar nem um terço do que queria falar. – Droga, Dianna. – Murmurou baixinho, desvinculando-se do abraço e indo pegar sua bolsa em cima da escrivaninha com a cabeça longe, imaginando como seria caso um dia a garota lhe fizesse a proposta. Alcançou o óculos de grau próximo a um livro qualquer, colocando-o no rosto segundos depois. Havia se esquecido de colocar as lentes de contato aquele dia, e não queria ir até o banheiro para colocá-las. Virou-se para a namorada em seguida, ajeitando a mochila estilo carteiro no ombro esquerdo. Deu alguns passos em sua direção e enlaçou o dedo indicador no cós da calça que a mesma usava. – Não é porque eu não consiga verbalizar tudo que eu sinto que eu não retribua tudo o que disse. – Disse séria, conectando os olhos azuis nos castanho escuro. – Pelo contrário. – Sorriu de lado, puxando-a para mais perto. – É tão intenso e... – Pausou a fala para pensar em uma palavra que resumisse o que sentia. -  Intenso que não consigo encontrar palavras para descrever. - Inclinou a cabeça para direita, mantendo o contato visual com sua garota. - Espero que entenda. - Sussurra a última parte, dando uns passos para trás e caminhando em direção à porta. - E ande logo, Super Salxixa, não quero perder o café da manhã da Senhora Heidi. E você sabe como sou com café. - Abriu a porta que a separava do resto da casa e caminhou em direção às escadas, sabendo que Dianna a seguiria.

°°°

Ela via vantagens em ser atriz em momentos como aquele: aparentava estar atenta a tudo ao seu redor quando, na verdade, estava com a cabeça longe, pensando em alguma forma de provar a morena a sua frente à reciprocidade de seus sentimentos. Ela sabia que não havia necessidade, mas ela queria. Suspirou, parando de olhar a dona dos olhos castanhos e cabelos negros para dar atenção à senhora de meia idade que não parava de colocar alimentos a mesa. Soltou uma risadinha nasal, chamando a atenção da holandesa mais velha. - Je weet dat je niet zo veel voedsel nodig , toch? – Perguntou na língua materna – e sua própria - da senhora, sabendo que a mesma tinha certas dificuldades com o inglês mesmo depois de alguns anos morando em Miami. - En de pannenkoeken zijn heerlijk als altijd. – Completou, recebendo um sorriso em resposta. Ela sentia um enorme carinho pela senhora, e não imaginava como seria caso ela não existisse em sua vida. Retribuiu o sorriso, retornando o olhar para sua companhia logo após. Corou ao perceber a expressão curiosa da namorada para si devido a escolha da língua que utilizara segundos atrás. - Uh, apenas elogiando a panqueca. - Explicou, bebericando o resto de café que havia em sua caneca especial com uma vaca estampada. Conectou os olhos no iPhone em cima da mesa e quase se deu um tapa na testa por não ter pensado naquilo antes. Pegou o aparelho, sorrindo com a foto de bloqueio da tela. Ela e Dianna. Parou de admirar a foto e desbloqueou o eletrônico, selecionando o ícone que a levaria até as mensagens.
Little Duckie, preciso de uma ajudinha. Está livre hoje a tarde?
                                                                        - Lamb.
Bloqueou o celular de volta e o deixou exatamente no lugar em que estava, subindo os olhos para ver a namorada terminando a primeira refeição do dia. – Acho que estamos vinte e cinco minutos adiantadas. – Comenta encarando o relógio na parede mais próxima. Sorri marotamente, afastando um pouco a cadeira e cruzando a perna esquerda por cima da direita. – Alguma sugestão para que não cheguemos muito cedo à escola?


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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Dom Nov 06, 2016 1:44 am

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Come with me, stay tonight. You say the worlds but boy it doesn't feel right. What do you expect me to say? You know it's just too little too late. You take my hand and you say you've changed. But boy, you know your begging dont fool me, because to you it's just a game. You now it's just too little too late. So let me on down, cause time has made me strong. I'm starting to move on, i'm gonna say this now. Your chance has come and gone, and you know. It's just too little too late. A little too wrong, and I  can't wait.
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Abra os olhos.

Disse para mim mesma. Mas, o cheiro inebriante da pele de Shannon fazia com que meu corpo estivesse completamente congestionado. Sua singela fala, depois de uma provável declaração, só fizeram com que meus estímulos não fossem correspondidos. Como eu poderia reagir a seus efeitos? Era um mistério interessante a se descobrir. Eu precisava me mover, precisava sair do lugar, agir de alguma forma. Mas, sua voz martelava minha mente, repetindo e repetindo o que me dissera a poucos minutos. "O melhor tipo de amor é aquele que acorda a alma com um balde de água fria todos os dias e nos faz querer mais a cada hora que passa. Que coloca fogo em nossos corações e traz paz às nossas vidas a cada pequeno momento que é passado junto da outra pessoa. E foi isso que você fez comigo, Ohlweiler. Que faz comigo." Deus. Tinha completa certeza de que não conseguiria passar mais um único dia, sem a presença desta menina em minha vida. Faria o possível para que isso não acontecesse, e claro, o impossível também. Encontrando um ponto de coerência entre cérebro e coração, finalmente conseguia responder aos comandos necessários, movendo alguns dedos para testar se realmente estava tudo funcionando bem, agora. Conseguindo abrir os olhos, tomei uma respiração profunda, aquecendo meus pulmões a trabalharem com disposição. Não podiam me deixar na mão agora, e causar um provável ataque respiratório. O quão estranho isso seria? Em sucessão de nossos atos matinais, vieram as palavras que estavam presas em minha garganta. Eu tinha que dizer, ou isso jamais aconteceria. Shannon merecia saber o que me causava, o que me fazia sentir. Ela tinha todo o direito de saber. E tais palavras foram ditas vagarosamente, para que ela absorvesse bem o que eu queria dizer com cada coisa falada.

Mas, sua resposta fora o silêncio.

Não completamente. Shannon havia dito algumas coisas, porém, nada havia ficado significante em minha mente. O que diabos eu havia feito? "Você disse o que sentia." E fora isso o que provavelmente havia causado seu silêncio. Outra coisa não se passava por minha mente, agora completamente confusa, de que havia feito a coisa errada. Como sempre costumava fazer. Mais uma respiração profunda. Então, vieram suas próximas palavras. Confessar que estava vendo tudo tão rápido, ouvindo tão distante, que quase não havia lhe entendido? O que Shannon estava dizendo? Por sorte, era boa com leitura labial. Talvez, esconder que havia feito treinamento policial estava tendo seus benefícios no momento. "Não é porque eu não consiga verbalizar tudo que eu sinto que eu não retribua tudo o que disse." E lá estava a batalha interminável de coração contra razão. Poderia ela estar dizendo isso apenas para me confortar e não se sair como alguém vazio? "Ela não te ama." Fora a única coisa que se seguira em minha linha de raciocínio. Seus gestos mostravam o contrário. Estava evidente que Shannon apenas não conseguia por para fora, como eu havia feito, apesar de ser tão fechada a este assunto, que era um real milagre ter conseguido externar alguma coisa. Seguir a loura pela casa acabara se tornando um gesto mecânico. Tentava a todo custo organizar os pensamentos, tirar da mente a ideia de que nada era recíproco, e que estava entrando em um barco prestes a naufragar em meio a uma tempestade furiosa de um armagedom.

Estava distraída de mais. Tanto, que só viera a perceber que já estava finalizando o café da manhã, quando ouvira de relance, uma conversa seguir em outro idioma. Alemão? Holandês. Era o idioma natural dos residentes daquela mansão. Como conseguiria me centrar no assunto? Já estava difícil entender mesmo em inglês, quanto mais, em uma língua que não entendia? Voltei o olhar para Shannon, em uma tentativa de me situar no assunto. Era coisa de minha mente traiçoeira. Não poderia me deixar levar por aquelas expectativas em negação. Se Shannon não me amava, certamente não teria feito nada do que já fizera. Não me deixaria entrar em sua casa, e agir da forma em que ficávamos. Nunca fora alguém com inseguranças a este ponto, mesmo tendo um bom motivo para isto. Ou, será que era apenas alucinação? Não dizer, realmente não queria dizer, não sentir. Sabia disso mais do que qualquer outra pessoa. Talvez, até mais do que a própria Shannon. Fechando os olhos por uma fração de segundos, procurei concentrar-me. Recuperar minha essência. Conectar-me com parte do que deixava sobre uma camada grossa de proteção, mostrada apenas em uma situação, onde teria-lhe mostrado uma pitada do que seria uma questão de existência.  

"Alguma sugestão para que não cheguemos muito cedo à escola?"

Oh. Tinha sugestões o suficiente para passarem a semana, o mês, o ano, longe da escola. Abrindo um sorriso inofensivo, apenas ao olhar de sua garota - já que estava com segundas intenções infiltradas -, levantei da cadeira, observando a curva bem feita de sua perna cruzada sobre a outra. O gesto deixava coberto o ponto central do corpo de minha namorada, onde toda sua feminilidade estava escondida por trás de algumas camadas de roupas. Acabei por morder o lábio, contendo todo o pecado que se passava por meus pensamentos. Poderia simplesmente parar de pensar, e executá-los. Mas, vinte e cinco minutos não seriam o suficiente. Não para tudo. Para algumas coisas, talvez seria...

Talvez eu tenha. Mas, isso requer uma volta para seu palácio particular, princesa. – estiquei-lhe a mão direita, para tirá-la do lugar.

A senhora que havia nos servido, Heidi, observava a interação com um olhar conotativo. Talvez, não estivesse entendendo muito bem o que era dito. Não tinha certeza se ela conhecia o inglês como Shannon e eu, o que poderia explicar tal reação. Com um sorriso maroto, soltara uma piscadela divertida para a formosa senhora, puxando minha loura pela mão, tentada a não fazer o que queria ali mesmo, naquela cozinha. Ainda era algo que planejava fazer, e colocaria em prática. Ao chegarmos em meio a escada que levava para seu quarto, dei uma última olhada para trás, no intuito de saber se estávamos sendo seguidas. Tendo a negativa como resposta, esperei que chegássemos até o início do corredor, onde firmei as mãos na cintura da menina a minha frente, trazendo-a contra a parede mais próxima. Prensei seu corpo com o meu próprio, não pensando duas vezes em deixá-la de costas para mim. Logo, o momento em que havia sentido seu traseiro contra meu centro mais cedo, estava repercutindo em um novo acontecimento. Desta vez, sem privações ou ignorâncias de que não podiam se dar o luxo de sentir o atrito. Agora, não só podiam, como estavam fazendo.

Apoiando uma mão na parede ao lado de seu corpo e a outra em sua cintura, descendo, até encontrar seu sexo mais a frente. Tapando-o com a mão em forma de concha, lhe exerci um aperto considerável sobre a roupa, mesmo. Minha boca se entre-abriu no mesmo momento, soltando uma respiração quente contra a pele exposta do pescoço alvo. O calor proeminente dava-se o ar da glória, em algum lugar de meu corpo, onde mais tarde, concentraria-se no pulsar entre minhas pernas. A mão que estava na parede, correra até um dos seios da loura, apalpando-o vagarosamente, enquanto lhe dava uma mordida - a qual deixaria uma boa marquinha - em sua nuca. Sabia o efeito que este último gesto lhe causaria. Visto que o tempo apenas diminuía, resolvi não provocar tanto, e partir para a ação de fato. Virando-a ligeiramente, já deixando os corpos sem o mínimo espaço, ataquei-lhe os lábios, deixando que a língua vagasse por sua boca, em um beijo sórdido, cheio de desejo.





― i say please.
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Mensagem por Shannon B. G. Ohweiler Dom Nov 06, 2016 1:45 am

Bittersweet ecstasy that you got me in, fallin' deep, I can't sleep tonight. And you make me feel like I'm out of my mind, but it's alright, it's alright. I pick my poison and it's you.

what you do to me?
nothing can kill me like you do.
Ela sabia que havia alguma coisa errada com a namorada quando fixou bem os olhos azuis nas íris castanhas. E ela sabia, também, que era culpa sua. Não conseguir se abrir facilmente nunca fora um problema para ela - era uma dádiva até -, mas, naquele momento, acabara de se tornar o pior de seus muitos defeitos. Ela queria, desejava, falar o que lhe martelava a cabeça; deixar Dianna saber exatamente como se sentia em relação as duas desde aquele fatídico dia no hall do hotel, quando a viu pela primeira vez. Jorrar, através de palavras ditas, todo o amor que sentia pela garota de corpo esguio a sua frente, que começara com uma simples ajuda numa conta impossível de cálculo. Mas simplesmente não conseguia. A empatia que lhe atingiu foi algo parecido da vez que, quanto tinha nove anos, matara a calopsita de seu irmão por tentar fazê-la voar e acabara por deixar o gato do vizinho pegá-la. Trágico. Respirou fundo, agradecendo pela segunda vez as panquecas deliciosas e o café impecável à Heidi, antes de voltar a total atenção para a, agora, menina em pé ao seu lado. Sentiu um calor percorrendo por sua coluna ao avistar o brilho malicioso escondido nos olhos escuros, fazendo com que um pouco de saliva se acumulasse em sua boca. Engoliu. Oh, meu amor, não me mate tão cedo assim. Em alguma parte do cérebro sua hipófise fora acionada, fazendo com que a produção de ocitocina começasse e uma excitação antecipada surgisse. Como se respira?

Hormônio é algo fundamental na existência do ser humano. São eles – os hormônios – que controlam e regulam o bom funcionamento do corpo, sendo cada um responsável por uma função específica. Crescimento, estimulação do sistema nervoso, desenvolvimento de características... Prazer. Este último sempre seria uma incógnita para a loira. Como diabos uma barra de chocolate conseguia lhe arrancar suspiros quando chateada com algo? Ou, melhorando, como um roçar de dentes na pele – supersensível - do pescoço poderia lhe arrancar um gemido daqueles? Não saberia explicar. Podia sentir o centro da namorada prensado contra seu traseiro, fazendo com que a cena de mais cedo se repetisse em sua mente. Ela tivera vontade de se empinar para aumentar o atrito, mas havia se inibido para não se atrasarem para aula. Mas agora... Bem, agora não tinha nada que lhe a impedia (na verdade, ela não se importava em perder dois ou três horários do dia). Moveu o quadril calculadamente para trás, exercendo uma maior pressão sobre aquela parte específica da morena. Sorriu satisfeita com seu feito, quase se engasgando com o que fora feito pela namorada em seguida. Maldita seja, Dianna. Logo ai? A pulsação entre suas pernas, já existente, ficou ainda mais presente, resultando num suspiro quase sofrido por parte da loura. Movimentou-se um pouco incomodada, querendo se virar para atacar os lábios convidativos da namorada. Ela precisava daquilo naquele momento. Como se ouvisse seus pensamentos, a morena a virou, prendendo seus braços acima da cabeça. Se ela sentia-se um pouco vulnerável naquela posição? Sim. Se ela se importava da namorada deixá-la daquela forma? Nem um pouco. A forma que tivera seus lábios atacados fora um reflexo de seu próprio desejo: sôfrego. Correspondeu o dito cujo com a mesma fome, entrando numa batalha de línguas com a namorada, tentando tomar as rédeas da situação. Chupou o lábio inferior da morena no mesmo instante que forçou os braços, saindo da posição que havia sido colocada e invertendo-as. Suas células estavam agitadas, fazendo com que um calor gostoso se espalhasse pelo seu corpo. Tesão. Mordeu o lábio um pouco inchado de sua garota, descendo com ambas as mãos pelo tronco bem definido - e ainda vestido -, até parar no cós da calça que a mesma usava. - Eu quero você. Agora. - Sussurrou entre os beijos que aplicava no pescoço exposto, começando a trabalhar na braguilha da peça de roupa para sanar sua vontade ali mesmo, no corredor.

Em um passo de perder sua consciência e, de fato, fazer o que tinha vontade, vozes conhecidas foram escutadas ao pé da escada. Afastou-se abruptamente de Dianna, como se tivesse levado um choque da namorada. Limpou o canto dos lábios, fazendo o mesmo com a outra em seguida. – Tente agir normalmente. – Murmurou pra garota, arrumando a roupa que ela ainda usava e repetindo o ato em si rapidamente. Inalou uma boa quantidade de ar, tentando, ainda, controlar o desejo que queimava dentro de si. Virou-se com um sorriso no rosto no momento em que os pais e o irmão apontaram no início do corredor. – Estou chateada com o fato de não terem me avisado que chegariam hoje. Eu podia ter esperado para tomar café com todos vocês.- Comentou fingindo chateamento, puxando o homem mais velho, que estava na frente de todos, para um abraço apertado. - Estava com saudades, papai.

E o Oscar de melhor atriz da atualidade vai para... Shannon Kempner!

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Mensagem por Dianna E. G. Ohlweiler Dom Nov 06, 2016 1:45 am

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Come with me, stay tonight. You say the worlds but boy it doesn't feel right. What do you expect me to say? You know it's just too little too late. You take my hand and you say you've changed. But boy, you know your begging dont fool me, because to you it's just a game. You now it's just too little too late. So let me on down, cause time has made me strong. I'm starting to move on, i'm gonna say this now. Your chance has come and gone, and you know. It's just too little too late. A little too wrong, and I  can't wait.
▄▄▄▄▄▄▄▄▄▄▄▄▄▄▄▄▄▄▄
A luxúria era quase palpável naquele cômodo. Esperava que nenhum criado, ou a senhora que havia servido o café da manhã, aparecesse ali, e visse tudo o que acontecia. Seria embaraçoso, e deveras complicado de se explicar. Aliás, não teríamos o que explicar. Estaria claro o suficiente o que estávamos prestes a fazer, sem a mínima preocupação de que fosse ali mesmo, naquele corredor. Não tinha oferecido nenhum tipo de resistência quando Shannon soltara seus braços, e inverteu as posições, agora ela ocupando o antigo lugar que eu estava a alguns segundos, e eu, o seu, encostada na parede. Suas mãos ligeiras ocuparam-se com a braguilha de minha calça, enquanto eu tentava de alguma forma, erguer sua camisa. Mas, de repente, tudo o que eu conseguia fazer, era pensar em como estava jovem de mais para morrer.

Puta merda.

Tinha alguém subindo. Ou melhor, várias pessoas. Não reconhecia nenhuma das vozes, e estava quase em combustão pelo quase sexo no corredor. Então, a voz de Shannon tecera todos os meus medos a fio. O. PAI. DELA. Ela mesma havia arrumado nossas roupas, enquanto eu me preocupava se sairia com algum machucado muito grave, se pulasse a janela bem ao nosso lado. Como estávamos no primeiro andar, não era muito alto. Alguma torção, pequenos cortes, ou no máximo, uma fratura. Este seria o problema. Caso eu fraturasse algo, não conseguiria correr rápido o suficiente até estar em meu carro e dar o fora dali o mais rápido possível. Claro, eu era sortuda, tanto, a ponto de fraturar o pé e impedir de dar um passo pra longe. Ou até os dois. Respirei fundo, não tendo tempo nem de olhar para Shannon e perguntar pelo menos como deveria chamá-lo.

"Tente agir normalmente." Certo. Eu estava agindo normalmente, como uma pessoa que havia acabado de acordar de um coma, completamente perdida e assustada. "Você vai entrar nesse coma assim que o pai dela por as mãos em você. Ele sabe o que estavam fazendo agora a pouco. Todos sabem." Por que ter um inimigo, se seu próprio subconsciente te prega uma coisa dessas? Enquanto a loura ia cumprimentar seus parentes, tratei de regular a respiração e parecer pelo menos um pouco apresentável para a família dela. Por sorte, se é que eu tinha alguma, Dean estava entre os pais. Isto fora o que realmente me trouxera de volta a realidade. Ele sorria para mim, e enquanto vinha em minha direção, me permiti relaxar por dois segundos. O abracei de volta assim que sentira seus braços ao meu redor. Logo depois, fez o mesmo com sua irmã. Fiquei estática no lugar, pensando, ou pelo menos tentando pensar no que deveria fazer. De esguelha, percebi que Shannon parecia completamente controlada. Se não fosse pelo fato de conhecê-la tão bem, diria que ela realmente não havia se abalado com o fato. Mas, a conhecia, e sabia que era apenas uma fachada. Como diabos eu iria controlar a maldita pulsação entre as pernas, agora? "Respire fundo. Seja natural." Fiz disto, um tipo de mantra, repetindo-o mentalmente diversas vezes.

Bom dia, senhor e senhora Kempner. – fiz um gesto de cabeça para a mulher posuda e bastante bonita, esticando a mão para cumprimentar meu sogro, tentando soar o menos nervosa possível. – Sou Dianna Ohlweiler. – tentei sorrir um pouco, também.

Não havia dado muito certo, mas, era isso, ou sair correndo e me atirar pela janela. Como não queria acabar machucada e em um hospital, tentaria me sair o melhor possível. Pelo menos, não havia gaguejado. Ainda.



― were are born to die.
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